**Impacto Duradouro: Redução da Expectativa de Vida em Mariana após Tragédia Ambiental**
Em novembro de 2015, a cidade de Mariana, localizada no estado de Minas Gerais, Brasil, sofreu um desastre ambiental de proporções gigantescas. O rompimento da barragem de Fundão, pertencente à mineradora Samarco (uma joint venture entre as gigantes Vale S.A. e BHP Billiton), liberou cerca de 32 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração. As ondas de lama tóxica não apenas devastaram o distrito de Bento Rodrigues, deixando 19 mortos e centenas desabrigados, mas também desencadearam uma crise ambiental que tem afetado profundamente a vida dos residentes da região até hoje.
Recentemente, estudos realizados por instituições de pesquisa brasileiras têm demonstrado um declínio alarmante na expectativa de vida dos habitantes de Mariana. Antes do desastre, a expectativa era comparável à média nacional, rondando os 75 anos. Porém, uma pesquisa recente indica que esse número pode ter caído para até 51 anos em algumas áreas mais afetadas. A exposição prolongada a metais pesados e outros contaminantes presentes na lama rejeitada, juntamente com o deslocamento forçado e o trauma psicológico, estão entre as principais causas desse declínio dramático na qualidade e expectativa de vida.
A contaminação do solo e das águas, fundamentais para agricultura e pesca, destruiu os meios de subsistência de muitas famílias, aumentando a incidência de problemas de saúde física e mental. Doenças respiratórias, problemas dermatológicos, e um aumento marcante nos casos de depressão e ansiedade são frequentemente reportados. Além disso, a insegurança alimentar tornou-se uma preocupação crescente, visto que a contaminação afeta diretamente a produção local de alimentos.
A resposta a longo prazo pela Samarco e suas controladoras, bem como pelo governo, tem sido objeto de intensos debates e críticas