Cana-de-açúcar no Brasil

O chamado “ciclo do ouro” no Brasil foi a primeira grande forma de renda da colônia durante os séculos XVI e XVII. Saiba neste artigo qual foi a principal fonte de renda da colônia neste período. Acompanhe!

 As terras que mais tarde se configurariam como brasileiras, atribuiu-se a elas a não serventia, exceto a extração do pau Brasil, árvore nativa da mata atlântica, muito comum nos litorais e utilizada para fazer tinturas de tecido. Para isso, nada mais além de feitorias, foram realizados extrações da mesma.

Apesar disso, Portugal logo dividiria o território brasileiro em capitanias hereditárias, dando a missão de se iniciar o povoamento a vários nobres na nova colônia portuguesa. A primeira vila brasileira surgiu no atual sudeste e foi chamada de Vila de São Vicente. Nela, além de construída a primeira igreja, foi também onde iniciou o cultivo da cana-de-açúcar trazida por Martin Afonso de Sousa em 1533.

A cana-de-açúcar

Podemos associar a escolha da cana de açúcar no século XVI devido a alta importância desse produto no mercado internacional. Naquele século, o açúcar era uma especiaria cara e de grande valor simbólico. Normalmente apenas membros da nobreza e burgueses mais endinheirados tinham acesso ao açúcar. Vale notar que o açúcar produzido não era refinado, mas sim o açúcar mascavo.

O açúcar se transformou em um costume de requinte europeu (foto: reprodução)
O açúcar se transformou em um costume de requinte europeu (Foto: Reprodução)

Fato é que esse produto caiu nas graças da sociedade europeia e ficou cada vez mais importante no mercado, principalmente devido ao efeito que dava nos alimentos. O açúcar permitiu que as comunidades europeias experimentassem novos sabores e criassem novos costumes alimentares. Bastante valorizada na maioria desses países e com preço elevado, era de grande sabedoria de Portugal implantar plantações de cana no Brasil.

Como dito, o primeiro canavial brasileiro se estendeu na Vila de São Vicente. Os portugueses iniciaram o cultivo da cana após perceber a tipologia massapê do solo de sua colônia, sendo portanto, ideal para a plantação dessa planta.

O Brasil açucareiro

Apesar de se iniciar no sudeste, foi na região nordeste que a economia açucareira se acentuou e gerou grandes lucros a Portugal. Ciente da importância que a colônia teria, o rei Dom João III ordenou que a capital fosse construída naquela região e que tivesse o nome de São Salvador da Bahia de todos os Santos, também conhecida como Salvador, hoje capital da Bahia.

Cana de açúcar (foto: reprodução)
Cana de açúcar (Foto: Reprodução)

A cidade havia sido planejada ainda em Portugal e foram enviadas aproximadamente 1000 pessoas para fixar moradia e trabalhar na nova capital. A região nordeste encheu-se de nobres e afortunados que vieram estender seus canaviais no Novo Mundo e tentar uma vida nova e longe da agitação de Portugal.

Basicamente, toda a economia e vida na colonia baseava-se no cultivo da cana. Muitos fazendeiros poderiam ter apenas plantações, outros tinha plantações e o engenho, peça chave para a produção do açúcar. Entorno dos engenhos, haviam capelas e igrejas, onde os jesuítas cumpriam sua missão social de educação religiosa.

Foi também, logo ao final do século VXI, que a mão de obra africana foi introduzida na colônia, principalmente para estimular o lucrativo tráfico negreiro. Os escravos ficavam alojados nas senzalas e realizam todo o processo de plantação, colheita e produção do açúcar no engenho. Além disso, a mão de obra escrava também servia para todo tipo de serviço doméstico e até mesmo nos negócios urbanos.

O “fim” da economia açucareira

Portugal tinha um grande monopólio na venda de açúcar na Europa, o que lhe garantia lucros exorbitantes. Muitas cidades do nordeste brasileiro se desenvolveram bastante, tornando-se os maiores centros urbanos da colônia na época. Vendo a prosperidade e a lucratividade relacionada ao açúcar, outros países começam a se articular para também fornecer o produto.

A Holanda planeja e executa uma invasão em Pernambuco em 1630, na época a maior exportadora açucareira da América Portuguesa. O governo holandês na província foi um tanto conturbado, principalmente pela falta de experiência em solos e climas tão diferentes da Europa. Quando finalmente são expulsos pelas tropas portuguesas, os holandeses levam mudas de açúcar e começam o cultivo nas Antilhas, local mais próximo a Europa.

O açúcar holandês acabou sendo mais barato por diversos motivos e por isso, tornou-se o principal concorrente de Portugal no mercado internacional. Esse período pode ser entendido como o declínio do açúcar, porém, o Brasil nunca parou de produzir e exportar o produto. Apenas outras formas lucrativas acabaram substituindo a importância desse cultivo que era até meados do século XVII o principal no país. Nessa ocasião, a descoberta do ouro em algumas regiões da colônia viria a protagonizar o cenário econômico brasileiro.

História da bandeira do Brasil

A história da bandeira do Brasil é desconhecida por milhões de brasileiros. Quer saber como tudo começou? É simples, confira aqui no Dicas Free!

