Se você já ouviu dizer que o gato é inimigo natural do cachorro, então você já teve contato com o conceito de controle biológico, mesmo que de forma simples e cômica. A parte mais científica desse conceito é bem parecida com esse antigo dizer popular, porém com um pouco mais de observação e método legitimador.
Basicamente, os “inimigos naturais” no controle biológico exercem a função de controle populacional de certa espécie. Podemos tomar os sapos e gafanhotos como exemplo. Sem a existência dos sapos, predadores comuns dos gafanhotos, a população dos gafanhotos cresceria descontroladamente e causaria um grave desequilíbrio ambiental em outras espécies.
Controle Biológico Natural
Como já citado, os inimigos naturais de algumas espécies se encarregam de manter o controle populacional da mesma e a quantidade de indivíduos da espécie mais fraca determina também a quantidade populacional da outra espécie predadora. Isso significa que as relações de controle sã essencialmente recíprocas.
Existem três tipos de controladores biológicos que atuam de maneiras diferentes. Os predadores são os mais comumente vistos por nós e também os mais conhecidos. Esses seres vivem livremente e geralmente se alimentam de presas menores e mais frágeis que eles. O número de predadores é menor que o número de presas.
Há também os parasitoides, seres que vivem de forma parasitária em um hospedeiro, impedindo que esse chegue a sua fase adulta ou evitando que se reproduza. Se desenvolvem externamente ou internamente no hospedeiro e o mata ao fim do ciclo de vida. O número de parasitas é maior que o número de hospedeiros.
Por último, os organismos patógenos também agem como controladores biológicos. Esses seres microscópicos se reproduzem rapidamente dentro do hospedeiro e causam uma série de complicações e doenças que levam-no a morte. O número de patógenos é maior que o número de hospedeiros.