Ao adentrar numa igreja barroca de Minas Gerais, o visitante se sente pequeno diante a tal grandiosidade e riqueza ostentada pelas toneladas de ouro e pelo nível de detalhes nas estátuas, paredes, colunas e pinturas. Esse é o efeito tradicional do Barroco no Brasil e o que perdurará até meados do século XVII.
Como forma de manter a tradição e de engrandecer o espírito, o barroco deixou grandíssimas obras artísticas como legado a nossa cultura. Até hoje, as edificações nesse estilo são os pontos turísticos mais visitados e apreciados pelos brasileiros e estrangeiros que vem ao país.
Contexto Histórico do Barroco
Surgido na Europa no início do século XVI, o barroco foi uma espécie de reencontro com a tradicionalidade cristã e a valorização da fé e grandeza divina. Num cenário onde a separação da igreja católica e o surgimento das igrejas protestantes conturbavam a fé das nações ibéricas, a manutenção do imaginário era traduzida em forma de arte.
As influências tanto desse embate religioso como também das ideias Renascentistas foram essenciais no desenvolvimento desse tipo artístico. As grandes indagações e opostos eram explicitados no barroco frente a frente como “o pecado e o perdão”, “o homem e Deus”, “a carne e o espírito”, entre outros.
Geralmente buscando elucidar temas religiosos, essas artes eram patrocinadas pelos monarcas europeus e no caso brasileiro, pelos grandes latifundiários ou donos de minas auríferas. O requinte e o detalhismo elucidam o renascimento com elementos e feições greco romanas aos personagens, mesmo sendo bíblicos.
Autor de obras conhecidas como A Queda do Anjo, Anátema e Amor e Perdição, Camilo Castelo Branco encontrava em sua própria vida a inspiração para tantos romances. Para esse escritor português, a palavra moralismo era simplesmente desvaneio quando o assunto eram os amores que lhe palpitavam a alma.
Castelo Branco nasceu em meados de 1825 na cidade de Lisboa. Até os 8 anos de idade, o pequeno garoto veria seu pai e sua mãe morrerem, o deixando órfão. Esse desencontro da vida fez com que ele pudesse morar com sua tia, Rita Emília, com quem foi educado e criado até os 16 anos de nada.
Depois de se casar, deixa a esposa e parte para a cidade do Porto na tentativa de cursar medicina. Apesar de ter deixado a esposa, ainda era casado com ela, fato que não o impediu de ter um caso com sua prima, Patrícia. Pego em adultério, foi preso por esse motivo. Depois da morte de sua esposa, Castelo Branco se vê livre para se casar com a própria prima e assim o faz.
Quando Patrícia engravida, o jovem escritor a deixa assim como a primeira esposa, por ter se apaixonado por outra mulher de nome Ana Plácida. Apesar de tudo, Castelo Branco é deixado por ela e ingressa em um seminário onde se apaixona por uma das freiras. Após sair do seminário, retorna a ter laços amoroso com Ana Plácida e os dois são presos por adultério .
Apesar das acusações, ele e Ana são absolvidos no tribunal e ambos continuam suas vidas amorosas, oficializando a relação em 1888. Com ela, Castelo Branco teve dois filhos. Uma de suas obras “Amor e Perdição” foi escrita nos tempos em que esteve na prisão. Vendo talento na literatura, passa a basear seu sustento apenas nessa área.
Também trabalhou como tradutor e poeta em algumas ocasiões. Castelo Branco foi acometido pela sífilis, doença que lhe causou cegueira mais tarde. Talvez por esse motivo, o escritor comete suicídio no dia primeiro de julho de 1890 na cidade de Lisboa.
William Shakespeare é com certeza uma das maiores figuras da literatura e da dramaturgia. Suas obras o consagraram de várias formas e até hoje servem de referência para todo o profissional que pretenda seguir uma das carreiras que esse grande poeta criativo teve.
Biografia
Nascido em Stratford-Avon no ano de 1564, o inglês Shakespeare desde cedo demonstrava grande interessa na área cultural, pela escrita e arte. Seus estudos se centraram principalmente nessa área, o que fez com que jovem, ainda com 18 se mudasse para Londres para seguir carreira.
Já nessa época, o jovem William havia composto cerca de 150 sonetos, os quais grande parte são considerados os mais lindos de seu século e de toda a história ocidental. Chamando atenção principalmente na dramaturgia, Shakespeare consegue entrar para a Companhia de Teatro de Lord Chamberlain e a escrever suas peças teatrais.
O contexto histórico de uma Inglaterra reinada pela poderosa Elizabeth I convinha para todo o desenvolvimento cultural induzido pelas peças de William.
O país vivia em tempos de ouro e riqueza, o que facilitou bastante a inserção de novas ideias e histórias no palco. Shakespeare era conhecido por misturar os mais diversos elementos de drama, tragédia e comédia em suas obras, causando uma grande combinação de sentimentos e efeitos nos que assistiam.
Após uma grande carreira, o já mais debilitado William retorna a sua cidade natal Stratford, onde compõe a sua última obra batizada de A Tempestade. No ano de 1916, falece.
Obras marcantes
Várias obras que levaram o seu nome foram de grande importância para a história da Inglaterra, como também para a história do mundo ocidental. As comédias O Mercador de Veneza, A Comédia dos Erros, Sonho de uma Noite de Verão, A Tempestade, Conto de Inverno são grandes exemplos.
Para fora das comédias, as tragédias de Shakespeare também são consideradas as mais icônicas do período. Romeu e Julieta, Hamlet, O Rei de Lear, Antônio e Cleópatra, Júlio Cesar, Macbeth marcaram gerações, como também os dramas históricos de Henrique VIII e Ricardo III.