História da bandeira do Brasil

Tudo começou por volta do ano de 1889, precisamente no dia 19 de novembro, curiosamente 4 dias após a Proclamação da República. A bandeira fora um resultado da tradicional Bandeira do Império Brasileiro. Em primeira instância, o que deveria ser colocado dentro do triângulo amarelo mudou.

A princípio seria utilizado o escudo imperial português que fora devidamente trocado por um circulo azul com estrelas e faixa na cor branca. Pouca gente sabe, mas existe algumas normas que definem específicas dimensões e proporções correspondentes a bandeira. Sempre na seguinte ordem:

  1. Formato retangular verde
  2. Losango amarelo
  3. Esfera azul celeste
  4. Faixa com “ordem e progresso”
  5. Estrelas representando os estados brasileiros

Ao todo são 27 estrelas que retratam o céu anil com estrelas pontiagudas do Brasil, precisamente era categorizado como o céu do estado do Rio de Janeiro. Recapitulando que as mais belas constelações brasileiras são vistas das praias do Rio. 26 delas são representativas aos estados e 1 simboliza o Distrito Federal.

A representação do país.
Bandeira do Brasil (Foto: Reprodução)

A Bandeira não pode ser exposta no período da noite, a não ser que esteja sendo devidamente bem iluminada. É hasteada no período da manhã e recolhida logo pela tarde. É de obrigação nacional que órgãos como:

  • Escolas
  • Ministérios
  • Secretarias de governo
  • Repartições públicas

A tenham como símbolo principal nos escritórios ou demais edifícios do governo. Também é muito solicitada em dias de festa ou luto nacional. Em eventos esportivos onde o Brasil está sendo representado é possível ver várias, não só na platéia como também dentro do local do evento.

O Dia da Bandeira é comemorado em 19 de novembro. Nesse dia são feitas inúmeras apresentações de comemoração cívica, sempre em acompanhamento com o Hino Nacional Brasileiro. Há também outros dois tipos de bandeiras:

  • A Bandeira Presidencial
  • A Bandeira Vice- Presidencial

Curiosidades

Dentre as curiosidades mais importantes nós veremos a representação de 4 cores diferentes, identificando as famílias reais. Contudo, tempos a frente novas identificações segundo as características do Brasil, sendo essas:

  • Representa as matas
  • representa as riquezas do Brasil
  • Azul – representa o céu
  • representa a paz que deve reinar no país

A atual versão da bandeira só obteve ativação no dia 11 de maio de 1992.

Povo Inca: Cultura, Economia, História e Política

O império Inca foi o maior império das Américas em sua época pré-colombiana. Saiba mais sobre a cultura e aspectos sociais desse povo aqui no Dicas Free!

Os Incas foram um povo sul-americano que constituiu o maior império da América pré-colombiana, iniciando-se na Cordilheira dos Andes e incorporando diversas nações em territórios próximos, hoje pertencentes aos países da Argentina, Chile, Peru, Equador e Colômbia. A capital do império inca foi fundada provavelmente no século XIII, na cidade de Cuzco, hoje no território do Peru.

O império inca utilizou de táticas militares e políticas para anexar centenas de nações indígenas a seus domínios, fator que qualifica o império como expansionista, apesar de ser incorreto pensar no império inca como um império europeu, por exemplo. As convicções tanto política, como religiosas e a própria visão de mundo eram imensamente diferentes para esses povos.

Aspectos sociais e culturais dos incas

Os incas eram politeístas e dedicavam algumas cidades à adoração de alguns deuses. A capital Cuzco era o maior centro de adoração ao deus Sol, hoje figurado na bandeira de várias nações sul americanas como a Argentina, por exemplo. A sociedade Inca era demasiadamente complexa, mas pode ser divida em uma pirâmide para melhor entendimento.

Ruínas da cidade sagrada de Machu Picchu (foto: reprodução)
Ruínas da cidade sagrada de Machu Picchu (Foto: Reprodução)

Chamados de Yanaconas, os escravos eram a base da piramide social Inca. Eles eram em grande parte, escravos caseiros, ou seja, ajudavam na manutenção do lar e protegiam seus senhores. O conceito de escravo para os Incas era bem diferente do conceito europeu e africano. O escravo não era mal tratado e muitas vezes era até mesmo considerado parte da família que o tinha.

Os nobres ficavam no meio da pirâmide, pois eram descendentes diretos dos Incas originais, ou seja, dos filhos do sol. Era uma linhagem de nobreza que se sustentava sobretudo pelo trabalho manufaturado e agricultor de outras nações anexadas ao império. No topo da pirâmide, ficavam os sacerdotes do Sol, que eram responsáveis pela realização dos cultos de adoração e pela educação dos mais jovens.

No que diz respeito ao matrimônio, os Incas poderiam escolher com quem se casariam. Após o casamento, era comum que ganhassem algum espaço para morar. A idade para isso variava dos dezesseis aos 20 anos, a primeira idade para a mulher e a segunda para os homens. As mulheres poderiam passar por uma seleção aos 10 anos de idade, onde algumas poderiam ser escolhidas para residir na capital e se casar com o imperador ou com outro nobre por indicação. Também poderiam ser indicadas para o culto ao Sol.

