Orientações para compra de um carro financiado
O Banco Central (BC) divulgou novas regras para o financiamento de carros, impedindo algumas facilidades. As restrições são inúmeras, principalmente àqueles que possuem financiamento em parcelas mais prolongadas que 24 meses, não importante se o veículo em questão é novo ou usado.
A dúvida que surge nesse meio, é sobre qual a hora de programar a compra de um carro. Antes de mais nada, é indicado que você saiba exatamente qual a necessidade de comprar um veículo. Se a resposta for “o mais rápido possível”, o interessado deve começar a “poupar”, para que dê uma boa entrada.
Dessa forma, o comprador pagará prestações reduzidas, com valor também reduzido, o que facilita o processo. Não é nada recomendável que seja feito empréstimos, isso porque as parcelas de ambos pesarão com o tempo em seu bolso. A melhor dica é trabalhar a paciência e juntar uma boa quantia.
Um especialista em economia, indica que aquele que resolve economizar para comprar seu veículo num prazo maior de tempo, deve fazer o chamado “apontamento diário de despesas”. Durante 30 dias, ele terá de anotar todos os seus gastos diários, por fim fazer um levantamento do quanto poderá economizar, ou não.
É bom ressaltar também que um carro possui despesas como:
- Manutenção
- 3% do valor do carro todos os meses – seguro, DPVAT
- Estacionamentos
- Combustível
Novas regras
- Para financiamento de 24 e 36, entrada de 20% do valor do carro
- Para financiamento de 36 e 48, entrada de 30% do valor do carro
- Para financiamento de 48 e 60, entrada de 40% do valor do carro
- Acima de 60 meses, entrará em vigor a Regra do Fator de Ponderação de Risco
Regra do Fator de Ponderação de Risco
O que antes era 100%, agora é 150%, isso significa que para cada R$100 emprestados, os bancos são obrigados a deixar nos cofres do BC um valor referente a R$16,50.
- Os juros que eram 1,3%, agora são 2,3%
Quando questionados sobre a mudança, o BC denotou uma intenção de desacelerar a economia. Restabelecendo várias condições de mercado de crédito, reduzindo também as pressões inflacionárias. Além disso, fora colocado em questão os riscos de inadimplência.
Segundo estudos, cerca de 1,5% das pessoas que possuem financiamento de um a dois anos, deixam de pagar por pelo menos nos 12 primeiros meses. Em casos onde há extensão para 3 ou 4 anos, o número de inadimplentes aumenta para 6%. Em 5 e 10 anos, mais de 10% dos compradores deixam de arcar com suas responsabilidades.