Para facilitar o estudo dos seres vivos e suas particularidades, a Biologia – etimologicamente traduzida por Ciência da Vida – monta esquemas e conjuntos de semelhanças separar e organizar as características de todos os seres conhecidos.
Os esquemas mais conhecidos são os reinos, nos quais são divididos os animais, vegetais, bactérias, fungos e demais seres vivos em alas específicas de semelhanças. Além dessas divisões mais gerais, essa Ciência possibilita que entendamos até mesmo os processos químicos de forma mais organizada e precisa, como no caso da respiração dos seres vivos.
Respiração Aeróbia
A respiração em nível celular sempre tem a ver com a síntese de energia em ATP, que é o principal objetivo de todo o processo. Em especial, a respiração do tipo aeróbia – ou aeróbica – recebe esse nome pois o último aceptor na cadeia é o oxigênio.
Em suma, a quebra da glicose em nível celular é dividida em três etapas para que haja um controle maior sobre a quantidade de energia liberada – evitando que a mesma cause danos a vida da célula – e para utilizar o máximo possível da mesma. Inicia-se na quebra da glicose (glicólise) – ciclo de krebs – cadeia respiratória.
Esse processo pode acontecer tanto em células procariontes como em células eucariontes. No primeiro caso, a glicólise e o ciclo de krebs e a cadeia respiratória acontecem na membrana plasmática, viradas ao citoplasma.
Nas células eucariontes, a etapa da glicólise acontece no citosol, uma organela que não se faz presente nas procariontes. Também numa outra organela chamada mitocôndria, acontecem os ciclo de krebs e a cadeia respiratória.
Respiração Anaeróbia
Esse tipo de respiração acontece na ausência ou insuficiência de oxigênio. Alguns seres vivos só utilizaram a respiração anaeróbia, outros conseguem alternar entre aeróbia e anaeróbia de acordo com a necessidade. Ao segundo caso, são chamados de seres anaeróbios facultativos.
O próprio ser humano pode ser enquadrado entre os facultativos. Esse tipo de respiração celular ocorre quando o oxigênio não é suficiente para o esforço físico e para a demanda de ATP. Portanto, as células precisam degradas estruturas orgânicas para obter energia, mesmo que menos eficaz que a energia obtida pelo oxigênio.
Para isso, é comum que o corpo passe por um processo de fermentação lática, principalmente no contexto muscular. O processo é bastante semelhante com a respiração aeróbia, com a diferença de que o aceptor transforma o ácido pirúvico – resultante na respiração aeróbia – em ácido lático ou ácido etílico.
Respiração Cutânea
A respiração cutânea é uma forma de troca gasosa presente geralmente em pequenos animais, tubulares ou achatados. Como exemplos, podemos citar as minhocas e anfíbios como as rãs. Esse tipo de respiração de baseia na obtenção de oxigênio diretamente do meio pela pele do animal.
Nesse caso, a pelo do ser vivo com respiração cutânea é essencialmente vascularizada e apresenta grande quantidade de capilares sanguíneos para facilitar o processo de obtenção do oxigênio. Ambientes úmidos também facilitam esse tipo de respiração e geralmente corresponde a maioria dos habitats desses animais.