Produção agrícola e comércio

O restante da população (que não se encontram na piramide por terem sido anexadas ao império) era responsável pela produção agrícola e de manufatura. Basicamente, o império colhia os impostos em forma de produtos dessas comunidades. Desses impostos, uma intensa administração era realizada para destinar parte para o culto ao deus Sol.

As técnicas de plantio no império eram muito eficientes e possuíam sofisticados sistemas de irrigação. Normalmente, a produção era suficiente para todos e a prática comercial não era muito necessária, mas existia. Basicamente, o comércio era troca de alimentos e manufaturas, e trocas de serviços. O sistema de contagem inca era complexo, admitindo a dezena, a centena e a milhar, nos chamados “quipus”.

Demais aspectos

A religiosidade Inca possuía uma infinidade de festejos, rituais e até peregrinações às regiões sagradas do Vale Sagrado dos Incas, nas cidades de Machu Picchu e Pisac. Esses locais possuíam uma grande variedade de fauna e flora, boas reservas de água e se localizava a uma altitude de cerca de 2800 metros a nível do mar.

A arquitetura Inca é de incrível sofisticação. O império possuía centenas de templos com aspectos piramidais e complexos religiosos em grandes proporções. As construções eram em pedra sem necessidade de argamassa, o que para muitas pessoas constitui em um mistério. Fato é que o império possuía excelentes engenheiros e técnicas de construção que avantajadas que permitiram o sucesso de suas empreitas.

A educação dos homens filhos do sol era totalmente diferenciada das mulheres. Os jovens nobres tinham aulas de histórica e cultura de seu povo, manuseio de armas, construção de armas e intensos treinamentos que os preparavam para a fase adulta. Era comum que alguns jovens morressem em treinamento, devido a sua dificuldade.

 

Nome do descobridor das Cataratas do Iguaçu

Você sabe o nome de quem descobriu as Cataratas do Iguaçu? Não? Então fique por dentro dessa interessante descoberta e os principais tópicos do assunto. Confira, só aqui no Dicas Free!

As cataratas do Iguaçu fazem parte do orgulho nacional no que diz respeito a beleza natural e também às conquistas da engenharia moderna (construção da maior hidroelétrica em produção energética do mundo, Itaipu). Localizada no município de Foz de Iguaçu, no Estado do Paraná no Brasil, a cidade, segundo estimativas da revista Exame, é o terceiro município brasileiro mais visitado por turistas estrangeiros e o mais visitado na Região Sul do país.

Apesar de ser uma das cidades mais povoadas do Estado do Paraná atualmente, Foz do Iguaçu só começou a ser habitada por brasileiros a partir do final do século XIX, onde estabeleceu-se um plantio de erva mate e uma colônia militar que iniciou o processo de habitação. Em 1889, uma expedição militar atribuiu o número de 324 pessoas morando no local, a maioria no entanto, paraguaios e argentinos dedicados ao cultivo e extração do mate.

Primeiras ocupações

Mesmo que a Foz do Iguaçu só tenha iniciado a partir do fim do século XIX, os primeiros da região moraram ali cerca de 6000 anos a.C., segundo pesquisas do setor de arqueologia da Universidade Federal do Paraná no local. Desde essa época, várias outras etnias indígenas habitaram o local por algum período de tempo.

Cataratas do Iguaçu (foto: reprodução)
Cataratas do Iguaçu (Foto: Reprodução)

Já no início do século XX, a região sofreu um pulo habitacional imenso se comparado ao senso realizado pela expedição de 1889. O local agora conta com cerca de 2000 habitantes e logo se tornara distrito do município de Guarapuava. No entanto, em 1914, o povoado foi emancipado e nomeado de município de Vila Iguassu.

Para título de curiosidade, o nome do munício “Iguaçu” advém de um tropo linguístico indígena e da junção das duas palavras “Y” e “Guazú”, onde Y significa água e Guazú significa grande. A tradução para o nome seria algo como Grandes Águas.

Alvar Núñez Cabeza de Vaca

A descoberta das cataratas do iguaçu se deu não por um brasileiro, nem por um português, mas por um explorador espanhol chamado Alvar Núñez Cabeza de Vaca, natural de Jerez de La Frontera. A história desse sujeito é um tanto curiosa e cheia de aventuras e perigos, digna dos contos aventurescos dos exploradores da América.

Alvar Núñes foi soldado em sua adolescência e adentrou na empreita das navegações logo após o descobrimento da América. Sua primeira expedição desembarcou do atual território da Flórida em 1528 onde ficou por muitos anos vivendo entre os índios. Seus escritos serviriam, anos mais tarde, como fontes de estudo dos antigos costumes daqueles povos.

Em outra expedição, Alvar Núñes foi mandado à América do Sul, onde foi nomeado governador da província do Rio Prata em 1540. O objetivo era de estabelecer o assentamento de Buenos Aires em um local especificado. Sua campanha exploradora seguiu e documentou o curso do rio da prata, chegando ao atual Estado de Santa Catarina e adentrando ainda mais no interior do Brasil.

Alvar Núñes foi o primeiro homem branco a chegar nas Cataratas do Iguaçu, sendo portanto, os descobridor do local no ponto de vista da historiografia pré-colombiana. Na ocasião, o explorador nomeou o local de Salto de Santa Maria. Apesar da empreita, o explorador falhou em sua missão de restabelecimento de Buenos Aires e foi novamente mandado à Espanha, onde faleceu anos depois.

