Após a fragmentação do império franco e grande insegurança que pairava nas cidades, os nobres construíram seus castelos no campo, onde fundamentaram um novo sistema político e econômico. O feudalismo surgiu para superar esses problemas e manter a nobreza em posição privilegiada nos reinados.
Os burgueses foram a contradição dessa lógica. Ao invés de se instalarem nos feudos, essas pessoas se estabeleceram em cidades próximas as grandes feiras de trocas e utilizaram do comércio a principal fonte de riqueza. A essas cidades, davam-se o nome de Burgos, razão pela qual a derivação “burguês” é utilizada.
A consolidação da burguesia
Com o enriquecimento da burguesia, os reinados viram no comércio uma grande fonte de poder e riquezas. Logo a prática comercial foi adotada pelos novos Estados Nacionais que surgiam na Europa. Apesar de tudo, a nobreza continuava a pairar sobre todo o Estado e a igreja detinha uma grande parcela do poder em todos os sentidos.
A Revolução Francesa desarticulou esse mundo de representatividades nobres e religiosas. Tal ato desbancou o rei absoluto de seu trono, matou o representante “escolhido por Deus” (como era pregado sobre o monarca) e colocou a burguesia numa posição muito mais vantajosa para os seus negócios.
Após a revolução francesa e do avançar de Napoleão Bonaparte, a queda de vários reis europeus perante essa nova ideia mostrou ao continente a força da burguesia e a fragilidade do simbolismo religiosos e nobre. Com essa ruptura de parâmetros estamentais, a burguesia se consolida como principal classe de poder econômico em grande parte dos países da Europa.
Essa nova classe também consolidará o capitalismo como sistema econômico. Alimentando-o com as disputas comerciais e com os surtos industriais, esse novo sistema mudará não só a Europa, mas todo o mundo numa espécie de globalização que até hoje podemos ver os resultados.