Atualmente, enfrentamos um grande problema educacional que já se arrasta a muitos anos no Brasil e em grande parte do mundo. A moral capitalista e a pressão da competitividade do mercado transformou o ensino e o conhecimento em ferramentas para se alcançar unicamente a esses objetivos. As escolas não mais formam cidadãos mas apenas repassam os conteúdos programáticos de maneira extremamente metódica e fixa, decorada.
Essa perda do valor moral do conhecimento e adequação das escolas a esse novo mundo de concursos e vestibulares abaixou essencialmente a qualidade e contribui para a perda do real objetivo da educação: formar cidadãos. A educação como meio para integrar e preparar o indivíduo em sua sociedade simplesmente não existe nas instituições de ensino plicas e particulares.
A falta desse apoio extremamente necessário para manutenção da sociedade contribui para a permanência de preconceitos, criminalidade, corrupção, desigualdades e o desencantamento social. Nesse sentido, a busca dos valores humanos na educação torna-se algo essencial para correção desse problema de formação.
Hoje, vários trabalhos estão sendo produzidos não só na academia, mas em várias escolas do país. A aprovação das diretrizes básicas permitiu essa flexibilidade e garantiu o objetivo da educação como de formação social. A flexibilidade do currículo e dos métodos de ensino e transferência de conhecimento e valores dá aos professores a ferramente adequada para que sejam aplicadas novas táticas pedagógicas que possam estimular e conscientizar os alunos dessa importância.
O mais intrigante é que o resultado dessas aplicações não tradicionais mostra-se eficiente tanto na área social como na área de conhecimento científico. O aluno formado com consciência social é mais preparado e adequado para o mercado de trabalho como também para adentrar em universidades. É capaz de especular, criticar, relacionar, excluir preconceitos e discriminações, reclamar seus direitos, cumprir seus deveres e ter posicionamento político e social menos individualista e irracional.
Essas transformações ocorrem de tal modo que podem transferir a educação o papel – que já era de sua competência – de transformar e mudar as realidades sociais do país. Práticas pedagógicas que respeitem cores, costumes, etnias, realidades sociais e as coloquem de frente para dialogar enfrentam os problemas e não os individualizam. A educação nesse foco, serviria para a mudança geral do povo brasileiro e consequentemente, o encaminhar para um Estado mais justo e tolerante.