O Brasil é se dúvida um país de imensas riquezas culturais e econômicas. Tendo uma cultura amplamente sincrética e abrasiva com diversas regionalidades, costumes, gostos, valores e aromas, o país é quase uma mistura de muitos países em um só território. A incrível produção brasileira tanto nos setores agrícolas e pecuários como na crescente industrialização, possibilitou o país a ascensão para a sexta potência econômica mundial.
Os sucessos econômicos do país trouxe desenvolvimento em diversos setores e uma ampla gama de possibilidades. Porém, as políticas públicas ainda são precárias e elitizadas, fator que gerou a tomada de decisões que reverberaram em profundas diferenças sociais entre os brasileiros. Essas diferenças vem diminuindo com as constantes assistências governamentais.
Para estimular ainda mais a economia, o Brasil necessita de mão de obra qualificada por meio de indivíduos formados nas escolas técnicas e nas universidades do país. Para que mais pessoas de diferentes classes sociais possam ter acesso a esse ensino de qualidade e aos empregos possibilitados por eles, o governo brasileiro investiu no sistema de cotas.
O sistema de cotas veio para facilitar o acesso dos indivíduos desfavorecidos socialmente as esferas acadêmicas e técnicas do país. As primeiras cotas beneficiavam indivíduos de cor de pele negra, deficientes físicos e indivíduos provenientes de aldeamento e costumes indígenas. As mudanças podem ser verificadas ao vermos profissionais com essas características atuando hoje em dia.
Porém, a grande diferença econômica dos brasileiros também influência bastante nesse quadro, pois os alunos desfavorecidos que precisam recorrer ao sistema básico de ensino público, na maioria das vezes não conseguem vagas em universidades públicas ou não conseguem custear sua vaga em uma instituição privada.
Problematizando essa situação, a presidente Dilma sancionou a lei do sistema de cotas que beneficiará os alunos provindos de escolas públicas no dia 29 de agosto de 2012. A lei garantirá que 50% das vagas em instituições de ensino pública de nível técnico e superior sejam destinados aos alunos de escolas públicas por meio de cotas.
Essa decisão, apesar de não ser a mais correta – pois o correto seria aumentar os investimentos na educação pública e aumentar a fiscalização destes, para que em um longo prazo aumentasse a qualidade da mesma -, configura-se numa maneira de inserir milhares de jovens no campo de possibilidade de ascensão social.
Essa medida certamente mudará a economia brasileira e também causará impactos nos terríveis afastamentos sociais que marcam o Brasil. Os resultados possivelmente serão vistos a longo prazo, mas com certeza já são um passo a frente para a sociedade brasileira.
As universidades e escolas técnicas do país já se adequarão ao novo sistema de cotas em 2013 e os alunos concorrerão as vagas por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).