Desde a proclamação da república, o poder ficou concentrado nas mesmas elites agrárias que sustentavam o império. Alguns críticos diziam que o golpe militar que expulsou a família real do país apenas mudou o nome do governo e nada mais.
Fato é que na República, os fazendeiros do café tiveram grande influência na presidência. A chamada política do café com leite beneficiava esses fazendeiros de São Paulo e Minas Gerais, alternando o poder. Essa política acabou por fortalecer esses estados e agravar o declínio de outros estados que não tinham a mesma capacidade produtiva.
A crise de 29 acabou por enfraquecer as elites cafeeiras e desestabilizar a economia brasileira, gerando desemprego e aumento nos preços dos produtos. Devido os problemas políticos na alternância do poder, o estado sofreu um golpe militar, conhecido também com a Revolução de 30, quando Getúlio Vargas assumiu o governo provisório.
Revolução constitucionalista de 1932
O governo provisório de Getúlio Vargas já durava 2 anos e nenhuma nova constituição havia sido feita. Os interesses paulistas se mostravam menos importantes para o governo, gerando revolta política no estado, além de manifestações estudantis para a volta da democracia, entre outros princípios políticos.
A sigla MMDC foi utilizada como símbolo da revolução em homenagem a quatro estudantes mortos durante uma manifestação em maio de 1932, em São Paulo. Os estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo se tornaram símbolos da propaganda paulista contra o governo federal.
A partir de 9 de julho daquele ano os paulistas se mobilizaram e iniciaram a guerra civil. A polícia do estado de São Paulo estavam de fato mais equipados que grande parte do exército brasileiro e isso acabou por dificultar as reações federais contra a revolução (embora esse termo seja usado deforma incorreta, pois esse episódio histórico se tratou mais de uma postura conservadora paulista).
Apesar disso, os esforços das tropas federais foram suficientes para suprimir as forças paulistas, fazendo com que os mesmos assinassem a rendição no dia 28 de setembro.
Apesar disso, grande parte dos interesses paulistas foram atendidos pelo Governo Federal. As eleições para uma assembléia constituinte foram feitas logo após os conflitos e a constituição foi promulgada em 1934.