As atividades comerciais entre os agrupamentos humanos existem há milhares de anos. Apesar das diferenças culturais e regionais, os seres humanos estabeleceram relações de troca para facilitar o acesso a determinados produtos, suprindo carências e aumentando a qualidade de vida. Apesar disso, o valor monetário era quase inexistente, fator que viria mudar consideravelmente a partir do século XIV.
Apesar de não existir uma troca de moedas internacionais, o principal material utilizado para determinar a força econômica de um estado era o ouro e prata. Nesse momento da história ocidental, as grandes navegações estavam alcançando os pontos mais distantes do Velho Mundo, como também descobrindo novas terras nos continentes americanos.
A partir desse ponto, as relações comerciais começaram a ter um peso mais econômico do que simplesmente necessidade. A lógica do consumo e dos produtos estava sendo reformulada e estabelecida nos esquemas capitalistas que se aprofundariam mais adiante.
A Revolução Industrial
Iniciada em meados do século XVIII na Inglaterra, a revolução industrial primeiramente com os tecidos em fábricas têxteis, revolucionou a sociedade europeia. A introdução das primeiras máquinas diminuíram o tempo e maximizaram a quantidade de produção. A Inglaterra criou acordos comerciais para vender seus produtos enquanto mais industrias eram abertas.
Já no século XIX, os produtos industrializados eram os mais requisitados na maioria dos países. Até mesmo a moda se rendeu a lógica dos produtos e o novo dinamismo das cidades, o paço inglês, a valorização do tempo, entre outros, já ocupavam a mente das pessoas na grande metrópole. Iniciava-se um processo de globalização, adoção de valores e práticas culturais semelhantes em várias partes do mundo.
A essa altura, o mundo já estava com grandes linhas econômicas internacionais. A ascensão do capitalismo dava passos largos e o desenvolvimento tecnológico permitia maior facilidade de comunicação (principalmente com o telégrafo e logo depois, o telefone). Porém, o sistema capitalista conforme o grande crescimento dos mercados internos, necessita ainda mais de relações internacionais, algo que viria a se tornar comum nos tempos de hoje.
A Guerras Mundiais
O século XX talvez tenha sido um dos mais importantes de nossa história. Um série de inovações tecnológicas, não só militares mas nos mais diferentes campos científicos também, foram desenvolvidas, melhorando a qualidade de vida de muitas nações, aprimorando as linhas de montagem e produção industrial, aprimoramentos do plantio, entre outras coisas. Além disso, tivemos a incidência das duas maiores guerras mundiais de nossa história.
Esses conflitos redefiniram fronteiras e também esquemas econômicos. Ao final da segunda guerra, o mundo se bipolarizou em capitalismo e comunismo, afastando duas grandes esferas econômicas. Com a queda da União Soviética, o mundo se tornou multipolar e vários blocos econômicos surgiram para facilitar os interesses de múltiplas nações na economia mundial, como o NAFTA, Mercosul, UE, entre outros.
Esses blocos econômicos estabelecem relações comerciais, políticas e diplomáticas entre eles e também com os outros blocos, cunhando ainda mais precisamente o conceito de globalização. A facilidade de acesso entre os países do bloco local ou em diferentes blocos, o acesso às informações jornalísticas e científicas, parcerias econômicas e acadêmicas e até mesmo eventos esportivos mundiais mostram o mundo globalizado em que vivemos.