O que é autoestima
Antes de iniciar qualquer discussões sobre as questões que rondam a questão da autoestima, é necessário definir um detalhe bem básico, mas que muitas vezes acaba gerando dúvidas e confusão em algumas pessoas: o que realmente é a autoestima.
É possível afirma que a definição mais simplista e completa a respeito da autoestima é sobre a saúde emocional e mental de um indivíduo por meio da sua valorização pessoal. Mas porque a utilização do termo “valorização“? Acontece que qualquer desequilíbrio emocional ou mental que alguém venha apresentar, é decorrente da desvalorização que se tem sobre si mesmo.
Percebe-se então, que o conceito que o indivíduo tem sobre si mesmo é a chave essencial para o nascimento, crescimento ou morte de sua própria autoestima.
A construção da autoestima de uma pessoa se dá com base em seu autoconhecimento, ou seja, não tem nenhum relação com fatores do mundo exterior.
Hoje em dia é possível ver muitas críticas que grupos e movimentos fazem à mídia e seu papel na construção da autoestima de crianças e até mesmo pessoas adultas que crescem e se frustram por não conseguirem atingir um padrão ideal de estética e personalidade que é mostrado na televisão e em filmes.
A partir do momento em que a dimensão da autoestima se torna dependente do mundo exterior, inevitavelmente ela está condicionada a uma posição de fragilidade permanente, visto que irá depender de estímulos alheios ao próprio indivíduo para que se mantenha positiva.
A mídia de comunicação em massa é bastante criticada nos tempos atuais, mas se fizermos um panorama de toda a história da civilização humana será possível constatar que vários grupos também definiam padrões estéticos e comportamentais que serviam como base para ditar se algo deveria ser valorizado ou rejeitado.
Assim, pode-se dizer que o problema que gira em torno da autoestima não é dos tempos modernos, nem advém estritamente de concepções impostas pela mídia, visto que assim como sempre existiram pessoas com mente fraca influenciadas pela sugestibilidade imposta pela mídia, também sempre houveram indivíduos que rejeitam qualquer tipo de determinação imposta por meio exteriores a ele, criando assim seus próprios conceitos e valores.
Algumas das características da baixa autoestima são: insegurança, inadequação, perfeccionismo, dúvidas constantes, incerto do que se é, sentimento vago de não ser capaz de realizar nada, depressão, não se permite errar, necessidade de agradar, aprovação e reconhecimento.
É importante observar que qualquer pessoa é capaz de virar o jogo e moldar uma autoestima saudável para si mesmo. Afinal, ninguém nasce com uma baixa autoestima e está com seu destino traçado a viver eternamente dessa forma, como se essa fosse uma doença crônica.
Geralmente a baixa autoestima acontece quando o indivíduo passou por algum tipo de experiência ruim ou traumatizante em seu passado, foi mal educado (quando ninguém ensina o sujeito a se autovalorizar independente de qualquer outra coisa) ou inércia (quando há a aceitação de que o mundo funciona de tal forma e sempre será assim).
Sintomas da falta de autoestima
A verdade é que o ser humano sofre por diversos razões diferentes, e o que todos querem é se livrar o máximo possível de tudo aquela que pode vir a ser motivo de sofrimento. No entanto não há como fazer isso sem um trabalho dedicado anterior, sendo necessário portanto identificar quais são os motivos do sofrimento.
Origem do problema (avaliação)
Você quais são os motivos do seu sofrimento? Procure escrever sobre isso, anotando qualquer tipo de situação que te causa desconforto, pense a respeito de quais são as verdadeiras origens do seu problemas e liste cada uma delas.
Um dos principais motivam que acabam levando uma pessoa a desenvolver a baixa autoestima é a falta de consciência a respeito do seu próprio valor. Assim, quem não sabe de todo o seu potencial pode acabar desenvolvendo dificuldades em diversas áreas, desacreditando não só de si mesmo, mas da vida em geral.
Sinais
- Necessidade de reconhecimento e aprovação;
- Dependência financeira e emocional;
- Não acreditar na sua própria capacidade Insegurança e timidez;
- Perfeccionismo e medo de arriscar e errar;
- Sentir-se incapaz de realizar qualquer coisa;
- Dúvidas constantes sobre si mesmo;
- Sentimentos de depressão e ansiedade;
- Inveja, medo, raiva e agressividade relacionados a terceiros;
- Vergonha de si mesmo;
- Comodismo e inaptidão para mudar sua situação;
- Dificuldade para crescer profissionalmente;
- Sentimento de inferioridade.
É imprescindível que o indivíduo saiba reconhecer seu valor independente de qualquer fator externo, como o que se tem ou o que se faz, mas algo mais profundo: o seu valor como ser humano, o qual independe de cargo, conta no banco, poder, status e etc.
No entanto, é muito difícil colocar tal ideia em prática, visto que o homem em seu convívio em sociedade sempre priorizou e deu mais importância a uma pessoa levando em consideração seus bens materiais e não os seus valores enquanto pessoa.
Deste modo, é necessário deixar de lado toda e qualquer opinião de terceiros e olhar pra dentro apenas de nós mesmos e perceber as qualidades que estão ali, como a solidariedade, amizade, cumplicidade, amor, entre outras, as quais são coisas que dinheiro nenhum no mundo é capaz de comprar.
Se aceitando como você realmente é
O ser humano precisa entender de uma vez por todas que ninguém é perfeito e que cada pessoa é dotada de qualidades e defeitos, estando portanto sujeitas a cometerem erros e acertos a qualquer momento. Entenda que as suas falhas não são de nenhuma forma piores do que as que muitas outras pessoas já cometeram ou vão cometer em alguma fase de suas vidas.
