O segundo império do Brasil havia passado por muita coisa. A Guerra do Paraguai acabou por tomar grande parte da atenção de Dom Pedro II, fato que pode tê-lo impedido de investir em outros setores e dar atenção ao desenvolvimento industrial trazido pela figura de Mauá, por exemplo.
A abolição da escravatura assinada pela princesa Isabel pode ter representado um avanço humanitário para o país, porém a não indenização dos fazendeiros pela perda de suas peças de trabalho (assim era chamados os escravos) fez com que essa importante classe deixasse de apoiar Pedro II.
Com as bases políticas saturadas e com o descontentamento militar (que vinha sido deixado de lado pelo império após a guerra do Paraguai), o golpe de 1889 foi a ação certeira para a dissolução da monarquia e a implementação da República no Brasil.
República Velha
Liderados pelo Marechal Deodoro da Fonseca, o contingente militar que deflagrou o golpe de 1889 reuniu-se com os republicanos para redigir o manifesto republicano no mesmo dia. Após isso, a primeira Constituição Republicana brasileira seria feita pelo governo de Fonseca.
Com o nome de República dos Estados Unidos do Brasil, o país entrou numa nova era. Foi separada a instituição religiosa do Estado, o casamento tornou-se direito civil, foi instituído o voto direito para o presidente e uma série de direitos civis. Novos programas para o incentivo industrial foram iniciados também.
Apesar disso, as elites paulistas e mineiras trataram de se articular para manter-se no poder e privilegiar o setor agroexportador no Brasil. Esse período da história ficou conhecido como República do Café com Leite, onde mineiros e paulistas se alternavam no poder presidencial e garantiam seus benefícios.
A República do Café com Leite acabaria em 1930 com um novo golpe que colocaria Getúlio Vargas no poder ditatorial. A partir daí, finda-se a República Velha e uma nova fase é iniciada no Brasil.
Presidentes da República Velha
1889-1891: Marechal Deodoro da Fonseca
1891-1894: Marechal Floriano Peixoto
1894-1898: Pudente de Morais
1898-1902: Campos Sales
1902-1906: Rodrigues Alves
1906-1909: Afonso Pena
1909-1910: Nilo Peçanha
1910-1914: Marechal Hermes da Fonseca
1914-1918: Wenceslau Brás
1918-1919: Delfim Moreira
1919-1922: Epitácio Pessoa
1922-1926: Arthur Bernardes
1926-1930: Washington Luís