Não existem uma data específica que declara o início da Idade Média. Não há ainda um consenso amplamente aceito por todos os historiadores, tendo em vista várias motivações históricas que influenciam nessa divisão. No entanto, a mais aceita se baseia no período de queda do império romano ocidental.
A fragmentação do império romano se deu por sucessivos motivos administrativos, desencontros políticos e internos, revoltas de escravos e revoltas provinciais, conturbação social e o adentramento – episódio histórico denominado por Invasões Germânicas – dos povos germânicos.
Já nesse período, podemos localizar a alta idade média, uma das divisões desse período histórico. As províncias romanas africanas e ao sul da Europa foram tomadas pelo avanço do império turco otomano. No restante da Europa, estabeleceu-se um novo império que duraria do século VII ao século IX.
A Alta idade Média
O estabelecimento do Império Franco durante os séculos VI e VII uniu grande parte da Europa sob o poder de um poderoso monarca. Nesse império, as influências romanas continuariam permanentes graças a aceitação do catolicismo como religião oficial. Dessa forma, a igreja católica ocidental continuou com sua potência, mesmo que em um cenário diferente do anterior.
Ao mesmo tempo, Constantinopla representava o Império Romano Oriental, e se transformou em uma grande potência mercante e também militar. A grande variedade de religiões nessa cidade permitiu que, aos poucos, o próprio catolicismo fosse se consolidando de formas diferentes, de acordo com as necessidades culturais dominantes na região.
O auge no império franco foi pode ser constatado durante a dinastia carolíngia. Logo em seguida, a divisão do império proporcionada pelo número de herdeiros causaria uma desestabilização econômica e política que se enfraqueceria ainda mais com as invasões dos vikings, sarracenos, magiares e outros povos.
Na fragmentação do imenso império franco, podemos admitir o início da baixa idade média, período em que a dinâmica de produção e de vida das populações mudaria e tornar-se-ia icônico no imaginário popular, principalmente devido as obras literárias, peças teatrais e mais tarde, na indústria cinematográfica.
Baixa Idade Média
A baixa idade média inicia-se com o desmoronamento do império franco e internacionalização do homem no campo. As populações urbanas abandonam grande parte das cidades e buscam abrigam em ligares mais afastados. A divisão das terras entre nobres facilitou que homens mais afortunados pudessem construir grandes castelos e fortalezas.
Essa é a chamada também era dos castelos na Europa. Entorno desses castelos, estabeleciam-se os feudos. Esse sistema de produção ficou conhecido feudalismo e baseava-se essencialmente na relação de proteção e sustento. Os camponeses teriam um espaço de terra para morar e plantar grãos.
Essas plantações serviriam em parte para subsistência dos camponeses e em parte para o sustento da nobreza que morava nos castelos, sendo dever do nobre dar proteção militar ao camponês. Esses feudos cresceram consideravelmente e as relações entre os nobres da Europa formavam uma teia de suserania e vassalagem.
Durante esse período, os europeus iniciaram as famosas Cruzadas e Guerras Santas, onde buscavam dominar a Terra Santa para o ocidentalismo cristão. Muitas batalhas chamadas de “reconquista” também iniciaram-se contra os turcos otomanos, afim de reconquistar territórios perdidos para esses povos.
O fim da Idade Média se dá em um período turbulento e de grandes desastres. Além das duras batalhas entre povos, pragas como a peste negra assolaram e foram responsáveis pela morte de mais de um terço da população europeia. Baixas nas plantações contribuiriam com fome, as doenças e insatisfação popular.
O fim da Idade Média costuma ser pontuado na Revolução francesa, em 1789, onde os ideais renascentistas e iluministas construiriam um Ocidente pautado na racionalidade e no progresso científico liberal.