É preciso desenvolver a capacidade de ser generoso consigo mesmo, compreendendo assim que a falha faz parte da vida de todas as pessoas, errar não é um motivo para desistir, mas uma nova chance de tentar fazer diferente e aprender o que é realmente certo. Apenas faça!
Não leve em conta apenas as virtudes que você carrega consigo, mas tente também aproveitar de seus defeitos para aprender constantemente, aproveite o que você é e não o que poderia ou deseja ser. Tudo isso lembrando sempre de enfatizar nas suas qualidades.
De fato essa não é uma tarefa nada fácil ou simples, mas é definitivamente algo que será realmente significante. Fácil é se olhar no espelho e apontar uma série de defeitos.
Em vez de apontar todas as características que você gostaria de ter ou coisas que desejaria ser, observe por quais fatores você pode ser grato, trazendo a tona sua beleza e qualidades naturais.
Seja honesto consigo mesmo admitindo quais as imperfeições constituem o seu perfil e deixando essa sua parte ir embora da sua personalidade. É importante ter em mente que jamais será possível corrigir um problema se você não for capaz de admitir a existência dele.
Construindo sua autoestima
Como foi mencionado anteriormente, os seres humanos desde o seu nascimento já possuem uma autoestima; acontece que, com o decorrer da vida e situações do cotidiano ele passa a vivenciar comentários, expectativas e atitudes de terceiros que processualmente acabam por desgastar o senso natural que até então era vívido.
A autoestima é o que faz o ser humano acreditar que é capaz de fazer o seu melhor utilizando seus talentos e habilidades para atingir seus objetivo e contribuir com a comunidade a sua volta, merecendo de tal forma uma vida saudável e feliz.
Construir uma autoestima que por algum motivo foi abalada é um processo natural, mas que exige algum empenho.
Mude sua atitude e visão sobre si mesmo
A percepção que você tem sobre si mesmo, sobre o seu modo de falar a respeito de suas características ou como se representa em algum momento se tornarão uma realidade na sua vida. Por exemplo, se você apenas se colocar para baixo, deprecia suas qualidades boas e coloca os seus defeitos lá em cima, em algum momento da sua vida você acabará se notando como uma pessoa reticente e de baixa autoestima.
No entanto, caso você exagere nas suas qualidades e talentos é bem provável que as pessoas a te rotular como egocêntrico e arrogante; situação a qual não se tratar de se superestimar, mas se enganar a si mesmo por meio de atitudes que demonstram apenas uma forte insegurança.
A chave então é encontrar o equilíbrio entre essas duas ações, aquela situação onde você reconhece e se alegra por ser uma pessoa que tem o mesmo valor que qualquer outro ser humano, tendo ainda pensamentos e talentos únicos.
Conseguir alcançar esse patamar pode ser muito difícil quando se passa anos cultivando sentimentos ruins sobre si mesmo, mas nunca é tarde para aprender a valorizar-se.
Não tenha medo de se amar
Muitas vezes as pessoas confundem o conceito de amor-próprio com atitudes narcisistas, egoístas e introvertidas.
Podemos dizer que boa parte dessa confusão decorre da palavra “amor”, a qual serve para definir diversos tipos de sentimentos; estando também emaranhada à confusão que as pessoas costumam ter em relação as mensagens que recebem e tem o intuito de fazer bem aos outros, sendo caridosas, e dando, constantemente, o melhor de si.
Mesmo que essa sejam intenções que carregam a sua nobreza, em alguns casos quando são tomadas desmedidamente podem acabar sendo utilizadas para minimizar, onde o indivíduo colocar os desejos de outras pessoas acima dos seus próprios por medo de soar como egoísta ou introspectivo demais. Novamente se ressalta a importância de encontrar o equilíbrio certo.
O amor próprio além de ser saudável, será seu amigo durante todos os dias, sejam eles de sol ou chuva, visto que ele não se manifestará por exaltações alternadas entre os seus dias, mas será constante em sua vida.
Amar a si mesmo se tratar de ter cuidado, tolerância, generosidade e compaixão consigo mesmo, como se você estivesse tratando de um ente querido ou de um amigo especial.
Não se preocupe com a ideia que as pessoas terão de você a partir apenas do que elas veem, afinal, o ser humano é um conjunto muito complexo de emoções e sentimentos que percorrem o seu corpo a todo momento, não devendo então ser definido por uma situação isolada ou característica única.
Acreditar no que as pessoas tem a dizer sobre você de nada adiante, construir e aumentar a sua autoestima depende apenas de você.
Confie nos seus próprios sentimentos
Desenvolver a autoestima requer que o indivíduo seja capaz de ouvir e confiar nos seus próprios sentimentos, não respondendo quase que automaticamente ao que outras pessoas o dizem, tendo em vista que a partir do momento em que as pessoas a sua volta notarem que a sua resposta vai ser sempre influenciada pelos seus desejos.
Não haverá nenhum tipo de incentivo para que utilizem de forma correta a sua capacidade de resposta, criando um elo que muitas vezes pode ser difícil de ser quebrado.
Uma vez que você confia em seus sentimentos, perceberá que quando o peso todo das demandas é colocado sobre si e não te faz sentir bem, irá responder com o que é melhor para si, e não para os outros.
Auto-compaixão: uma alternativa
Como anda sua autoestima?