Código de Hamurabi resumo escolar completo

O Código de Hamurabi, mas famoso por conter a lei de Talião, foi o primeiro código de leis escrito que se tem registro na história. Mais informações sobre o assunto você acompanha no decorrer deste interessante artigo.

O Código de Hamurabi é considerado por muitos o princípio do direito por ser o código de leis escrito e documentado mais antigo que se tem registro. Foi idealizado, escrito e compilado durante o sexto reinado da babilônia, herdando o nome do rei de sua época, Hamurabi. Em uma análise parcial, o codex tinha como principal objetivo estabelecer o conceito de justiça em leis, mesmo que o tipo de justiça não se encaixe nas concepções modernas, era bastante possível que fizesse sentido em 1772 a.C., data de sua publicação.

Outra concepção dos objetivos do código de leis era de unificar as atividades do extenso império babilônico em um único conjunto de leis. Dessa forma, várias cópias do código foram enviadas entalhadas em pedra às províncias daquele império. Basicamente, o conjunto possuía uma série de informações sobre o procedimento de relações familiares, atividades agrícolas, comerciais e públicas, além de punições para cada tipo de contravenção.

A Babilônia e suas leis

É importante salientar que a Babilônia era um império bastante estratificado em seu contexto social. Basicamente, dividiam-se em três classes distintas. A primeira, e curiosamente mais numerosa, correspondia aos Awilu, cidadãos babilônicos proprietários de terras, comerciantes, artesãos e camponeses. Logo abaixo, estavam os Mushkenu, compostos por escravos que conseguiram a liberdade, estrangeiros e homens considerados desqualificados.

Parte do Código de Hamurabi (foto: reprodução)
Parte do Código de Hamurabi (Foto: Reprodução)

Em última estância ficavam os Wardu, escravos conquistados em campanhas militares ou nascidos em condição escravocrata. O código de Hamurabi levava em consideração as três classes sociais, mas é visível que atribui mais direitos e plenitude aos Awilu, por estarem em quase todas as leis e se beneficiarem de grande parte delas.

Grande parte do código dizia-se respeito a utilização correta das águas dos rios Tigre e Eufrates e as punições para utilização incorreta dessas. Geralmente, as punições nesses casos em o pagamento dos grãos perdidos a uma terceira pessoa envolvida. Exemplo: caso o seu dique de água fique aberto por muito tempo e inunde a plantação do vizinho, deverá pagar toda a produção perdida.

A Lei de Talião

Uma das leis do código de Hamurabi tornou-se imensamente famosa foi utilizada para representar esse conjunto de leis. De fato, a Lei de Talião cumpre com o princípio de pagamento da punição em equivalência com o mal praticado. A palavra Talião vem de um termo em latim Talionis, que significa “idêntico” ou “semelhante”.

Frequentemente ilustrada pela expressão “olho por olho e dente por dente”, a Lei de Talião não é exatamente em reciprocidade ao crime cometido, se considerado na visão atual. A pena de morte, por exemplo, era bastante comum entre as sentenças aplicadas pelo código. Um exemplo era o roubo de algum templo ou corte onde não só o ladrão, mas a pessoa que receber o material roubado também era condenado a morte.

Lei dos Sexagenários resumo escolar completo

A Lei dos Sexagenários foi uma das medidas do Império do Brasil para acabar com a escravidão no país. Para saber mais sobre o assunto, obtenha mais informações sobre esse saiba fato histórico neste artigo.

O processo de abolição da escravidão no Brasil se inicia desde sua independência. Na ocasião, os empréstimos e acordos econômicos feitos com a Inglaterra possuíam cláusulas que o recém criado Estado Imperial Brasileiro deveria seguir para que os contratos continuassem em validade. Uma das obrigações era da erradicação das atividades escravocratas no país.

Uma das teorias propostas para isso era o aumento o “coro consumidor” com a libertação dos escravos. Porém, é mais plausível que as intenções da Inglaterra fossem de estimular o capitalismo e o liberalismo no Brasil, como também de espalhar a moral inglesa no império de Dom Pedro. Apesar disso, as exigências não foram cumpridas de imediato como previam os ingleses.

Situação Brasileira

Apesar do Brasil sobreviver praticamente dos produtos agrícolas que produzia, o tráfico negreiro era uma das atividades econômicas mais importantes e lucrativas da época. Ao contrário do que se pensa, o preço dos escravos era alto e só grandes afortunados ou pessoas que economizassem muito dinheiro poderiam ter uma “peça de trabalho”, assim chamados.

A abolição da escravidão total no Brasil só aconteceu em 1888 (foto: reprodução)
A abolição da escravidão total no Brasil só aconteceu em 1888 (Foto: Reprodução)

O transporte de escravos agregava ainda mais valor, pois muitas dessas pessoas destinadas a escravidão no Brasil, morriam nos navios durante o trajeto por inúmeros motivos. A atividade era considerada ainda mais lucrativa devido ao preço excessivamente barato pago aos escravos nas nações que os vendiam: geralmente comprados por meio de troca de tabaco e outros grãos.

