Após o estabelecimento do Acordo Ortográfico de 1990, algumas letras consideradas estrangeiras, passaram a fazer parte do alfabeto brasileiro – k, w e y. São comumente vistas em nomes de origem estrangeira, mas também compõe algumas palavras usadas no país, nomes próprios, abreviaturas, símbolos e etc. Essas são questões esclarecidas, mas ainda existem algumas dúvidas quanto a classificação dessas letras.
As letras em geral, representam fonemas, que por sua vez são denominados em diferentes categorias- vogais, semivogais e consoantes. Mas as letras estrangeiras, possuem uma denominação diferenciada justamente por promover um som muito variável , dependendo da palavra. A letra K, por exemplo, representa uma consoante – Kátia, kart, e etc. O W pode representar o fonema consonantal com som de “V” – Wágner e etc., ou fonema vocálico com som de “U” – William, windsurfe e etc.
Já o Y (ípsilon) é a letra mais difícil de definir, pois depende de como ele está inserido e se apresenta em uma sílaba. Se está apoiado em uma vogal, define-se como semivogal – office-boy, na base de sílaba, torna-se vogal, ex: chantily. Portanto o Y é mutável, ora é vogal, e outra hora semivogal. Mas essa característica é comum entre as letras estrangeiras, que na verdade não compõe a definição do alfabeto brasileiro.
Entende-se que as mesmas não representam vogal ou semivogal, mas sim fonemas vocálicos, semivocálicos e consonantais. Por isso essa confusão e a definição momentânea em algumas palavras, principalmente para a letra “Y”. A Melhor forma de tentar identificar quando pode estar representando um dos fonemas, é separar por sílabas a palavra, assim evidencia o som que a letra estrangeira está representando.