Os povos Fenícios ficaram conhecidos por suas habilidades navais e de comércio. Saiba mais sobre essa civilização da antiguidade clicando no post.
O Fenícios se estabeleceram cerca de 1600 A.C. na região onde hoje é o atual Líbano. Eram basicamente semitas viajantes que viram no mar uma oportunidade de sobrevivência e o estabelecimento de uma economia.
Dividiam-se em Cidades Estado parcialmente independentes e com governo e questões políticas próprias. Ugarit, Tiro, Sídon, Arad e Biblos eram exemplos de cidades fenícias que alcançaram estabilidade e prosperidade financeira. Essencialmente ligados ao mar, a política desses povos era conhecida como Talassocracia.
Fenícios e suas proezas
Já em 1500 até 1400 a.C. os povos fenícios conquistaram a maioria das rotas comerciais, criando uma hegemonia entre as cidades estado em comum no mediterrâneo. A extensão do comércio fenício parecia não ter limites quando, apoiados por gregos e hebreus, conseguiram ter laços comerciais na península ibérica e no norte da áfrica.
Apesar das atividades comerciais serem a grande retentora de lucros desses povos e o principal motivo pelo qual eram conhecidos, os fenícios também praticavam a agricultura e a criação de animais para o sustento de suas cidades.
Devido a navegação intensa, a astronomia desses povos era bastante avançada e suas técnicas tanto de navegação como de construção dos navios era bastante sofisticada se comparada a muitas outras nações. Esses povos estabeleceram modelos comerciais e econômicos baseados nas trocas de mercadorias, algo que voltaria séculos mais tarde com o mercantilismo.
A religiosidade era baseada no politeísmo, possivelmente arraigado pelas influências de outras culturas durante o desenvolver da civilização. Eram comuns os rituais religiosos para a prosperidade comercial e a fecundidade da terra. Nesses rituais, eram sacrificados animais e também seres humanos.
No campo da escrita, os fenícios desenvolveram um sistema alfabético de consoantes fonéticas que serviu de base para a formulação do atual alfabeto ocidental.
Os povos hebraicos, fenícios e persas tiveram grande importância na história da humanidade. Entenda um pouco mais sobre essas grandes civilizações.
Grande parte das maiores civilizações da história antiga deixaram suas marcas em grande parte do mundo, a quais podem ser vistas até hoje nas línguas, nas culturas, nos costumes, descobertas científicas e em diversas decisões políticas que mudaram o rumo da história ocidental.
Em específico, três civilizações deixaram grande legado em quase todas as áreas humanas. A cultura e história hebraica, persa e fenícia influenciaram e muito a história de outras civilizações e os percursos tomados por ela em suas continuidades.
Hebreus
O principal legada do povo hebreu foi sem dúvida a Bíblia Sagrada, cânone que faz parte da maior religião do ocidente e uma das maiores do mundo, o cristianismo.
O povo hebreu no início de sua existência denominavam-se a si mesmos, israelitas. Sua religião oficial, a judaica, é existente até hoje e desde seus primórdios possuiu os pilares estabelecidos na bíblia. Esses israelitas se desenvolveram no Oriente Médio e sua história circunda a terra de Jerusalém (Canaã, Ur, etc) como de posse física e espiritual deles.
Feitos cativos por diversos impérios mais fortes politicamente e militarmente, os hebreus receberam muitas influências estrangeiras, influências que apesar de tudo, não conseguiram penetrar profundamente nos pilares de sua cultura. Tiveram um período de concentração política estruturada, o qual foi divido em reinados.
Tiveram o Rei Saul como primeiro rei do povo israelita por volta do ano 1026 a.C. Após isso, o próximo rei teria sido Davi e depois seu filho, Salomão. Após Salomão, o reinado se desfragmenta e logo é dominado pelos assírios e babilônios.
O domínio babilônio terminou por volta de 539 a.C. quando o império de Nabucodonosor fora dominado pelos persas. Esses por sua vez, libertaram os judeus que retornaram a região da Palestina. Por volta de 332 a.C. o império macedônico de Alexandre, o Grande conquista o império persa e mantém a Palestina e os judeus sobre os seus domínios.
