Os sistemas econômicos sempre estiveram presentes na humanidade, por mais simples que possam ter sido. Além disso, podemos chamar de economia quando a Europa começa a pensar o capitalismo e levar o sistema monetário à uma importância quase nunca antes vista.
A moeda passa a ter grande valor tanto dentro dos Estados Nacionais e também no cenário internacional, sendo que seu valor nesses quesitos iriá depender diretamente da força econômica do país e da quantidade de metais preciosos que o mesmo contém em seu tesouro. Sendo assim, o capitalismo logo começa quando as navegações portuguesas e espanholas mostram o ” mundo novo” de possibilidades mercantis à Europa.
A industrialização que se inicia primeiramente na Inglaterra se espalha pelo globo com o tempo, levando consigo vários conceitos capitalistas e um deles é a necessidade de mão de obra assalariada e o liberalismo.
O Capitalismo Liberal
Essa ideia de capitalismo se baseava na liberdade de comércio entre empresas e compradores sem a interferência do Estado. Baseava-se numa teoria que a economia se auto sustentaria, como se uma mão arrumasse as coisas e desse continuidade ao sistema. Isso permitia que as empresas utilizassem das mais variadas estratégias, explorando funcionários, recursos naturais e acordos desmedidos sem qualquer fiscalização branda.
Esse tipo de medida deu certo por algum tempo para diversos países economicamente forte, principalmente os Estados Unidos que vinha crescendo no cenário econômico. O American Way Of Life estava a todo vapor principalmente após a primeira guerra mundial, onde a demanda de produtos norte americanos cresceu demasiadamente, em vista que diversos países europeus estavam em crise no período pós guerra.
O Colapso do Capitalismo Liberal
Pode-se dizer que o capitalismo liberal, como era conhecido, acabou durante a crise de 1929. Essa crise afetou grande parte do mundo e deixou até mesmo os Estados Unidos em uma situação bastante complicada, tanto às empresas quanto o povo estadunidense.
As empresas e até mesmo o setor agrícola norte americano produziam a todo vapor às altas demandas europeias e também de grande parte dos continente americano. As empresas cresciam demasiadamente e a contratação de funcionários a baixos salários permitiam o lucro cada vez maior.
Durante 1929, as potências europeias se recuperaram dos prejuízos da primeira guerra mundial e passaram a não necessitar de tantos produtos norte americanos como antes. Isso fez com que uma grande quantidade de produtos não fossem vendidos, os quais geraram enormes prejuízos aos empresários. Os produtos agrícolas tiveram que ser estocados a altos preços e com o tempo fez com que os fazendeiros se endividassem e perdessem suas terras.
No lado social, a mecanização de grande parte das indústrias fez com que milhares de pessoas ficassem desempregadas e sem capacidade de consumo. Com a economia sem girar, tanto fora como dentro dos Estados Unidos, a crise da bolsa de valores foi inevitável devido o despencar das ações que faliu diversos bancos e empresas. E cerca de 12 milhões de norte americanos ficaram sem emprego.
Com a economia em crise, os Estados unidos suspendeu acordos econômicos e empréstimos internacionais para se recuperar, o que atingiu dezenas de países, tornando a crise uma imensa avalanche de desastre econômico. O Brasil foi afetado pela crise, sendo que os Estados Unidos era o maior comprador do café brasileiro.
Medidas de Recuperação
Depois desse desastre econômico nos Estados Unidos, percebeu-se que o Estado deveria intervir na economia para regulamentar uma série de ações empresariais, acordos, compras, limites e demais burocracias para evitar que acontecimentos ou crises como o de 1929 voltasse a acontecer.
Além disso, o Estado regulamentou leis trabalhistas mais rígidas e uma série de benefícios que garantissem maior segurança e estabilidade aos assalariados, além de concessão de empréstimos, obras na infraestrutura e auxilio desemprego para estimular o retorno do giro econômico no país.
No Brasil, por exemplo, a revolução de 1930 trouxe inúmeros benefícios trabalhistas e uma maior fiscalização por parte do Estado no setor empresarial, como também o estímulo industrial e exploração de recursos naturais como o petróleo.