Governo Lula

O Brasil sempre foi comandado por duras elites ligadas ao poderio da corte imperial nos tempos da monarquia, as elites da agro exportação e depois aos grandes empresários que desenvolveram negócios lucrativos e influentes no cenário político brasileiro.

Principalmente as famílias da “elite da terra” possuem um legado político que vem decorrendo desde os tempos das capitanias hereditárias. Salvo algumas exceções como Getúlio Vargas, que por meio de um golpe findou a política do café com leite, ou do general Deodoro da Fonseca que dissolveu a monarquia, ou até mesmo o governo militar de 64, o poder do Brasil sempre esteve nas mãos das “mesmas pessoas”.

Governo Lula

Mesmo com todas as controvérsias e desapreciações do governo Lula, é cabível se dizer que Luis Inácio Lula da Silva é uma fugira histórica, um ser humano, e que por isso responde a interesses próprios nem sempre condizentes com os ideais de moralidade também tão controversos e plurais. Por esse motivo, cabe a nós tentar examinar esse governo com olhos imparciais para depois estabelecermos críticas mais acertadas.

Lula
Lula

Sem dúvida, o Governo Lula pode ser considerado um grande passo na política brasileira. Apesar de tudo, Lula não pertencia a grandes polos da elite no país e subiu na política por meio de lutas partidárias e diversas articulações políticas.

Lula, como ex-operário assume o cargo de mais alta importância no país de forma democrática em eleições diretas em sua quarta tentativa. Ganhou as eleições desbancando José Serra com 61,27% dos votos válidos no segundo turno nas eleições do ano 2002, tendo tomado posse no dia 1 de janeiro de 2003.

Características

O governo lula herdou às políticas já feitas no governo de FHC, dando continuidade a maioria delas e reinventando projetos governamentais. Uma das maiores características durante a gestão de lula foi os recordes na balança comercial, o aumento significativo do PIB, as baixas inflações, o crescimento da indústria (principalmente da indústria automobilística), o aumento do salário mínimo e a forma quase ilesa com que o país passou pela crise mundial.

Em números, durante a gestão de lula, o PIB brasileiro cresceu cerca de 4% ao ano. O aumento do PIB também foi contemplado com a diminuição do desemprego. No primeiro ano do governo lula, a taxa de desemprego da população economicamente ativa era de 10,9%. Ao final de 2009, a taxa era de 6,8% e no início de 2010, de 5,3%, totalizando os melhores resultados em série na diminuição do desemprego na história do país.

A arrecadação dos impostos no ano de 2010 foi de R$ 805,7 bilhões, sendo a maior da história até aquele momento. O pagamento de empréstimos e dívidas contraídas com o FMI foi liquidado antecipadamente pelo governo brasileiro, fator que agregou prestígio internacional ao Brasil e atraiu novos investidores.

 Certamente, o governo lula foi um dos governos que mais lutou pela diminuição da pobreza e miséria no país. Apesar disso, deve-se ter em mente que a maioria dos projetos já estavam em andamento nos governos de Itamar e FHC e tiveram sua continuidade em 2003. O país alcançou a marca de diminuir a pobreza de 40% para 9,1% até 2006, graças aos programas sociais de auxílio governamental.

O índice de desenvolvimento humano no governo lula passou de 0,790 para 0,813. Apesar disso, as diferenças sociais ainda existem em larga escala no país.

Educação e Trabalho

No governo lula, as leis trabalhistas continuaram em vigor e sofreram algumas mudanças. O salário mínimo teve um grande aumento e alcançou marcas de poder consumos bem maiores. O Plano Nacional d Erradicação do Trabalho Escravo resgatou cerca de 32 mil trabalhadores em regime de escravidão em várias regiões do país. Apesar disso, a falta de fiscalização e o precário sistema judiciário evitam que os fazendeiros sofram punições adequadas. Sem o auxílio governamental, as punições adequadas aumentam de oferta de emprego nessas regiões, é comum que o trabalhador volte ao serviço escravo por falta de opção.

Na educação foram criados novos índices para avaliar a qualidade e órgãos para propor programas baseados nesses resultados. O ProUni foi um programa criado para facilitar o acesso as faculdades particulares no país. Apesar de terem aumentado as vagas em universidades públicas, a falta de repasses federais e estaduais teria deixada grande parte das universidades em condições de sucateamento.

Política e desenvolvimento

O governo lula foi alvo de grandes escândalos políticos que permearam as varas judiciais em acusações em série. Tivemos o famoso escândalo do mensalão, o escândalo dos cartões corporativos, a crise do seto aéreo, o caso Erenice Guerra e a denúncia do Ministério Público ao Ex-presidente Lula (após o mandato) por improbidade administrativa.