Em 63 a.C. o império romano passa a ser dominante dos antigos territórios macedônicos e mantém os judeus sobre seu julgo. Nesse período, diversas revoltas judaicas acontecem e são reprimidas brutalmente pelas legiões romanas. Dessa forma, dá-se o início da diáspora judaica.
Após os acontecimento da Segunda Guerra Mundial, pressões e articulações políticas levaram a ONU a determinar a existência do Estado de Israel nos territórios de sua “Terra Prometida” em 1948. Dessa forma, muitos hebreus puderam voltar a sua terra mãe e reconstruir um país respeitando as delimitações dos palestinos.
Fenícios
Muito parecido com a Grécia, a Fenícia foi uma região repleta de cidades estados independentes e com interesses próprios. Essas cidades muitas vezes formavam alianças ou entravam em guerra umas com as outras dependendo da situação política do momento.
Localizado próximo a Canaã, os territórios fenícios contemplavam em grande parte o mar mediterrâneo. Sua principal atividade econômica era o comércio marítimo, visto que a tecnologia naval dos fenícios era a mais avançada da região. Além de avanços na navegação, os fenícios introduziram o alfabeto em larga escala, algo que acabou influenciando os gregos e demais europeus.
O ápice da região fenícia deu-se por volta de 1200 a 800 a.C. quando diversas alianças entre cidades estados fortaleceram o comércio e enriqueceram a região. Durante esse período, os fenícios fundam a cidade de Cartago, povo que mais tarde disputaria em igualdade contra os exércitos romanos.
Por volta de 539 a.C. o imperador persa Ciro, comanda ataques contra as cidades fenícias e domina quase toda a região. Os persas dividem a fenícia em quatro reinos menores, o reino de Tiro, Sídon, Biblos e Arwad. Durante esse processo, milhares de fenícios migraram para Cartago e outros reinos, fato que acabou por diminuir a fluência cultural nos quatro reinos.
Após isso, Alexandre o Grande torna-se detentor dos territórios fenícios logo após derrotar os persas, fato que acentua o declínio na região que quase não tinha mais traços de sua antiga civilização.
Persas
Os persas hoje são representados pelo povo iraniano. A região sempre fora chamada de Irã por seus habitantes e tem-se o termo “persa” como um sinônimo atribuído por outros povos ao redor e pelos historiadores gregos e europeus. O império persa por sua vez estendeu-se muito mais do que o território atual do Irã.
O império persa foi uma dos maiores impérios da História Antiga e se destacou em amplos aspectos. Com economia voltada a agricultura, comércio, artesanato e extração de minerais preciosos, os persas se desenvolveram com grande eficácia e ficaram conhecidos por suas campanhas militares, construções de monumentos e estradas.
Por volta do ano 525 a.C. os persas adquirem enorme prestígio e vantagens políticas ao dominar o império babilônico no comando do rei Ciro. Dessa forma, puderam expandir consideravelmente o território e diversas outras campanhas militares foram feitas para o controle do comércio e expansão territorial.
Os exércitos persas eram os mais temidos da região. Eram conhecidos pelos gregos como o “exército dos imortais” pelo exotismo de suas vestimentas e pela quantidade absurda de homens. Alguns historiadores gregos diziam que o céu escurecia quando os arqueiros persas disparavam suas flechas, uma referência a grande quantidade de projéteis lançados pela artilharia persa.
Ficou como marca histórica a política de Satrapias, uma espécie de governos federais dentro do vastíssimo império persa para facilitar a gestão. Cada satrapia continha um sátrapa que a governava politicamente, sendo leal ao imperador Dario I, fundador do referido sistema. Os persas eram também conhecidos por ter uma politica de respeito para com a cultura dos povos dominados, evitando a imposição de sua religião zoroastrismo na maioria dos casos.
Por volta de 323 a.C. Alexandre o Grande conquista o império persa derrotando o governante Dario III numa sucessão de batalhas. Dessa forma, aos poucos o império perde sua consistência em revoltas, divisões e perda de territórios.