Na história, podemos conceber facilmente ideias de separação, ora por ciclos econômicos, ora por eras que levem em consideração fatores de produção, entre outros. Porém, é importante lembrar que essas separações meramente teóricas nos servem apenas para facilitar o estudo da história.
Quando uma sociedade passa de um ciclo para o outro, ou de uma era para outra, não quer dizer que as atividades anteriores deixaram simplesmente de existir. As continuidades são visíveis, apesar da menor importância dada ao estudar determinado período.
Era industrial x Era do conhecimento
A própria era industrial não aconteceu de um dia para o outro. Antes do modelo industrial, a produção era feita artesanalmente pelas corporações de ofício. Quando as primeiras fábricas começaram a surgir, essas corporações continuaram trabalhando por séculos, mesmo com bastante concorrência nos produtos.
Durante o final do século XIX, a era industrial já estaria muito visível na Europa. A economia dos mais poderosos países desse continente (com exceção da Rússia) estaria voltado quase por inteiro as produções industriais. A divisão entre burguesia e assalariado – operário – era mais clara e visível e os problemas sociais também evidentes.
A primeira e a segunda guerra derrubou os impérios europeus. A era industrial foi ao auge bélico e científico por necessidades militares. Nesse período, a tecnologia dos computadores passou do “engatinhar” para o “caminhar progressivamente”. Os armamentos nucleares se difundiram e diversas questões sobre os sistemas de governo geraram conflitos em muitas partes do mundo.
Em um mundo que agora se firmava ainda mais entorno na ciência e do progresso tecnológico, a ênfase no trabalho puramente operacional e mecânico sofreu um queda considerável. As pessoas começaram a buscar especializações para terem empregos melhores e para suprir as novas demandas do podemos também chamar de “Era da Informação”.
A partir de 1970, os computadores pessoais começam a entrar no mercado e em pouco tempo começam a se popularizar. Com a rápida informatização dos setores públicos e privados, novas especializações são necessárias e o número de escolas, universidades e cursos também começam a aumentar consideravelmente.
Hoje, o estilo de vida se reconhece transformado. A velocidade de informação e as necessidades do mercado exigem cada vez mais especializações intelectuais. Por esse motivo, muitos teóricos definem o tempo presente como “era do conhecimento”. As atividades industriais não pararam, pelo contrário, estão cada vez mais intensas e ainda mais produtivas. Mas a ferramenta teórica está dando uma importância maior a esse aspecto do conhecimento para estudar esse tempo.