Fernão Lopes foi um dos cronistas mais importantes do império português no início do século XV. Além de escritor, Lopes trabalhou como historiador, relatando os fatos e quotidiano de vários monarcas de Portugal em sua época. Pelos trabalhos bem feitos e reconhecidos com horaria pelos reis, Fernão Lopes ganhou bastante reconhecimento na nobreza.
Biografia
Nascido provavelmente em 1480 na cidade de Lisboa, o jovem filho de camponeses frequentou Escola de Catedral na mesma cidade. Não se sabe ao certo como ele chegou a trabalhar na Torre do Tombo, mas registros históricos do lugar informam que Fernão Lopes adquiriu o cargo de guarda-mor, considerado de grande confiança do Estado.
Seu talento logo fora parar na corte, onde fora tabelião e escritor oficial. A pedido da própria corte, Fernão Lopes foi incumbido de relatar historicamente em obras a vida dos seis primeiros reis de Portugal, além de demais fatos históricos importantes do século XIV e XV.
Até hoje, os manuscritos feitos por Fernão Lopes são utilizados como fontes históricas. Os mais conservados são as Crônicas Del-rei D. Pedro, Crônica Del-rei D. Fernando e Crônica Del-rei João I. O trabalho bem elaborado e de certa forma crítico foi bem recebido pelos monarcas de seu tempo.
Quando D. Duarte assume o trono de Portugal, recompensa as atitudes de Fernão Lopes com um título de nobreza e uma pensão imperial de 14 000 réis anuais. Além disso, o monarca fez de seu escrivão o mais novo Vassalo Del-rei, posição que legitimava ainda mais seu título de nobreza.
Em 1454, acredita-se que Fernão Lopes tenha se retirado da Torre do Tombo devido a idade avançada. Logo foi substituído por outra pessoa em seu cargo de guarda-mor. O cronista possivelmente faleceu pouco tempo depois de sua retirada da Torre do Tombo, na cidade de Lisboa.