A língua portuguesa é considerada um dos idiomas mais burocráticos e difíceis que existem, principalmente no ocidente. A configuração das palavras, a conjugação dos verbos, os possíveis sentidos e significados que podem ser alterados por uma simples vírgula e a quantidade de emoções, entonações e expressões que podem ser transmitidas acabam confundindo ou enriquecendo as traduções.
Toda essa complexidade proporciona um idioma mais completo e de estrutura louvável. Isso porque, no português é possível escrever exatamente o que se quer transmitir, basta saber utilizar as inúmeras ferramentas da língua portuguesa.
Porém, ao mesmo tempo que a língua possa ser extraordinária e incrível, a mesma pode ser complexa demais em algumas situações, ou até mesmo confusa nas coisas mais simples. Isso se reflete nos casos dos homônimos, ou seja, palavras que quando pronunciadas possuem som igual, mas se diferem quando são grafadas.
O caso de “Revezar ou Revesar” é um bom exemplo para ilustrar essa situação. A grafia correta para essa palavra é Revezar com “z”, pois vem do nome “Vez” e possui significado de “trocar de vez ou alternar a vez”. É possível que a grafia seja feita com “s” ao confundir com as variações da palavra “revés” que significa “imprevisto, contrariedade”.
Para melhor exemplificar, veja:
Vá e revezes com ele a cada hora. Nesse caso, revezes com “z”, pois o sentido vem de Revezar (vez).
Muitos reveses tem acontecido ultimamente. Agora reveses com “s”, pois se trata de imprevistos (revés).