Concretismo
Surgida em meados de 1912, o concretismo foi uma proposta europeia para que a arte se expressasse sem se vincular com o mundo natural. Em tese, esse estilo artístico dispõe de figuras que a primeira vista não fazem sentido no imaginário comum, mas que contém significado em si mesmas.
Essa visão acabou por revolucionar as artes plásticas e influenciar bastante o modernismo. Valorizando impacto visual causado pelas formas arquitetônicas e esculturais, as vezes munidas de efeitos sonoros e outras estratégias de efeito, o concretismo conseguiu separar, ao menos parcialmente, a arte do naturalismo.
Ao chegar ao Brasil por volta da década de 50, o concretismo adquire alguns seguidores e se modifica, tendo início ao que será chamado de neoconcretismo no Rio de Janeiro.
Neoconcretismo
Ao chegar no Brasil, o concretismo foi visto de forma diferente por alguns artistas cariocas. Alegando sobre a tendenciosidade geométrica da arte concreta, os neoconcretistas buscavam mais sensibilidade e subjetividade na arte, indo adiante em conceitos de feito onde até o próprio espectador se torne parte da obra.
Problematizando a influência científica e industrial sobre a arte e a alta densidade padronizante no concretismo ortodoxo, esses cariocas inauguraram um novo modo artístico. Apesar disso, o neoconcretismo nunca saiu efetivamente do Rio de Janeiro, até mesmo por ter sido largamente criticado por concretistas paulistas.