Golpe da maioridade 1840 resumo

O império brasileiro teria seu início – independente do império português – um tanto conturbado e nada pacífico. Dom Pedro I, considerado Defensor Perpétuo do Brasil, agora não mais representava as nuances políticas das correntes políticas mais fortes no Brasil. Dessa forma, o monarca é expulso do país, deixando seu filho, herdeiro do trono brasileiro. Mais tarde, Pedro I tornaria-se Pedro IV no trono português.

Assembléia Geral que coroou Pedro II
Assembléia Geral que coroou Pedro II

Com um país que ainda consolidava novas políticas em sua soberania e sem a figura de um rei, os representantes políticos mais fortes teriam de assumir uma espécie de governo provisório. Esse governo ficou conhecido como regência e era contemplado por liberais, conservadores e militares.

O clima regencial

A regência no império do Brasil não era vista com bons olhos pelo povo. Isso porque a figura de um rei era de fundamental importância para consolidação de uma unidade de poder representativa e coesa para o imaginário do século XIX em nosso país. A primeira regência ficou conhecida por dar concessões aos movimentos revoltosos que ocorriam no Brasil e teve como principal representando o Padre Feijó.

Com o desgaste da própria regência e o grande número de revoltas, uma nova regência assume com o caráter de repressão aos movimentos sociais contra o império, tendo como principal representante, Araújo Lima. Apesar disso, novas rebeliões aconteceram e a regência entrava cada vez mais em descrédito para com o povo, principalmente após 1835.

Golpe da maioridade

O clima tenso no Brasil devido as revoltas populares e o mudança de uma política mais descentralizadora – feita pela regência das concessões – para uma política mais centralizadora – feita pela regência repressora – deixou o cenário político cada vez mais instável. As correntes políticas liberais queriam que o jovem Pedro de Alcântara assumisse o trono antes de completar a maioridade.

Para isso, foi criado o Clube da Maioridade. Essa reunião de liberais e também alguns conservadores foi a responsável por arquitetar o plano do golpe que faria Pedro de Alcântara se tornar Dom Pedro II. Convencendo várias cadeiras no senado e impedindo que os conservadores se posicionassem contra – pois poderiam ser considerados traidores da soberania monárquica do herdeiro -, foi redigido um documento que legalizaria o processo.

Assim, no dia 23 de julho de 1840, é deixado de forma oficial que Pedro de Alcântara se tornara imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil com a idade de 14 anos. Acreditava-se que a figura do rei acabaria com as revoltas provinciais e se iniciaria uma nova era política no império. De fato, Dom Pedro II adotaria uma política conciliatória para estabilizar o império.

Antropocentrismo resumo e significado

Arraigadas e conduzidas pelos ideias cristãos, as monarquias absolutistas europeias tiveram seu desenvolvimento e sofisticação tecnológica amplamente ligada a religiosidade e a adoração do divino. Isso não significa necessariamente uma forma de atraso científico, mas de cerceamento de uma sabedoria laica.

O medievo se preocupava demasiadamente com a salvação de sua alma. Essa preocupação era para muitos, o objetivo maior de todas as suas conquistas, sendo mais importante que a própria riqueza, princípios nobres e de qualquer anseio político ou material. Essa forma de pensar vai se perdurar por ainda mais tempo mesmo com as influências no renascentismo e do iluminismo, e de certa forma, até hoje é válida para as comunidades cristãs, mesmo que de forma re-significada.

O Antropocentrismo

Ter a salvação acima de todos os anseios materiais e pessoais do homem é a melhor forma de expressar que Deus está no centro de todas as ações, vontades e virtudes humanas. Até mesmo os estudos eram voltados para o engrandecimento de Deus, mesmo que tomassem para si, sentidos e conceitos laicos ou de outras culturas não cristãs.

