Os Incas foram um povo sul-americano que constituiu o maior império da América pré-colombiana, iniciando-se na Cordilheira dos Andes e incorporando diversas nações em territórios próximos, hoje pertencentes aos países da Argentina, Chile, Peru, Equador e Colômbia. A capital do império inca foi fundada provavelmente no século XIII, na cidade de Cuzco, hoje no território do Peru.
O império inca utilizou de táticas militares e políticas para anexar centenas de nações indígenas a seus domínios, fator que qualifica o império como expansionista, apesar de ser incorreto pensar no império inca como um império europeu, por exemplo. As convicções tanto política, como religiosas e a própria visão de mundo eram imensamente diferentes para esses povos.
Aspectos sociais e culturais dos incas
Os incas eram politeístas e dedicavam algumas cidades à adoração de alguns deuses. A capital Cuzco era o maior centro de adoração ao deus Sol, hoje figurado na bandeira de várias nações sul americanas como a Argentina, por exemplo. A sociedade Inca era demasiadamente complexa, mas pode ser divida em uma pirâmide para melhor entendimento.
Chamados de Yanaconas, os escravos eram a base da piramide social Inca. Eles eram em grande parte, escravos caseiros, ou seja, ajudavam na manutenção do lar e protegiam seus senhores. O conceito de escravo para os Incas era bem diferente do conceito europeu e africano. O escravo não era mal tratado e muitas vezes era até mesmo considerado parte da família que o tinha.
Os nobres ficavam no meio da pirâmide, pois eram descendentes diretos dos Incas originais, ou seja, dos filhos do sol. Era uma linhagem de nobreza que se sustentava sobretudo pelo trabalho manufaturado e agricultor de outras nações anexadas ao império. No topo da pirâmide, ficavam os sacerdotes do Sol, que eram responsáveis pela realização dos cultos de adoração e pela educação dos mais jovens.
No que diz respeito ao matrimônio, os Incas poderiam escolher com quem se casariam. Após o casamento, era comum que ganhassem algum espaço para morar. A idade para isso variava dos dezesseis aos 20 anos, a primeira idade para a mulher e a segunda para os homens. As mulheres poderiam passar por uma seleção aos 10 anos de idade, onde algumas poderiam ser escolhidas para residir na capital e se casar com o imperador ou com outro nobre por indicação. Também poderiam ser indicadas para o culto ao Sol.
Produção agrícola e comércio
O restante da população (que não se encontram na piramide por terem sido anexadas ao império) era responsável pela produção agrícola e de manufatura. Basicamente, o império colhia os impostos em forma de produtos dessas comunidades. Desses impostos, uma intensa administração era realizada para destinar parte para o culto ao deus Sol.
As técnicas de plantio no império eram muito eficientes e possuíam sofisticados sistemas de irrigação. Normalmente, a produção era suficiente para todos e a prática comercial não era muito necessária, mas existia. Basicamente, o comércio era troca de alimentos e manufaturas, e trocas de serviços. O sistema de contagem inca era complexo, admitindo a dezena, a centena e a milhar, nos chamados “quipus”.
Demais aspectos
A religiosidade Inca possuía uma infinidade de festejos, rituais e até peregrinações às regiões sagradas do Vale Sagrado dos Incas, nas cidades de Machu Picchu e Pisac. Esses locais possuíam uma grande variedade de fauna e flora, boas reservas de água e se localizava a uma altitude de cerca de 2800 metros a nível do mar.
A arquitetura Inca é de incrível sofisticação. O império possuía centenas de templos com aspectos piramidais e complexos religiosos em grandes proporções. As construções eram em pedra sem necessidade de argamassa, o que para muitas pessoas constitui em um mistério. Fato é que o império possuía excelentes engenheiros e técnicas de construção que avantajadas que permitiram o sucesso de suas empreitas.
A educação dos homens filhos do sol era totalmente diferenciada das mulheres. Os jovens nobres tinham aulas de histórica e cultura de seu povo, manuseio de armas, construção de armas e intensos treinamentos que os preparavam para a fase adulta. Era comum que alguns jovens morressem em treinamento, devido a sua dificuldade.