O país entrou para o grupo do G20 e estendeu suas relações comerciais com países dos quais antes não se relacionava em demasia como a China, a Rússia, a Índia e a África do Sul. No que diz respeito a infraestrutura, o governo lula não foi capaz de mudar o cenário de precariedade no país.

Na saúde, o Brasil não obteve avanços significativos, tendo as medidas tomadas pelo governo insuficientes para mudar a realidade nos hospitais públicos brasileiros. A porcentagem do PIB voltada para a saúde é insuficiente para o real funcionamento desse serviço público em sua plenitude.

Guerra das rosas resumo completo

Na idade média, os graus de parentescos entre nobres determinavam o futuro das relações econômicas, militares e de proximidade dos grandes e pequenos reinados. O sistema de suserania e vassalagem funcionava como uma imensa teia de parentescos, casamentos, alianças e proteção entre as centenas de reinos desse período.

O parentesco era a forma mais usual de se adquirir e demonstrar poder. Pertencer a uma determinava família já era motivo suficiente para ter status de nobreza, importância e participação política, mesmo que só por trás dos agentes oficiais dessas atividades. Da mesma, entre os reinos, as famílias poderosas disputava pelo trono em quase todos os casos europeus.

A Guerra das Rosas

O trono na Inglaterra sempre foi bastante disputado pelas “correntes políticas”, ou seja, as famílias mais poderosas daquele país. Os Lancaster, simbolizados por uma rosa vermelha, detinham o trono e os York, simbolizados por uma rosa branca, eram aspirantes a subir ao trono, fator de rivalidade entre as duas famílias.

As Rosas
As Rosas (Foto: Reprodução)

O monarca inglês Henrique VI estava submetido a loucura e era considerado o monarca insano. Apesar de ser lancaster, Henrique VI também causava problemas a sua família e todo o reino inglês. Com os esforços concentrados na Guerra dos Cem Anos contra a França, as loucuras do monarca desencadearam revolta nos York, que representados pelo duque Ricardo, adentraram em Londres com um exército de aproximadamente 3 mil homens e aprisionaram Henrique VI em 1455.

Essa atitude iniciou o conflito familiar denominado Guerra das Rosas na Inglaterra. O conflito armado envolvia exércitos feudais das duas famílias em batalhas pela Inglaterra. Apesar de ter ganho algumas batalhas importantes, o duque Ricardo de York é morto na batalha Wakefield, deixando o trono para Eduardo IV, também dos York. Esse porém, não é agraciado pelo parlamento inglês, que o obriga a devolver o trono a Henrique VI.

Apesar disso, Eduardo consegue retomar o trono na batalha de Barnet e fica com o título real até 1483, onde Ricardo assume o trono supostamente após ter assassinado todos os possíveis herdeiros. É intitulado Ricardo III e reina até 1485, ano em que é derrotado na batalha de Bosworth por Henrique Tudor, representante lancaster. Henrique casa-se com Elizabeth de York para unir oficialmente as famílias e inicia a Dinastia Tudor, que durará até 1603.

Espartanos e atenas resumo

A região da Grécia é uma das mais importantes quando o assunto é história do ocidente. As civilizações gregas desenvolveram inúmeras invenções e estabeleceram uma filosofia que ficou sendo discutida por séculos e que está em nosso imaginário, mesmo em regiões do Novo Mundo, até hoje.

O mundo grego é imensamente distante do nosso. Mas também é assustadoramente próximo. As particularidades, coisas do quotidiano, representações imaginárias, conceitos filosóficos, gostos artísticos, influência política e ordenamento social das nossas repúblicas são influências diretamente transportadas na polis grega pelo percurso histórico.

Dois representantes simbólicos desse mundo antigo são as cidades de Esparta e Atenas. Essas duas cidades se rivalizaram por muito tempo e possuem culturas, apesar de muito parecidas, distantes uma da outra e que formaram principalmente a representação imagética que temos da  Grécia atualmente.

Ruínas gregas
Ruínas gregas

Esparta

Os espartanos podem ser considerados como um povo guerreiro, no sentido literal da palavra. Todo o seu ordenamento social era baseado ou idealizado em combinações militares. Em tese, todo cidadão espartano era um soldado, ou deveria ser. Levemos em conta que um “cidadão espartano” não é qualquer pessoa que nasce em Esparta.

