A ciência surgiu dos diversos estudos escolásticos pelos padres nos monastérios da idade média. Esses padres e monges católicos tinham acesso a muitas fontes de pensadores gregos, árabes e de povos de todo o mundo e as utilizavam para sofisticar o conhecimento da igreja e das questões existências humanas mediante o respeito a palavra divina do cânone católico.
Com o tempo esse amor aos estudos e a sede de conhecimento fez com que a própria igreja criasse as primeiras universidades do mundo. Esses centros de ensino geralmente eram pulsantes de atividades e os alunos cada vez mais duvidavam da igreja e seus dogmas.
Com o rompimento da igreja e Estado nas nações europeias e a reforma protestante, as ciências foram se afastando do controle e dogmas obrigatórios da igreja. Logo, criava-se o discurso científico, que seria o único discurso aceitável sobre os eventos e funcionamento do mundo natural.
Esse discurso é mantido até hoje e qualquer teoria para ser científica deve comprovada empiricamente por meio de métodos científicos autorizados e criados mediante convenção. A biologia, como ciência, obedece a esse esquema e tem uma forma burocrática e internacional na escrita dos nomes das espécies dos seres vivos.
É denominada nomenclatura binomial por ser composta por dois nomes para melhor organização e diferenciação. Os nomes são geralmente derivados do latim e grego por serem os principais tropos linguísticos ocidentais. O primeiro nome sempre deve começar com letra maiúscula e identifica o animal de forma genérica. O segundo nome sempre deve ser escrito com letra minúscula e constitui um elemento de diferenciação. Ambos os nomes devem ser escritos em itálico e quanto manuscritos, devem ser sublinhados.
Exemplos:
Homo sapiens = Homem.
Canis lupus familiaris = Cachorro doméstico.
Crocodylus acutus = Crocodilo.
Cyprinus carpio = Carpa.