A antimatéria pode ser exatamente o que você, caro leitor, esteja pensando que ela é agora. Podemos definir antimatéria como o oposto da matéria, pois em tese, é isso que ela realmente é.
O funcionamento disso é um tanto simples, porém um pouco difícil de se conceber como realidade. A antimatéria é como o espelho da matéria. Contém a mesma massa, porém com cargas energéticas opostas. Isso quer dizer que matéria e antimatéria não podem coexistir no mesmo local, pois ambas se chocam e se anulam (se destroem).
O que antes era apenas uma teoria já foi comprovado cientificamente no acelerador de partículas CERN, na Europa. Por meio da colisão de partículas próximas a velocidade da luz, foi possível gerar a antimatéria, que se colidiu com a matéria logo depois, anulando-se.
No Universo
A famosa equação de Einsten E=MC2 está correta, porém o físico alemão não considerou a massa pode ser negativa e positiva, de acordo com a antimatéria. Dessa forma, o britânico Paul A.M. Dirac reconsiderou a equação da seguinte forma: E=+/- mc2. Isso permitiu considerar a existência de partículas e antipartículas no universo.
As antipartículas descobertas mais famosas são:
Prósitrons – é a antipartícula do elétron. Ou seja, é um elétron de massa idêntica, porém com carga negativa.
Antiprótons – são prótons de mesma massa, porém com energia negativa invés de positiva.
Antiátomos – átomos inteiros, porém opostos energeticamente.
Onde está a antimatéria?
As teorias indicam que no Big Bang, necessariamente existia mais matéria que antimatéria, e que essas quantidades se chocaram e se anularam. Dessa forma, toda a antimatéria natural se perdeu e o restante da matéria formou os planetas e astros.
Apesar de hipoteticamente não existir mais antimatéria em seu estado natural, cientistas descobriram o que pode ser um possível depósito de antimatéria localizado próximo ao centro de nossa galáxia em 1997.
Qual sua possível utilização?
Apesar de hipoteticamente não ser possível encontrar antimatéria em seu estado natural, é possível cria-la em laboratório, algo que já foi feito no CERN. O choque entre matéria e antimatéria libera cerca de 10 mil vezes mais energia que a luz solar e que os raios x. Isso quer dizer que o choque de 1g de matéria e antimatéria poderia impulsionar um carro cerca de 10 mil quilômetros.
Apesar dessa incrível fonte energética ser possível, ainda não é possível produzi-la em larga escala, pois a manipulação da antimatéria ainda está em estado experimental. O que foi feito no CERN aconteceu em escala microscópica e mesmo assim a energia produzida poderia acender uma lâmpada por 3 segundos.
Se em um futuro próxima consigamos controlar esses fenômenos, será possível ter uma fonte energética praticamente inesgotável, limpa, barata e completamente usual, que certamente revolucionará o modo com que vivemos.