Estudos renascentistas
Estudos renascentistas

Essa forma de significar o mundo ficou conhecida como Teocentrismo. Em contrapartida a isso, o Renascimento, que buscava inspirações nas obras greco romanas, a busca pela racionalidade e maior liberdade de pensamento, colocava o homem no centro de todas as projeções culturais e científicas. Isso ficou conhecido como Antropocentrismo.

Em sua etimologia, Antropos significa Homem. Logo, antropocentrismo significa “o homem no centro” e era exatamente isso que os pensadores e cientistas estavam buscando. Essa forma de pensar, mesmo que condenada pela igreja católica, acabaria por se difundir e se sofisticar, dando margem ao iluminismo e ao liberalismo, correntes do pensamento que influenciaram e fundaram o mundo ocidental político e científico moderno e pós moderno.

Fatores marcantes da transição entre a era industrial e a era do conhecimento

Na história, podemos conceber facilmente ideias de separação, ora por ciclos econômicos, ora por eras que levem em consideração fatores de produção, entre outros. Porém, é importante lembrar que essas separações meramente teóricas nos servem apenas para facilitar o estudo da história.

Quando uma sociedade passa de um ciclo para o outro, ou de uma era para outra, não quer dizer que as atividades anteriores deixaram simplesmente de existir. As continuidades são visíveis, apesar da menor importância dada ao estudar determinado período.

Era industrial x Era do conhecimento

A própria era industrial não aconteceu de um dia para o outro. Antes do modelo industrial, a produção era feita artesanalmente pelas corporações de ofício. Quando as primeiras fábricas começaram a surgir, essas corporações continuaram trabalhando por séculos, mesmo com bastante concorrência nos produtos.

O conhecimento como principal fator do trabalho
O conhecimento como principal fator do trabalho (Foto: Divulgação)

Durante o final do século XIX, a era industrial já estaria muito visível na Europa. A economia dos mais poderosos países desse continente (com exceção da Rússia) estaria voltado quase por inteiro as produções industriais. A divisão entre burguesia e assalariado – operário – era mais clara e visível e os problemas sociais também evidentes.

A primeira e a segunda guerra derrubou os impérios europeus. A era industrial foi ao auge bélico e científico por necessidades militares. Nesse período, a tecnologia dos computadores passou do “engatinhar” para o “caminhar progressivamente”. Os armamentos nucleares se difundiram e diversas questões sobre os sistemas de governo geraram conflitos em muitas partes do mundo.

Em um mundo que agora se firmava ainda mais entorno na ciência e do progresso tecnológico, a ênfase no trabalho puramente operacional e mecânico sofreu um queda considerável. As pessoas começaram a buscar especializações para terem empregos melhores e para suprir as novas demandas do podemos também chamar de “Era da Informação”.

A partir de 1970, os computadores pessoais começam a entrar no mercado e em pouco tempo começam a se popularizar. Com a rápida informatização dos setores públicos e privados, novas especializações são necessárias e o número de escolas, universidades e cursos também começam a aumentar consideravelmente.

Hoje, o estilo de vida se reconhece transformado. A velocidade de informação e as necessidades do mercado exigem cada vez mais especializações intelectuais. Por esse motivo, muitos teóricos definem o tempo presente como “era do conhecimento”. As atividades industriais não pararam, pelo contrário, estão cada vez mais intensas e ainda mais produtivas. Mas a ferramenta teórica está dando uma importância maior a esse aspecto do conhecimento para estudar esse tempo.

Capitanias hereditárias do Brasil: Explicação completa com resumo

Com expansão marítima iniciada pelas nações ibéricas – espanhóis e portugueses – várias porções de terra em todo mundo foram “descobertas” pelos europeus. Em especial, os continentes americanos causaram grande espanto com as novas espécies e os grupos humanos até então desconhecidos para essas nações do Velho Mundo.