Os espartanos são descendentes dos Dórios, povo que já reconhecia por suas habilidades militares. Os dórios se estabeleceram na península do Peloponeso e fixaram outros povos que lá já existiam a seus domínios, fundando então a cidade estado de Esparta.

Ordenamento social em Esparta

Esparciatas – Os esparciatas eram os descendentes diretos dos antigos dórios. Eram os únicos “cidadãos espartanos” e também os únicos que poderiam participar da política em Esparta. Os homens esparciatas eram destinados ao serviço militar primeiramente e só depois a política. As mulheres deveriam cuidar da casa, do marido e da família, além de receberem treinamento físico para, segundo os espartanos, terem filhos fortes.

Periecos – Os periecos eram os descendentes dos povos que foram dominados pelos dórios sem a necessidade de batalhas. Eles exerciam serviços de artesanato e de comércio marítimo principalmente. Não participavam ativamente do exército espartano, porém, vão exercer essa função em tempos de crise em Esparta. Pagavam impostos.

Hilotas – Os Hilotas eram descendentes dos povos que foram dominados pelos dórios com a necessidade de batalhas. Eles eram responsáveis pelas plantações fora do espaçamento urbano, trabalhavam para os esparciatas, pagavam impostos e também poderiam ser escravos.

Política em Esparta

Diarquia – Esparta era governada por um diarquia, ou seja, possuía dois monarcas. Em tempos de guerra, um dos monarcas eram destinado apenas a questões militares e outro, para as questões políticas, religiosas e administrativas.

Éforos – 5 cidadãos que fiscalizavam e cuidavam da administração e manutenção do espaço público. Eram como se fosse os chefes de Estado.

Gerúsia – Composta por 28 cidadãos espartanos com mais de 60 anos e pelos dois reis. A Gerúsia criava os projetos de leis que seriam votados na Assembléia.

Assembléia – Evento onde todos os cidadãos espartanos maiores de 21 anos poderiam participar. A assembleia decidia inúmeras questões políticas e aprovava ou não os projetos de leis feitos na Gerúsia.

Educação espartana

A educação em espartana era voltada unicamente para o exercício militar. O cidadão (homem) esparciata ficava aos cuidados da mãe até os 7 anos de idade, onde era recolhido e tornava-se parte do Estado de Esparta. A ele eram ensinados conceitos da cidadania espartana, princípios militares, entre outros.

Aos 12 anos de idade, o menino era transferido para o treinamento militar, onde aprenderia a sobreviver em situações extremas, técnicas de luta, defesa pessoal, estratégias militares e a lógica de conduta do exército de Esparta. Aos 21 anos, o já então homem formado passaria por um último teste, e caso fosse aprovado, tornaria-se um Hoplita, ou seja, um soldado espartano.

Atenas

Atenas era uma das mais bem sucedidas cidades gregas. Fundada acerca de 3 mil anos, a cidade era um impostante polo comercial, filosófico e político. Essa cidade ficou conhecida por ter como pensadores Platão e Sócrates. Tinha também autores teatrais como Sófocles e Eurípedes.

Ordenamento social em Atenas

Eupátridas – Eram os cidadãos atenienses e a aristocracia. Eles eram os únicos que exerciam a política em Atenas.

Metecos – Os metecos eram os pequenos comerciantes em Atenas. Também eram considerados metecos os estrangeiros. Pagavam impostos.

Escravos – Os escravos eram destinados ao trabalho servil pelo não pagamento de dívidas ou por serem prisioneiros de guerra.

Política

A política ateniense foi mudando com o passar do tempo. Era inicialmente monárquica ou tirânica. Depois, com supressões das famílias eupátridas, foi se tornando no que conhecemos como democracia ateniense. A figura do rei foi fragmentada na figura dos arcontes.

Arconte Rei – tinha como principal função a liderança religiosa.

Arconte Epônimo – Era governante supremo juiz. Seu nome era utilizado para determinar eras ou períodos históricos.

Polemarco – Era responsável pela manutenção e liderança do exército atenien

A educação em Atenas era uma das áreas mais importantes para seu sucesso. As escolas geralmente eram nas casas dos professores ou ao ar livre. Os jovens se dedicavam a três cursos específicos para treinar e melhor suas potencialidades.

Grammata – Nesse curso, o jovem ateniense aprendia a noção da linguagem e códigos linguísticos de seu povo. Aprendia a ler e a escrever, e também aprendia a matemática. Os clássicos de Ilíada e Odisseia também eram ensinados nesse curso.

Música – Nesse curso, os alunos aprendiam noções musicais e a tocar instrumentos típicos de Atenas. Também aprendiam história, geografia, valores atenienses e outras culturalidades.

