A cultura de massa pode ser definida como um produto ou produção que tem como objetivo alcançar e contemplar o maior número possível de pessoas, independente de classe social, cor, sexo e diferenças religiosas. Por esse motivo, também chamada de Industria Cultural, essas expressões culturais são veiculadas pelos aparatos de comunicação em massa como rádios, aparelhos de televisão e internet.
Iniciada em meados do século XX, a cultura de massa é fruto obrigatoriamente das conquistas tecnológicas e no barateamento dos meios de comunicação. Após a primeira e a segunda guerra mundial, ambos os fatores tornam-se aliados ainda maiores dessa industria. Também no período entre guerras, a industria de massa serviu como escapismo da dura realidade da crise de 29.
Primórdios da cultura de massa
A cultura de massa, também chamada de cultura popular ou cultura pop, pode ter seu início juntamente a invenção do rádio e do cinema. Porém, somente em meados do século XX, com a maior veiculação, acesso e disponibilidade desses recursos é que o termo passou a ser implantado de forma massificada.
Seguindo os padrões industriais, a cultura de massa estava ligada aos interesses do capital financeiro e de entidades políticas. Apesar disso, manifestações culturais de diversos grupos étnicos passaram a ser veiculadas e integradas ao processo industrial da mídia, dando a impressão de homogeneidade nas sociedades onde esse tipo de atividade eram presentes.
Os Estados Unidos foram um dos palcos mais importantes para o desenvolvimento da cultura de massa, principalmente com as produções hollywoodianas, o sucesso explosivo do Jazz e de todas as suas ramificações, incluindo o rock e os gêneros hoje conhecidos como “pop”.
A Indústria Cultural e a Guerra
O período entre guerras foi um dos melhores para os Estados Unidos. A economia ia milagrosamente bem e a prosperidade parecia não ter fim. Apesar disso, não só os EUA mas também grande parte do mundo entrou na maior crise econômica do sistema capitalista, a crise de 29. Durante a crise, a desesperança e a miséria assolaram o país e o cinema barato (cerca de alguns centavos para sessões duplas) serviu como escapismo da dura realidade por muitos anos.
Como dito acima, tanto o radio como o cinema eram utilizados também para divulgar interesses políticos e estatais, vendendo uma ideia ou conceito que chegaria ao máximo de pessoas possível. O termo “Industria Cultural” fora criado pelos filósofos alemães e judeus e Max Horkheime e Theodor W. Adorno, tendo percebido a propaganda nazista contra os judeus e demais raças consideradas inferiores. Mais tarde, ambos os filósofos fugiriam para os Estados Unidos.
Não só os nazistas utilizariam o potencial da industria de massa, mas também os norte-americanos, a fim de criar uma imagem negativa dos inimigos (Eixo) e convencer os norte americanos a ingressarem no conflito mundial.
A industria de massa atual
Atualmente, além do rádio, do cinema e da televisão, temos a internet e nossa disposição, meio de comunicação que vem se tornando mais importante que os anteriores, além de potencialmente mais democrático e livre. A internet permitiu que até mesmo as notícias e assuntos políticos fossem debatidos por diversos pontos de vista e com acesso a milhões de pessoas não só nacionalmente, mas mundialmente.
Outras artes de mídia surgiram como os quadrinhos e os vídeo games, que também correspondem atualmente a uma grande parte da cultura pop. A industria dos vídeo games por exemplo, hoje é considerada mais lucrativa que a indústria do cinema, apesar de terem propostas imensamente diferentes. Fato é que os sistemas de comunicação em massa evoluíram e, com eles, também as formas de produzir a cultura de massa.
Músicas pop, novelas, séries de tv, jogos, histórias em quadrinhos, portais e sites da web de entretenimento, portais de notícias, propagandas de produtos e publicidade, telejornais, blogs e uma imensidade de memes, são considerados frutos da cultura de massa.