Ao chegar nos crepúsculos da medievalidade, a economia e a troca de mercadorias em grandes feiras haviam ganhado força e grande importância para os reinados. Essa atividade permitia que as cortes tivessem contato com especiarias vindas da índia e outros produtos manufaturados que aumentavam a qualidade de vida das pessoas.
Principalmente as especiarias, que permitiam dar sabor aos alimentos e facilitavam a estocagem do mesmo. Uma grande variedade de tecidos e cores, equipamentos bélicos, entre muitos outros favoreciam ainda mais a prática dessa atividade. O crescimento dos burgos só evidenciava ainda mais que entrávamos em outra era.
Embarcações na história
A utilização de barcos e navios sempre foi presente na história humana. Na antiguidade, os grandes impérios já guerreavam com suas forças náuticas, como podemos ver entre gregos e persas, romanos e cartaginenses, egípcios utilizavam dos barcos para transportar materiais e alimentos pelo Rio Nilo, e nações chinesas já produzia imensos navios já ao nível dos navios das grandes navegações europeias.
Se a utilização dos navios para quase todos os fins não era novidade no mundo, porque tratamos a expansão marítima com devida importância? O que há de especial nesse evento iniciado no século XIV que transformou a navegação em atividade impulsionadora?
A expansão marítima europeia aconteceu em um momento importante para a economia e o desenvolvimento dos reinos. Além disso, as tecnologias de navegação trazidas do oriente permitiram viagens mais longas e navios mais duradouros. Isso mais tarde culminará no achamento dos continentes americanos pelos europeus.
A Expansão Marítima
As relações econômicas faziam girar a economia da Europa. O comércio das especiarias era de demasiada importância e praticado por quase todas as nações. Porém, ao mesmo tempo que isso acontecia, o império otomano crescia e expandia seus territórios pelo continente.
Constantinopla que antes era a principal ligação entre o ocidente e o oriente para os europeus fora tomada pelo império otomano em 1453, fato que dificultou ainda mais o comércio. Para cruzar as fronteiras otomanas, os europeus agora tinham que pagar pesadas taxas, o que tornava o comércio não muito lucrativo e elevava os preços das mercadorias.
A saída encontrada para contornar a situação foi usando o mar a seu favor. O caminho para chegar até as índias pelo mar era imenso, e com certeza grande desafio que para ser vencido, muitas embarcações foram afundadas. O primeiro navegador europeu a conseguir essa façanha foi o português Vasco da Gama, que em 1498 desembarcou em terras indianas, até então a maior viagem já feita.
A tecnologia para esse feito e a descoberta da rota para Índia causou grande agitação no continente Europeu. Outras nações começaram a desenvolver suas marinhas a fim de aproveitar um comércio sem taxas otomanas. Portugal e Espanha enriqueciam com o comércio e outros serviços náuticos devido seu pioneirismo.
Também na mesma época, espanhóis em busca desse mesmo caminho para a Índia acabaram por descobrir a América em 1492. A primeira ilha, batizada de Hispaniola ficava na atual América Central, fato que abriu ainda mais os horizontes europeus para um mundo novo.
Dessa forma, tanto para fazer comércio com as índias, como para explorar os novos continentes americanos, a expansão marítima fora um evento para contornar dificuldades e estabelecer a economia dos Estados Nacionais, iniciados principalmente por Portugal (também o primeiro país a se tornar um Estado Nacional) e Espanha, países comumente chamados de nações ibéricas.