Abolir o tráfico negreiro era uma missão difícil. Não só por sua importância econômica em si, mas também pelo caos que geraria em um país extremamente escravocrata. A mão de obra que produzia todos os produtos de exportação (como a cana de açúcar, o tabaco e o café, por exemplo) era escrava e simplesmente deixar de tê-la acarretaria em imensos prejuízos aos fazendeiros e a economia brasileira no geral.

Por esse motivo, o Império do Brasil passou a criar leis que teoricamente reduziam o tráfico. Mas essas leis não eram cumpridas e foram apelidadas de “lei para inglês ver”.

O processo abolicionista 

Apesar da dependência da mão de obra escrava para compor o cenário econômico do império, a própria população (a partir do segundo reinado) já não era favorável ao regime de escravidão. Até mesmo fazendeiros eram contrários a ideia e vendedores de escravos diziam-se apenas cumprir com suas obrigações econômicas.

A pressão popular e das campanhas abolicionistas surtiam efeito, mas ganhavam força com os ultimatos da Inglaterra. Devido a não obediência do Brasil para com o caso escravocrata, a Inglaterra aprovou uma lei que autorizava sua marinha a afundar e destruir qualquer embarcação brasileira que aparentasse ser de tráfico negreiro.

Com essa medida, o congresso do Império aprovou a lei Eusébio de Queirós, que proibia de vez o trafico negreiro no país, um importante passo para o processo de abolição “paulatino e sem traumas”, segundo o imperador Dom Pedro II.

A Lei dos Sexagenários

A Lei dos Sexagenários, também conhecida pelo nome de Lei Saraiva-Cotegipe, foi promulgada em 28 de setembro de 1885 e também foi mais um passo para abolição total que viria 3 anos mais tarde, em 1888. Essa lei dava o direito de liberdade aos escravos de 60 anos de idade, desde que esses trabalhassem mais 3 anos gratuitamente para seus senhores.

Na prática, essa lei só mudaria um pouco os cenários urbanos, pois eram os escravos das cidades que poderiam chegar até essa idade. Escravos que trabalhavam em lavouras e plantações geralmente pereciam antes de alcançarem dos 60 anos de idade.

Santo do Dia

Saiba neste artigo qual o santo de hoje. Fique por dentro também sobre sua história e o motivo da canonização. Acompanhe esta interessante matéria.

Há quem diga que existe um santo para cada dia do ano. Fato é que, apesar dessa expressão parecer exorbitante e improvável, ela está incorreta. Curiosamente, existem mais santos do que dias no ano. Na última contagem, a igreja católica havia canonizado cerca de 20 mil santos desde seus primórdios de existência.

A imensa quantidade de santos existe devido a extensão territorial pela qual a religião católica se espalhou e também pela idade dessa religião. O catolicismo possui mais de 1000 anos de existência e fez ( ainda faz) parte da história de dezenas de países espalhados pelo mundo. Isso faz com que, cada região, existam alguns santos específicos que fizeram partes de histórias, grandes feitos ou protagonizaram milagres que mais tarde serviriam para serem canonizados pela igreja.

Santo do Dia – Santa Rosália, 4 de setembro

Apesar da imensa quantidade de santos, é comum que muitas pessoas sempre perguntem “qual o santo do dia”. De fato, o Brasil utiliza uma lista (sujeita a variação) de santos para cada dia do ano. Hoje, dia 4 de setembro é celebrado o dia de Santa Rosália, uma mulher italiana que nasceu e viveu na ilha da Sicília no ano de 1125 d.C.

Ilustração de Santa Rosália (foto: reprodução)
Ilustração de Santa Rosália (Foto: Reprodução)

Rosália era de linhagem nobre da Itália, sendo sobrinha do rei Rogério II, habitava os palácios da corte, recebeu boa educação e tinha como principais virtudes a agradável companhia e o pudor pela religião católica. Após ser convidada para ser uma das damas na corte de Margarida, rainha esposa do rei Guilherme I da Sicília,  Rosália compreende que sua vida não estava destinada ao luxo da nobreza.

Com muita coragem e um crucifixo em mãos, Rosália decide deixar a corte e se refugiar em uma caverna na região de Palermo, fazendo desse local uma espécie de moradia monástica para devotar sua vida de penitência e oração somente a Deus. Havia próximo a esse local uma igreja, onde frequentemente aparecia para obter orientações espirituais dos beneditinos.

Depois de morar nessa caverna, Rosália decidiu morar em uma gruta que também ficava próxima a uma igreja e também de um Convento no Monte Pelegrino. Nessa ocasião, os monges da igreja puderam documentar a dedicação de Rosália em seu exílio espiritual. A região da Sicília passava por uma peste que foi sessada logo no fim da vida de Rosália, que morreu no dia 4 de 1160 d.C. Desde então, as pessoas atribuíram o fim da peste a sua vida de exílio e de devoção divina.

Apesar de existirem cultos em homenagem a Rosália nos anos seguintes, nada se sabia sobre sua real existência. Até que em 1624, uma mulher doente disse ter sido visitada por Rosália que, nessa ocasião, a informou sobre onde estariam os ossos da ermitã. A mulher imediatamente informou aos padres sobre o ocorrido, os quais mais tarde encontraram a ossada exatamente no local indicado no monte Palermo.

