Ainda que se passasse gerações e gerações, os seriados Chaves e Chapolin Colorado ainda assim seriam um dos mais assistidos em todo o mundo, independentemente da faixa etária. Mesmo sendo reprisados, tais programas ainda são os mais assistidos da TV atualmente, sabe por quê?
Simplesmente pelo fato de transmitir ao público um humor saudável e inocente, com um fundo de reflexão sobre as dificuldades que muitos enfrentam, principalmente os latinos americanos, problemas mostrados relatados no personagem Chaves.
O outro programa também de mesma linha, encontraremos o Chapolin Colorado, denotando que para ser herói não é preciso ter músculos ou superpoderes, é precisa apenas estar guarnecido simplesmente com sua marreta, fazendo o telespectador render-se as gargalhadas.
Mas, por trás destas personagens, do roteiro escrito, quem foi o homem que deu vida a esses verdadeiros ícones do século XX?
Roberto Gomez Bolaños recente vítima de uma parada cardíaca, veio a falecer em 28 de novembro de 2014 em Cancún, cidade onde morava com a família. O mesmo era sobrinho do ex-presidente mexicano Gustavo Díaz Ordaz Bolaños, mas ao contarmos sua herança deixada, frisaremos principalmente o bom humor.
Chespirito, como também era chamado Bolaños, era filho de uma secretária bilíngue e um pintor cartunista. Formou-se em Engenharia Elétrica mas nunca chegou a exercer a profissão, descobrindo logo que levava jeito para a televisão e o rádio.
Nos anos 50, esteve na televisão escrevendo roteiros que marcaram sua carreira, conhecendo nessa mesma época o ator Ramón Valdés (que logo mais iria interpretar ao seu lado, o célebre personagem “Seu Madruga” anos mais tarde em seu programa), Rubén Aguirre (que interpretaria o “Professor Girafales”) e Maria Antonieta de las Nieves (querida “Chiquinha”).
Passados alguns anos, escrevendo e interpretando, Bolaños registrou o roteiro de um herói atrapalhado nomeado por ele como Chapolin Colorado, isso era o que faltava. Esse foi um dos primeiros programas que realmente impulsionaram o ator em sua carreira de longo sucesso.
Também nesta mesma época surgiu outro personagem bastante cômico, o Chaves, que fazia parte de um programa humorístico e logo rendeu ao elenco fama internacional. O roteiro escrito, dirigido e produzido pelo próprio Chespirito fez tanto sucesso que ficou no ar até 1995.
Em 1992 ele recebeu um importante prêmio no cenário literário do México, pelo roteiro da peça ” La reina Madre“. Chespirito também teve uma atuação importante no cenário político mexicano. Dizia ser contra as manifestações que aconteciam nas ruas, pois tal ação diminui a capacidade do homem para o trabalho.
Em outra abordagem se uniu a grupos católicos que buscavam manter o aborto como um crime. Inúmeros anúncios em canais de televisão foram feitos sendo contrários a outros grupos que defendiam o aborto.
Bolaños dedicou praticamente metade de sua vida a arte. Se entregou de tal forma que a simplicidade dos personagens criados são admiradas até os dias de hoje e, mesmo após seu falecimento sem haver nenhuma outra produção após 1995, ano em que o programa saiu do ar, ainda continuará sendo o símbolo do humor saudável e inocente, como o sorriso de uma criança.
Não nos resta dúvidas de que Chaves, Chapolin e Bolaños serão eternos!