O vírus HIV quando foi detectado em um ser humano pela primeira vez, no ano de 1977 e 1978, causou enorme preocupação na população mundial e das autoridades de saúde públicas, porque se tratava de uma doença desconhecida que podia trazer problemas sérios a saúde. Definido como Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) pertencente à classe dos retrovírus, o mesmo é o causador direto da AIDS, ainda pode ser encontrado em dois diferentes tipos – HIV-1 e o HIV-2, sendo que este último é menos transmissível, mas possui maior período de incubação.
As formas de contágio do vírus são determinada através do contato íntimo sem uso de preservativo, transfusão sanguínea, durante a gravidez ou na amamentação, compartilhamento de agulhas, seringas e outros instrumentos cortantes não esterilizados. Ou seja contato direto com secreções ou sangue da pessoa que possua o vírus pode haver risco de contágio, mas isso não implica em manter essas pessoas afastadas, mesmo porque, as mesma precisam de apoio para fazer o tratamento correto e o seguirem corretamente.
Ao adentrar no organismo humano, o vírus pode se manter assintomático por vários anos, período em que está incubado e assim não apresentar nenhum sintoma. O tempo entre a infecção pelo HIV até que a AIDS se manifeste é de aproximadamente 10 anos o tipo I e de 17 anos para o tipo II. Dependendo da situação nutricional e/ou imunológica de cada pessoa, esse tempo pode se encurtar, e assim apresentarem os primeiros sintomas.
A AIDS ataca o interior das células do sistema imunológico, que realiza a defesa do organismo e faz com que o vírus se torne parte do código genético da pessoa que o adquiriu. A partir de então, o problema se agrava em determinadas fases. Na primeira fase chamada de infecção aguda, o vírus se incuba, até o surgimento dos primeiros sintomas, período varia de 3 a 6 semanas. Em geral, os sintomas iniciais podem ser confundidos com uma gripe comum, onde se tem mal-estar e febre.
Na próxima fase apresentam-se interação entre as células de defesa e as mutações do vírus, que não chegam a enfraquecer o organismo totalmente. Mas a cada novo ataque, as células de defesa começam a perder a eficiência até serem destruídas, enfraquecendo todo o organismo, que irá ficar vulnerável à infecções. Essa fase mais sintomática, demonstra uma queda dos glóbulos brancos, causando febre, diarreia, suores noturnos e excessiva perda de peso.
Debilitado, o organismo passa a ser atacado pro diversas doenças oportunistas, uma vez que o mesmo não tenha mais imunidade capaz de defendê-lo. Ao ser acometido com tantos problemas, o indivíduo aidético atinge o estágio mais avançado da doença, que é propriamente a AIDS. Se a pessoa não realiza qualquer tipo de tratamento, ou não segui-lo corretamente, pode ser acometido por pneumonia, toxoplasmose, hepatites virais, tuberculose, e vários tipos de câncer, podendo em muitos casos aumentar o nível das infecções e levar o indivíduo a morte. Por isso é importante a prevenção dos meios de transmissão e realizar sempre o teste HIV, em caso de suspeita.