A história da humanidade sempre foi marcada por guerras e inimizades entre as mais variadas nações. Essa situação não mudaria nem mesmo durante a era moderna, quando novos ideais surgiram, escravos foram libertos e as nações ocidentais se preparavam para grandes impulsos econômicos. Mesmo com o aparato teórico, as nações viriam a se gladiar por diversos motivos.
Um dos motivos mais intensos é o histórico. O revanchismo sempre foi motivo suficiente para iniciar outras batalhas, desde que dispunha de capacidade bélica. Um exemplo na primeira guerra mundial foi o revanchismo francês, que motivados pela derrota humilhante ao fim da guerra franco-prussiana, assumiu o posicionamento contra os alemães, levando a guerra à outros níveis.
Apesar disso, sempre houveram tentativas de evitar esse conflito, principalmente através da política e da diplomacia. Durante o século XX, várias dessas tentativas foram frustadas, o que causou grande desordem no cenário mundial e o início de dezenas de conflitos.
O início da desordem no século XX
Assolada por diversos conflitos ao longo de sua história, a Europa desenvolveu um sistema de alianças múltiplas que visava impedir que novos conflitos surgissem, obrigando os países a resolverem suas pendências no debate político e na diplomacia.
O sistema de alianças militares funcionava da seguinte forma: cada país teria alianças militares com muitos outros países em diferentes regiões. Dessa forma, quando um país declarava guerra a outro, na verdade, ele estaria declarando guerra a muitos outros países ao mesmo tempo. Dessa forma, uma guerra seria um ato suicida se não fosse muito bem pensada.
Com essa segurança política e os ideais progressistas que prometiam um mundo “cada vez melhor e mais civilizado ao menos na Europa“, ninguém imaginava que uma guerra mundial pudesse ser travada. Devido a há diversos fatores históricos e também idealistas, foi travada a primeira guerra, o evento mais traumático para a Europa até então.
O entre-guerras
Com o fim do evento mais avassalador já vivido na Europa e presenciado pelo mundo, os países precisavam se reestruturar para reafirmarem novamente no cenário econômico, e ideologicamente manterem o povo esperançoso por um futuro sem conflitos. Afinal, os novos aparatos bélicos surgidos na guerra (os aviões e tanques de guerra, armas químicas, bombas, entre outros) fizeram um estrago tanto físico quanto psicológico.
Para assegurar que novos conflitos não surgissem, foi criada a Liga das Nações, que seria responsável por mediar os diálogos entre os países e garantir a paz mundial. Porém, a Liga não cumpriu seu papel e novas tensões surgiram, principalmente na Alemanha. Os países Europeus não tiveram meios para conter de forma efetiva o rearmamento da Alemanha.
A situação do povo alemão foi um prato cheio para o surgimento de correntes nacionalistas que reergueram o país como potência europeia novamente. Motivados principalmente pela própria primeira guerra, a segunda guerra era instaurada, realimentando a desordem mundial no século XX.
O pós guerra
A Segunda Guerra Mundial foi capaz de superar a primeira, sendo o conflito mais destrutivo já ocorrido. Com a Europa novamente destruída, os Estados Unidos se levantaram como nova potência mundial ao lado da União Soviética. Dessa vez, foi criada a ONU (Organização das Nações Unidas) que teria os mesmos objetivos da Liga das Nações, além de afirmar os direitos humanos universais. Porém, se firmaria por muito mais tempo.
Apesar da existência da ONU prometer um mundo mais pacífico, os embates da guerra fria só foram frios para as grandes potências. Países socialistas e capitalistas entraram em diversas guerras para manter ou derrubar seus sistemas. Apoiados pelos Estados Unidos ou pela União Soviética, esses conflitos mataram milhares de pessoas e comprovou a ineficiência da ONU para garantir a ordem mundial.
Mesmo com o fim da União Soviética em 1991, a desordem do século XX continuou e vem se reafirmando no século XXI. Os Estados Unidos ignoram os conselhos da ONU e invadem países a favor de seus interesses econômicos, fato que se confirmou com a invasão do Iraque.