A Europa sempre foi uma região cercada de conflitos bélicos, ideológicos e tecnológicos. As nações europeias, hoje unidas por um imenso bloco econômico, antes eram rivais em vários segmentos, apesar de sempre estabelecerem relações comerciais entre eles.
Aconteceu que no início do século XX, o continente Europeu estava quase que por inteiro se recuperando de conflitos passados. As guerras franco prussianas por exemplo, desestabilizaram e geraram grandes perdas para os dois países. A partilha de regiões asiáticas e africanas ao sistema neo colonial que beneficiou poucos países europeus também acabou por gerar conflitos entre essas nações.
Os reinos de origem germânica estavam se organizando para se unificarem e os movimentos nacionalistas franceses estimulavam o revanchismo e a retomada dos territórios da Alsácia-Lorena, perdidos no conflito anterior. Além disso, a disposição de alianças e a corrida armamentista entre as nações que a tentavam se armar, ora pra se defender, ora para atacar se for preciso, espalhava a tensão pela Europa.
Início, causas e consequências da Guerra
Ocorreu que o herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, Arquiduque Francisco Ferdinando e sua esposa foram assassinados durante uma visita a Sarajevo por um estudante participante da Mão Negra da Bósnia Jovem. Esse ato acabou por registrar conflitos políticos entre os dois Estados, onde ao fim o Império Austro-Húngaro declarou guerra contra a Sérvia. A aliança sérvia com os Russos acabou os colocando no conflito e as mobilizações militares aconteceram.
As movimentações militares fizeram com que a Alemanha entrasse no conflito declarando guerra contra a Rússia e contra França , invadindo Luxemburgo e Bélgica como estratégia militar para impossibilitar as fortificações nas fronteiras francesas. Devido a invasão da Bélgica, os britânicos declararam guerra contra os alemães. O cenários das grandes potências em guerra estava pronto e o conflito conhecido como “guerra das trincheiras” estava para se iniciar.
Como causas da guerra, podemos citar o nacionalismo das nações europeias, o revanchismo, as teias e acordos econômicos entre as nações, o processo de unificações dos impérios, o imperialismo, as novas estruturas neo coloniais e o atentado contra Francisco Ferdinando como gota d’água.
As consequências do conflito podem muito bem ser resumidas em uma frase: o término da primeira guerra mundial apenas criou um novo contexto para o surgimento de um novo contexto. O Tratado de Versalhes imposto as nações perdedoras do conflito criou duras sanções sobre a Alemanha principalmente, que teve de devolver a região de Alsácia-Lorena à Franca e os demais territórios conquistados aos seus antigos donos.
O Estado ainda teve de pagar os prejuízos causados as demais nações diretamente ligadas ao conflito. A indústria bélica estaria proibida de funcionar no país, os exércitos alemães só poderiam com duras regras e imposições e a economia foi devastada, aumentando o desemprego e a miséria.
Os diversos prejuízos e a desestruturação das outras nações europeias impediu que essas pudessem pressionar a Alemanha e Itália a cumprirem a risca o Tratado de Versalhes. Aos poucos, as novas doutrinas nacionalistas desses dois países, o fascismo e o nazismo reergueram a economia e reestruturou a indústria bélica e os exércitos. O Japão também adotou a postura imperialista e totalitária e logo se uniria economicamente com essas nações.