No interior da gruta do monte, também fora encontrada uma tábua com inscrições que Rosália teria feito informando que ali havia morado por escolha própria. A aparição a uma mulher, juntamente ao achamento de sua ossada e as inscrições encontradas na gruta foram suficientes para que a igreja canonizasse oficialmente Santa Rosália na data de 4 de setembro em 1630.

Inconfidencia mineira resumo escolar completo

A Inconfidência Mineira foi um dos movimentos conspiratórios mais importantes da História do Brasil. Compreenda mais sobre o fato histórico neste artigo.

A descoberta da existência do ouro no Brasil botou em cheque os destinos da colônia no final do século XVII. A importância das províncias brasileiras exportadoras de ouro estava nas alturas e Portugal mais que nunca tinha a intensão de explorar os recursos naturais dos locais e obter lucros para cumprir com seus pactos econômicos.

Com o vigor das minas brasileiras, era fácil pagar o quinto sobre o ouro (20% sobre todo ouro encontrado) e cumprir a demanda anual de impostos a Portugal. Várias cidades auríferas prosperaram economicamente, tiveram acesso a teatros, prédios públicos, ruas pavimentadas e demais processos urbanizadores, e tornaram-se grandes centros urbanos de importância na colônia.

O herói da República

A história da Inconfidência Mineira foi utilizada pela República brasileira recém criada em 1889 para legitimar a mudança do sistema governamental. Um dos heróis da República foi Tiradentes, eleito pelos intelectuais do período por ter defendido ideais de liberdade contra a coroa mesmo que mais de um século antes dos republicanos.

Praça Tiradentes - local onde provavelmente a cabeça de Tiradentes foi exposta em Vila Rica, atual Ouro Preto. (foto: Samir Negreiros)
Praça Tiradentes – local onde provavelmente a cabeça de Tiradentes foi exposta em Vila Rica, atual Ouro Preto. (foto: Samir Negreiros)

Fato é que Tiradentes ou Joaquim José de Silva Xavier, não lutava pela liberdade total do país, muito menos pela instauração da República Nacional. Ele estava envolto de interesses de crescimento regionais que estavam sendo prejudicados pela ação da coroa portuguesa em Minas Gerais, portanto, sua luta e a luta dos inconfidentes era somente em favor daquela província.

A república acabou por transforma-lo em mártir e herói nacional, até mesmo mudando a sua forma física (colocando-lhe longos cabelos e barba para assemelhar-se ao Jesus cristão e passar a sensação de salvador do país). Vale ressaltar que, apesar de utilizado dessa forma pela república, a luta de Tiradentes teve grande valor para o todo país e serviu de inspiração para inúmeras revoltas e lutas desde a colônia até os dias de hoje.

Os fatores da Inconfidência

Como já dito, as regiões auríferas da província de Minas Gerais gozavam de grande prosperidade econômica. Como o Brasil era colônia de Portugal, impostos eram atribuídos a extração do ouro para que o Estado português tivesse caixa com essa atividade e cumprisse com suas obrigações econômicas internacionais.

O imposto tinha o nome de “quinto”, pois era a quinta parte de todo o ouro minerado, ou seja, 20%. Era cobrado nas casas de fundição, onde todo o ouro era derretido e transformado em barras. 20% das barras seriam de Portugal e os outros 20% receberiam um selo real que provava não só o pagamento do quinto sobre aquele ouro, mas também atestava sua legalidade. Dessa forma, era ilegal portar ouro sem que esse tivesse o selo real.

Além dos 20%, havia uma meta a ser batida anualmente para cada região aurífera. Os impostos cobrados deveriam chegar ao piso de 1500 quilos de ouro para Portugal. O principal motivo da inconfidência foi que, em 1785, com a já eminente queda de produção aurífera dessas regiões, ficaria impossível garantir esse piso pré estabelecido.

Centro de Vila Rica, atual Ouro Preto, MG. Foi a cidade onde Tiradentes exerceu mais influência. (foto: Samir Negreiros)
Centro de Vila Rica, atual Ouro Preto, MG. Foi a cidade onde Tiradentes exerceu mais influência. (foto: Samir Negreiros)

Para garantir seus ganhos, Portugal estabelece a Derrama. Essa prática consistia na invasão das casas e demais propriedades dos colonos para o confisco de suas posses, afim de garantir o piso de 1500 quilos anuais. Dessa forma, grande parte da elite intelectual mineira se posicionou contrariamente aos atos da coroa e iniciou um movimento conspiratório.

Os inconfidentes desejam a total liberdade da província de Minas Gerais para com Portugal, ou seja, sua independência, e implantar a República no país que surgiria após essa empreita. Também tinham planos de estabelecer a capital em São João Del Rey e armar a população para essa compusesse a milícia militar quando necessário. Até mesmo o projeto da bandeira estaria pronto.

O ocorrido

Além dos planos políticos, os inconfidentes necessitavam do apoio da população para seus feitos. O plano era sair as ruas declarando a República e incorporando cidadãos a causa durante a Derrama, dia em que a grande maioria estaria revoltada com a coroa portuguesa. Tudo funcionaria perfeitamente.

Porém, um dos inconfidentes delatou o movimento e a conspiração para as autoridades coloniais em troca do perdão de suas dívidas com a coroa. Dessa forma, os inconfidentes foram surpreendidos e presos, levados ao Rio de Janeiro e julgados. A grande maioria, por se tratar de elite e detentora de posses, foi exilada ou presa.