Educação Física – Nesse curso, os jovens atenienses aprendiam os esportes gregos como a corrida, o lançamento de peso e de dardos, o salto em distância, dentre outros, para modelarem o corpo e adquirirem força física.

Economia asiática resumo

A economia na Ásia é bastante plural, devido aos percursos históricos tomados pelos países asiáticos, principalmente após a segunda guerra mundial. Alguns conseguiram se manter economicamente, outros alcançaram níveis de desenvolvimento econômico invejável até para grandes países ocidentais como os Estados Unidos.

Devido a diferença de cultura oriental para com a ocidental, esses países tiveram que se adaptar aos modelos econômicos do capitalismo do Ocidente e também a mecânica e dinâmica de trabalho desenvolvida na Europa durante a modernidade. Isso fez com que muito de seus costumes mudassem na globalização vivida no século XX e XXI.

Continente asiático
Continente asiático

Economia Asiática

Os principais representantes na economia asiática são os Tigres Asiáticos, um conjunto de países que se mostraram fortemente ativos ao crescimento econômico e industrial. Esses países são Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong.

Os Tigres Asiáticos receberam e ainda recebem grandes investimentos estrangeiros por oferecerem mão de obra barata e qualificada, leis trabalhistas flexíveis e recursos disponíveis para utilização industrial. Isso assegurou em alguns casos, uma maior qualidade de vida para os habitantes, como na Coreia do Sul, por exemplo.

Além dos Tigres, o Japão é uma das principais economias do mundo, principalmente depois da Segunda Guerra mundial. O avanço industrial e o investimento em tecnologia tornou o pequeno país na maior potência tecnológica do mundo, apesar de estar perdendo espaço atualmente nesse ramo.

A China é o país que mais cresce no mundo. Estima-se que o PIB chinês cresça cerca de 10% ao ano e a produção industrial se iguala a dos Estados Unidos. A Índia vem alcançando enorme desenvolvimento econômico e científico. Os indianos já possuem, por exemplo, um programa espacial bem sucedido e também fazem parte dos países emergentes.

República Velha resumo e presidentes

O segundo império do Brasil havia passado por muita coisa. A Guerra do Paraguai acabou por tomar grande parte da atenção de Dom Pedro II, fato que pode tê-lo impedido de investir em outros setores e dar atenção ao desenvolvimento industrial trazido pela figura de Mauá, por exemplo.

A abolição da escravatura assinada pela princesa Isabel pode ter representado um avanço humanitário para o país, porém a não indenização dos fazendeiros pela perda de suas peças de trabalho (assim era chamados os escravos) fez com que essa importante classe deixasse de apoiar Pedro II.

Com as bases políticas saturadas e com o descontentamento militar (que vinha sido deixado de lado pelo império após a guerra do Paraguai), o golpe de 1889 foi a ação certeira para a dissolução da monarquia e a implementação da República no Brasil.

República Velha

Liderados pelo Marechal Deodoro da Fonseca, o contingente militar que deflagrou o golpe de 1889 reuniu-se com os republicanos para redigir o manifesto republicano no mesmo dia. Após isso, a primeira Constituição Republicana brasileira seria feita pelo governo de Fonseca.

Proclamação da República
Proclamação da República

Com o nome de República dos Estados Unidos do Brasil, o país entrou numa nova era. Foi separada a instituição religiosa do Estado, o casamento tornou-se direito civil, foi instituído o voto direito para o presidente e uma série de direitos civis. Novos programas para o incentivo industrial foram iniciados também.

Apesar disso, as elites paulistas e mineiras trataram de se articular para manter-se no poder e privilegiar o setor agroexportador no Brasil. Esse período da história ficou conhecido como República do Café com Leite, onde mineiros e paulistas se alternavam no poder presidencial e garantiam seus benefícios.

A República do Café com Leite acabaria em 1930 com um novo golpe que colocaria Getúlio Vargas no poder ditatorial. A partir daí, finda-se a República Velha e uma nova fase é iniciada no Brasil.

Presidentes da República Velha

1889-1891: Marechal Deodoro da Fonseca

1891-1894: Marechal Floriano Peixoto

1894-1898: Pudente de Morais

1898-1902: Campos Sales

1902-1906: Rodrigues Alves

1906-1909: Afonso Pena

1909-1910: Nilo Peçanha

1910-1914: Marechal Hermes da Fonseca

1914-1918: Wenceslau Brás

1918-1919: Delfim Moreira

1919-1922: Epitácio Pessoa

1922-1926: Arthur Bernardes

1926-1930: Washington Luís