Ambientes em que se tem um clima com altas temperaturas, podem promover o surgimento de espécies causadoras de vários incômodos, entre uma série de doenças. Entre esse grupo estão os carrapatos, tipos de parasitas externos bastante comuns de serem encontrados em diversos animais, principalmente em cães. Pertencente a Ordem Acarina, o tipo mais evidente de carrapato é o Rhipicephalus sanguineus, um parasita hematófago, ou seja, depende do sangue de seu hospedeiro para sobreviver.
Como o parasita possui fases de desenvolvimento da sua vida, o mesmo pode ser encontrado tanto no animal, quanto em diferentes lugares da superfície, solo, fendas em paredes, vegetação, e etc. Ao encontrar um hospedeiro, o carrapato percorre o seu corpo a fim de encontrar o local mais apropriado para se alojar. Em cães, escolhem com maior frequência a partes da cabeça e pescoço, pois assim, não correm o risco de serem arrancados. Além de infectar animais domésticos, também pode acometer outros animais silvestres e até mesmo o ser humano.
O carrapato insere seu aparelho sugador na pele do animal e retira a quantidade de sangue necessária para seguirem a diante, utilizam várias horas de seu tempo sugando o hospedeiro. Quando estão satisfeitos, se desprendem do cão para prosseguir seu ciclo de vida. Enquanto estão acoplados na pele do animal, podem transmitir várias doenças, ou mesmo dar abertura para infecções. As mais graves se enumeram a seguir:
- Ehrlichiose – essa doença causada pela bactéria Ehrlichia canis, provoca febre, diarreia, edemas, anemia, depressão e ainda pode causar complicações no sistema circulatório e respiratório.
- Febre maculosa – doença essa advinda do parasita intracelular Rickettsia rickettisii, causador de problemas como febre, vômitos, diarreia, falta de apetite, manchas nas mucosas, perda de peso e desidratação.
- Babesiose – caracteriza-se por eventos como anorexia, anemia, febre e depressão, podendo ser fatal, caso o cão não seja tratado a tempo.
- Borreliose – a doença mais notória, causada pela bactéria Borrelia burgdorferi, capaz de promover quadros de poliartrite, miopatias, adenopatias, febre e anorexia.
Todavia, veterinários recomendam não retirar os parasitas presos na pele do cachorro, pois essa ação arranca somente ao corpo do carrapato, deixando a parte da cabeça, o que irá provocar um infecção no animal. O mais correto é utilizar produtos específicos como shampoos, sabonetes e loções que combatam o parasita, fazendo com o que o mesmo seja eliminado. Manter o ambiente em que vive o animal limpo e pulverizado, também ajuda na prevenção do surgimento de carrapatos, evitando todos os demais problemas que o mesmo pode vir a provocar.