A filosofia antiga, principalmente vinda dos grandes sábios da Grécia, foi a base para o pensamento ocidental e para muitos estudos que decidiriam as escolhas políticas da ibéria, do restante da Europa e da América.
Sem dúvida, a filosofia antiga levantou problemas existenciais que moldaram a racionalidade e quebraram paradigmas, valores e princípios das diversas sociedades. Por meio do retorno a filosofia clássica, os escolásticos sintetizaram o pensamento católico no que diz respeito a alma, a colonização da América, o trabalho, os pagamentos, entre outras teorias mundialmente famosas.
Apesar ao apego a religiosidade e de necessidade que nada que fosse estudado e produzido por eles poderia ir contra a vontade e santidade de Deus, os escolásticos tiveram um longo esforço e estudo nos monastérios para compor o raciocínio e a concepção de mundo da Igreja Católica Apostólica Romana.
O ponto marcante na filosofia grega foi na transição da sociedade grega para a pólis, cidades-estados da Grécia. A grande diferença fundamental foi a transformação do saber que antes estava intimamente ligado a vontade dos deuses e mitologia grega. A desmistificação desses valores em virtude da prática política – o homem como ser político – e do pensamento racional permitiu a elaboração de novas teorias e novos estudos, de forma que a sociedade grega desenvolvia-se entorno da emanação de conhecimento pulsante em cenário urbano.
O abandono dos antigos valores morais intimamente ligados a religiosidade vistos abertamente nas obras de Homero Ilíada e Odsséia, como o modelo de herói, morte gloriosa, cólera justa, submissão a vontade dos deuses e conquista da Kléos, os gregos puderam se organizar politicamente para uma nova era. Esse fato foi de imensa importância devido ao que foi produzido nesse momento que mais tarde seria resgatado na medievalidade e modernidade para compor uma nova estrutura do saber ocidental.