Tiradentes, na época alferes (titulação militar ao posto de tenente) e detentor do ofício de dentista, declarou-se líder do movimento e foi condenado a morte por enforcamento em praça pública no dia 21 de 1792 na praça da Lampodosa, Rio de Janeiro. Sua morte foi um espetáculo, com direito a leitura de sua sentença por dezoito horas, banda real e a tropa portuguesa presente. O objetivo era de mostrar a força de Portugal na colonia e intimidar a população. Alguns historiadores dizem que o efeito foi contrário: a cerimônia exacerbada para a execução de Tiradentes acabou com munir ódio no povo e contribui para a memória não só do revoltoso, mas de todo movimento revolucionário.

Depois de enforcado e esquartejado, as partes de seu corpo foram distribuídas entre as cidades mineiras onde seu discurso fora inflamado e expostas em praça pública. A cabeça de Tiradentes foi exposta em Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto.

Historia de Brasília Distrito Federal

Brasília, além de patrimônio cultural da humanidade, possui uma longa de história de fundação como Capital Federal. Saiba neste artigo um pouco mais sobre Brasília.

A cidade de Brasília, capital do Brasil, hoje constitui-se como Distrito Federal e atribui-se importância administrativa ao Estado brasileiro. Não apenas uma mudança geográfica da capital, a transferência da capital para o interior do país foi marco de descoberta e ocupação do Brasil pelos próprios brasileiros, levando o desenvolvimento das regiões costeiras para o grande cerrado.

Símbolo de modernidade e grandiosidade de nosso país, a cidade tem como seus primórdios, uma idealização que vinha desde a colônia brasileira, quando a capital do país situava-se em Salvador, na Bahia. A história de Brasília perpassa no tempo apenas como uma ideia ousada, mas encontra, no século XX, a época mais propícia para sua fundação.

Em um passado distante

As primeiras ideias de mudança da capital do Brasil que se tem notícia podem ter surgido por volta de 1750. Nessa época, o território brasileiro era

Marques de Pombal (fonte: wikipedia)
Marques de Pombal (fonte: wikipedia) (Foto:Reprodução)

parte do Reino de Portugal, assim como todas as pessoas que moravam na colônia eram – apesar de brasileiros – portugueses, fiéis a coroa de Portugal. Enquanto muitos brasileiros se aventuravam no interior da colônia em busca de ouro, o cartógrafo Francisco Tosi Colombina que mapeava parte daprovíncia de Goiás propunha a ideia de mudança da capital.

Mas talvez tenha sido o famoso Marques de Pombal que tenha dado o primeiro ar de ousadia na idealização da futura capital. Não apenas a capital da colônia, Pombal propunha a mudança da capital de todo o reino para o sertão da colônia em 1761. Apesar disso, dois anos mais tarde a capital da colônia até então situada na cidade de Salvador mudaria para o Rio de Janeiro, no sudeste.

Em 1789, o marco histórico conhecido como Inconfidência Mineira lutava pela independência da colônia e associavam uma mudança de capital do Rio de Janeiro para São João Del Rey, em Minas Gerais. Porém, como é de conhecimento de todos, o movimento fracassa e é sufocado pelas tropas portuguesas.

Novos ares da Unidão dos Reinos

Em um jogo político entre Inglaterra e França, o rei Dom João VI de Portugal deu sua cartada final, revelando seu apoio a Inglaterra perante o Bloqueio Continental proposto por Napoleão Bonaparte para sufocar a rainha dos mares. Para evitar a retaliação francesa e perda de seu império, Dom João VI – juntamente a família real e nobreza – decide migrar para a capital mais bem estruturada de suas colônias, a cidade do Rio de Janeiro em 1808.

Feito isso, a colônia do Brasil deixa de ser colônia sem ao menos precisar de uma independência. O rei unifica o império que no ano de 1815 assume o nome de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve. Durante todo esse percurso histórico, um jornalista em Londres chamado Hipólito José da Costa funda o jornal Correio Braziliense, que de forma clandestina chegava ao Brasil.

Primeira edição do Correio Braziliense (Acervo digital do Correio Braziliense disponível em objdigital.bn.br/)
Primeira edição do Correio Braziliense (Acervo digital do Correio Braziliense disponível em objdigital.bn.br/)  ( Foto:Reprodução)

Estampada em suas páginas, pela primeira vez de forma pública e alarmante, o jornalista proclamava a mudança da capital do império do Brasil para o interior, desbancando até mesmo a cidade do Rio de Janeiro como merecedora de tal título. O jornal fechou pouco antes da unificação dos impérios, em 1813.

Antes mesmo da independência do Brasil, o ministro do império, José Bonifácio já se tornava conhecido por defender uma interiorização da capital. Depois da independência, em 1823, Bonifácio apresentou a ideia durante a Assembléia Constituinte e Legislativa daquele ano. Chegou até mesmo a sugerir dois nomes: Petrópole ou Brasília. O nome Brasília havia sido proposto por uma publicação anônima no Rio de Janeiro.