As Ilhas Malvinas foram foco de alguns conflitos justamente pela indecisão de seu pertencimento. Na época das grandes navegações que se iniciou entre 1490, arrastando-se até 1700, Portugal e Espanha seguiam na frente com grande quantidade de descobertas territoriais e por sua marinha até então mais preparada para longas viagens.
As ilhas que atualmente sabemos a localização próxima a Argentina foram visitadas e avistadas por diversos navegadores, entre eles espanhóis, ingleses, franceses, portugueses e holandeses, dificultando assim a originalidade da posse de quem as descobriu. Os espanhóis que aliás tinham grande parte da América do Sul, reivindicaram o território como posse de seu país, enquanto a Inglaterra também entendia te-lo por direito.
A Colonização
Apesar disso, a colonização das Ilhas Malvinas foi bastante complicada. A presença de ingleses, franceses e espanhóis no território acabou por gerar alguns conflitos. Em 1766, a França concede sua parte do território a Espanha, que no mesmo ano declarou guerra aos ingleses pelo território.
A disputa terminou decidida que a parte ocidental ficaria em poder da Espanha e a parte Oriental em poder da Inglaterra. Com os movimentos de independência acontecendo nas Américas, o enfoque as Ilhas Malvinas foi deixado de lado, fazendo com que os habitantes partissem e abandonassem o local.
Em 1827, a Argentina já consolidada como Estado independente da Espanha, enviou colonos para reocupar o território das Malvinas. Lá estabeleceram uma capital política e algumas atividades. Dois baleeiros norte americanos foram capturados nas proximidades e as tensões só se intensificaram.
Por volta de 1833, o império britânico envia navios armados para retomada do território das malvinas. Sem condições de resistência, os argentinos voltam para seu país e a colonização inglesa do local é iniciada. Só por volta de 1966, grupos nacionalistas argentinos vão até as ilhas e declaram-nas como território argentino.
Apesar dos nacionalistas terem sido reprimidos pelo governo local e governo britânico, as tensões entre os dois países cresceram ainda mais, o que levou a Argentina entrar em guerra contra a Inglaterra pelo território, conflito conhecido como Guerra das Malvinas, onde os ingleses saíram vitoriosos.
Ainda hoje, os Argentinos buscam a posse das ilhas, e por meio de diversos tratados internacionais, conseguiram que muitos países, entre eles o Brasil, reconhecessem o território como legitimamente argentino.
O Brasil é um país que já possui muitas por natureza. A grande mistura de povos e suas culturas acabou por sincretizar e aumentar o número de festividades que aconteciam nesse imenso território. Os efeitos disso podem ser averiguados nas diferentes e também semelhantes celebrações que ocorrem nas cinco regiões no país.
Um das festas mais conhecidas e aclamadas pelos brasileiros é a festa junina, onde é comum tanto na cidade como no campo, a presença de detalhes culturais e simbólicos, pessoas vestidas a caráter para a celebração, alimentos próprios e icônicos e alguns ritos seguidos quase que religiosamente nessas festas.
A história da Festa Junina
O termo “festa junina” pode ter sua origem em dois aspectos. O primeiro discorre do próprio mês em que são realizadas, o mês de junho, onde ocorrem várias festas destinadas a santos católicos. Também pode ter esse nome pela famosa festa de São João que pode ter acabado de se chamar “joanina”, termo português.
Seja qual for a denominação, as festas juninas são heranças de celebrações europeias pagãs que eram realizadas para celebrar o solstício de verão ou de inverno, dependendo da região. A fogueira era simbolo dessa passagem, representando coisas diferentes em cada povo. Com a catolização da Europa durante a Idade Média, essas festas foram cristianizadas num processo sincrético de ressignificação, onde invés de celebrar deuses, os cristãos europeus celebrariam santos da igreja. Os três principais santos celebrados até hoje chamam-se São Pedro, São João e Santo Antônio.
Ao chegar no Brasil ainda enquanto colônia de Portugal, essas festas foram ganhando novos atributos e características por meio de contato e influência de outros povos europeus, asiáticos, etnias indígenas e etnias africanas. Desse modo, a utilização de fogos de artifício deu-se pelos chineses, a uso de fitas pela península ibérica (Espanha e Portugal), as quadrilhas das marchas da nobreza francesa, dentre outros aspectos.
A tradição dos balões que antes era muito comum no Brasil também veio de Portugal. O país possui já uma tradição de pequenos balões e o objetivo deles era de anunciar que a festa estava começando ou também de enfeitar os céus durante a celebração, como um espetáculo de luzes.
Roupas e Alimentos típicos
As festas juninas são celebradas em todo o país, porém a tradição nordestina é a mais forte e icônica. Por se tratar do mesmo período em que se iniciam as chuvas no sertão, a festa também serve para agradecer as preces por água para o crescimento das lavouras. Por isso, alimentos que advém do milho, do coco e de outras bases típicas dessa época são mais comuns.
Nas festas juninas, é comum encontrar Milho Cozido, Pamonha, Canjica, Cural, Bolo de Milho, Bolo de pinhão, Bolo de fubá, Bolo de Amendoim, Pipoca, Arroz Doce, Cocada, Pé-de-moleque, Quentão, entre outros.
As roupas também ficaram para posteridade e são particularmente reflexos da simplicidade e das condições de vida em que os nordestinos viviam. A falta de indústrias no Brasil para fabricar as roupas e a dificuldade de se encontrar manufaturas nesses aspecto obrigava aos cidadão a remendarem as roupas para aumentar a sua durabilidade. A camisa xadrez, o chapéu de palha e os dentes pretos também refletiam o estilo de vida da época, principalmente do campo.