Portugal assinou o Tratado das Tordesilhas  com a Espanha e os dois países fizeram a partilha dessas novas terras conquistadas. Apesar de tudo, não existia muito interesse de Portugal com as novas terras descobertas por Pedro Álvares Cabral, que mais tarde seria batizada de Brasil. Com as invasões de outras nações europeias no território, foi necessário tomar um posicionamento administrativo e estratégico para colonizar e produzir, para que outros países não o fizessem.

As capitanias hereditárias

O rei D. João III de Portugal aprovou um sistema de administração que ficou conhecido como capitanias hereditárias em 1534. Esse sistema era basicamente a divisão da colônia em grandiosas faixas de terras e distribuídas entre os nobres ligados a coroa. A divisão seria para facilitar e para por a responsabilidade de cada faixa ao nobre proprietário, o capitão.

Divisão das capitanias
Divisão das capitanias (Foto: Reprodução)

Ao todo, eram 13 capitanias que percorriam todo o território colonial na América Portuguesa. Eram elas: Capitania de Santana, Santo Amaro, São Tomé, São Vicente, Baía de Todos os Santos, Ilhéus, Espírito Santo, Porto Seguro, Maranhão, Pernambuco, Itamaracá, Rio Grande e Ceará.

Os donatários tinham o dever de colonizar, produzir e proteger suas capitanias e para isso tinham o direito de explorar todo o potencial natural da terra. As terras seriam passadas de pai para filho, por isso o nome “hereditária”. Apesar disso, o sistema não deu certo.

As dificuldades da maioria dos nobres em obter recursos para administrar as imensas faixas de terra foi um dos principais motivos. Fora isso, o conflito com diversas etnias indígenas dificultou todo o processo. Apenas as capitanias de Pernambuco e de São Vicente se mostraram efetivas. Esse modelo de organização administrativa foi finalmente extinto em  1759, dando lugar ao sistema provincial.

Republica das oligarquias resumo

Um ano após a abolição da escravatura em 1888, o Brasil se vê livre das garras imperiais e inicia-se o tempo da república. O golpe militar liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca destituiu o império de uma vez e reprimiu as correntes que eram a favor da volta do monarca.

Esses primeiros anos de república foram de caráter organizacional. O país precisava se adequar ao novo sistema, garantindo novos direitos e deveres, incentivando outros setores e definindo preferências. Dessa forma, os militares foram quem governaram o país nesse período que ficou conhecido como República da Espada e fizeram a primeira Constituição Republicana.

República das Oligarquias

Em 1894, o primeiro presidente civil assume o governo brasileiro, Prudente de Morais. Esse candidato era do Partido Republicano Paulista (PRP) e defendia abertamente os interesses cafeeiros. Como o café de São Paulo e a produção de leite em minas eram as principais atividades econômicas do país, os dois partidos desses estados PRP e PRM, se articularam numa aliança política que alternava o poder presidencial.

Charge criticando a político do café com leite
Charge criticando a político do café com leite (Foto: Reprodução)

Dessa forma, a cada 4 anos, um representante paulista sai do poder para a entrada de um mineiro. Apesar do incentivo a indústria feito na república da espada, a república oligárquica deu grandíssima atenção ao setor agroexportador, decisão que sofreu inúmeras críticas pelos industriais brasileiros.

Essa política ficou chamada de política do café com leite. Os setores agrícolas foram beneficiados e mais acordos políticos com os governadores foram efetivados. Dessa forma, o poder federal não poderia interferir nas eleições estatais. A figura do coronel, apesar de não ter mais esse título concedido no império, ganha ainda mais força no interior do país.

Em 1929, os Estados Unidos passa pela grande crise da bolsa de valores, que consequentemente chega ao Brasil, reduzindo o preço do café e abalando esse importante setor da economia brasileira. Em meio ao caos que se firmava, as eleições presidenciais teriam sito manipuladas que Júlio Prestes ganhasse. O Gaúcho Getúlio Vargas então com o apoio militar consolida um golpe de Estado num ato que ficou chamado de Revolução de 30, acabando com a política do café com leite e a primeira república.