 O império do Brasil estava se acostumando e se organizando fora dos domínio de Portugal. O historiador e diplomata Francisco Adolfo de Varnhagem, encaminha por correspondência ao Instituto Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB) a necessidade de se interiorizar a capital do Império. Pela primeira vez, a mudança da capital tornou-se um dos objetivos políticos do país, tendo o seu primeiro projeto bem estruturado e fundamentado apresentado pelo senador Antônio Franscisco de Paula de Holanda Cavalcante de Albuquerque.

Os horizontes da República

Com o desgaste do reinado de Dom Pedro II, o império do Brasil sofreu um golpe militar que instaurou a República e expulsou a família real das terras

Mapa do Brasil feito pela Missão Cruls. (foto retirada de http://www.cultura.df.gov.br/)
Mapa do Brasil feito pela Missão Cruls. (foto retirada de http://www.cultura.df.gov)

brasileiras em 1889. A então República dos Estados Unidos do Brasil redige sua constituição em 1891. Nela, é expresso de forma clara que o Rio de Janeiro seria o Distrito Federal de forma provisória, que no planalto central uma área de 14.400 km² ainda a ser demarcada ficaria pertencente a União para estabelecer-se a futura capital federal.

Um ano depois, o presidente da república Marechal Floriano de Peixoto funda a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, que atuaria sob a chefia do astrônomo Luiz Cruls para estudar o planalto central e demarcar o local da futura Capital Federal. Até 1894, a Missão Cruls enviaria o relatório geral oficial dos estudos e demarcações a União que propiciou a impressão do primeiro mapa do Brasil já com a futura capital demarcada. Ela ficaria conhecida como o Quadrilátero Cruls.

Equipe da Missão Cruls (Acervo Público disponível em http://www.senado.gov.br/)
Equipe da Missão Cruls (Acervo Público disponível em http://www.senado.gov.br/) ( Foto:Reprodução)

Em 1922, uma pedra fundamental é erguida aos arredores de Planaltina para comemorar o primeiro centenário da independência do Brasil. Um pouco mais tarde, em 1937, Getúlio Vargas deflagra o golpe que institui o Estado Novo. A nova constituição não menciona a mudança da capital. O projeto da Marcha para o Oeste também não via a mudança da capital como objetivo. Após a redemocratização do país em 1846, uma nova missão, chefiada pelo General Djalma Polli Coelho, é enviada para averiguar os trabalhos da Missão Cruls e retorna com o aval de que o quadrilátero é o melhor lugar para construção da futura capital.

Pedra Fundamental em Planaltina (disponível em http://doc.brazilia.jor.br/)
Pedra Fundamental em Planaltina (disponível em http://doc.brazilia.jor.br/) (Foto:Reprodução)

Uma promessa ousada

No dia 4 de abril de 1955, o candidato a presidência Juscelino Kubitschek de Oliveira foi inquirido pelo jovem Antônio Soares Neto em seu primeiro comício político, na cidade de Jataí em Goiás, a respeito da mudança da capital. O candidato responde que se eleito, faria cumprir a constituição e construiria a nova capital do Brasil.

Em 1956, Juscelino é empossado presidente da República e cumpriria um mandato de 5 anos. Junto a seus companheiros políticos, elabora projetos para cumprimento de suas metas, dentre elas, a construção da nova capital. Envia ao congresso um projeto de lei – chamada de Mensagem de Anápolis – para a construção da cidade que mais tarde faria se oficial na Lei nº. 2874, de 19 de setembro de 1956, que delimitava oficialmente o espaço da futura capital, assim como o Sítio Castanho e a criação da NOVACAP, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital, definindo o nome de Brasília para o Distrito Federal.

NOVACAP (Acervo Público disponível em fotospublicas.com)
NOVACAP (Acervo Público disponível em fotospublicas.com) (Foto:Reprodução)

Após algumas visitas do presidente ao local onde seria construída a cidade de Brasília e a criação de diversas comissões para inciar a obra, é fixada a data de 21 de abril de 1960 para a mudança definitiva da capital para o planalto central. Dessa forma cerca de 60 mil trabalhadores foram empregados para a construção da capital. Após 41 meses de construção, exatamente no dia previsto a capital é transferida. A cerimônia contou com uma missa de inauguração e uma mensagem do Papa João XXIII por radiofone, recebida com grande emoção pelos presentes.

Construção do Palácio da Alvorada (Acervo Público disponível em fotospublicas.com)
Construção do Palácio da Alvorada (Acervo Público disponível em fotospublicas.com)  (Foto:Reprodução)

Apesar de oficialmente Capital Federal do Brasil, a cidade de Brasília ainda não estava totalmente pronta. Nos anos seguintes, foram construídas a Universidade de Brasília, a Orquestra Sinfônica, a Catedral. A partir da década de 80, Brasília é visita pelo Papa João Paulo II. O Memorial JK é construído em homenagem ao ex-presidente da república, o Panteão da Pátria Tancredo Neves em homenagem aos heróis nacionais e a Pira da Pátria, para completar o complexo.

Vista noturna de Brasília (fotógrafo: Mariano Frazão)
Vista noturna de Brasília (fotógrafo: Mariano Frazão) (Foto:Reprodução)

No dia 07 de dezembro de 1987, após 27 anos da construção da capital, Brasília é reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. Esse título atribui Brasília como centro cultural universal, de valor essencial à humanidade.