A Inconfidência Mineira ocorreu em 1789 na então capitania de Minas Gerais, considerada como um dos movimentos sociais mais relevantes da História do Brasil, onde era mantida a luta expressa e prioritária a cerca da liberdade dos brasileiros contra a tirania do governo português, que na era colonial era muito resistente no país.
A Conjuração Mineira, iniciou-se por causa da insatisfação de proprietários rurais, clérigos, militares e intelectuais, em relação as medidas tomadas pela Coroa ao instituir a cobrança absurda de taxas compulsórias. Além disso, de acordo com a lei, a pessoa que não fizesse a retribuição do valor estipulado deveria completar o total quando a cota não era alcançada. Os bens materiais também serviam como pagamento, e muitas das vezes eram saqueados pelos soldados do reino.
Em pleno ciclo do ouro, alguns homens decidiram se organizar para tentar uma conspiração contra a coroa, mais precisamente e destacavam o padre José da Silva, Domingos de Abreu Vieira, Luís Vieira da Silva, Cláudio Manuel da Costa, Francisco Antônio de Oliveira Lopes, José de Resende Costa, o sargento-mor Luís Vaz de Toledo Pisa e Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como “Tiradentes”.
A conjuração aspirava extinguir da região, a repressão e os abusos políticos cometidos pela Coroa. Entre as tantas reuniões, era discutidos diversas leis e planos, e em uma dessas reuniões foi criada a bandeira da nova República, branca com um triângulo e a expressão em latim: “Libertas Que Sera Tamen” – significando “liberdade ainda que tardia”.
Os planos dos Inconfidentes foram abortados por causa da traição de um de seus componentes – Joaquim Silvério do Reis, Coronel Comandante do Regimento de Cavalaria Auxiliar de Borda do Campo e fazendeiro, porém falido justamente por que não teve condições de pagar os altos impostos cobrados pela corte. Esse foi o motivo pelo qual ele decidiu delatar seus companheiros, para que obtivesse o perdão de sua dívidas e conquistasse seu status novamente.
Após a investigação do império sobre a denúncia de Silvério dos Reis, os inconfidentes se tornaram réus e acusados do crime de “lesa-majestade” previsto pelas Ordenações que fala sobre traição cometida contra a pessoa do Rei. Condenados, todos foram enviados para lugares distintos para cumprirem sua pena, com exceção de Tiradentes, o único membro a confirmar sua participação e liderança no movimento.
O inconfidente foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, após a execução, seu corpo foi esquartejado e os pedaços espalhados em diferentes locais. Propositalmente, a cabeça ficou exposta em cima de um poste na Vila Rica, em frente à sede do governo, para que intimidasse demais pessoas que por sinal apoiavam a causa da inconfidência, ou questionassem a Coroa.