Idade média feudalismo resumo completo

A Idade Média foi um período de grande relevância e que contribuiu grandemente para a formação dos esquemas modernos ocidentais. Entenda mais sobre essa período histórico.

Não existem uma data específica que declara o início da Idade Média. Não há ainda um consenso amplamente aceito por todos os historiadores, tendo em vista várias motivações históricas que influenciam nessa divisão. No entanto, a mais aceita se baseia no período de queda do império romano ocidental.

A fragmentação do império romano se deu por sucessivos motivos administrativos, desencontros políticos e internos, revoltas de escravos e revoltas provinciais, conturbação social e o adentramento – episódio histórico denominado por Invasões Germânicas – dos povos germânicos.

Já nesse período, podemos localizar a alta idade média, uma das divisões desse período histórico. As províncias romanas africanas e ao sul da Europa foram tomadas pelo avanço do império turco otomano. No restante da Europa, estabeleceu-se um novo império que duraria do século VII ao século IX.

A Alta idade Média

O estabelecimento do Império Franco durante os séculos VI e VII uniu grande parte da Europa sob o poder de um poderoso monarca. Nesse império, as influências romanas continuariam permanentes graças a aceitação do catolicismo como religião oficial. Dessa forma, a igreja católica ocidental continuou com sua potência, mesmo que em um cenário diferente do anterior.

Carlos Magno - monarca do império franco
Carlos Magno – monarca do império franco

Ao mesmo tempo, Constantinopla representava o Império Romano Oriental, e se transformou em uma grande potência mercante e também militar. A grande variedade de religiões nessa cidade permitiu que, aos poucos, o próprio catolicismo fosse se consolidando de formas diferentes, de acordo com as necessidades culturais dominantes na região.

O auge no império franco foi pode ser constatado durante a dinastia carolíngia. Logo em seguida, a divisão do império proporcionada pelo número de herdeiros causaria uma desestabilização econômica e política que se enfraqueceria ainda mais com as invasões dos vikings, sarracenos, magiares e outros povos.

Na fragmentação do imenso império franco, podemos admitir o início da baixa idade média, período em que a dinâmica de produção e de vida das populações mudaria e tornar-se-ia icônico no imaginário popular, principalmente devido as obras literárias, peças teatrais e mais tarde, na indústria cinematográfica.

Baixa Idade Média

A baixa idade média inicia-se com o desmoronamento do império franco e internacionalização do homem no campo. As populações urbanas abandonam grande parte das cidades e buscam abrigam em ligares mais afastados. A divisão das terras entre nobres facilitou que homens mais afortunados pudessem construir grandes castelos e fortalezas.

Castelo Medieval
Castelo Medieval

Essa é a chamada também era dos castelos na Europa. Entorno desses castelos, estabeleciam-se os feudos. Esse sistema de produção ficou conhecido feudalismo e baseava-se essencialmente na relação de proteção e sustento. Os camponeses teriam um espaço de terra para morar e plantar grãos.

Essas plantações serviriam em parte para subsistência dos camponeses e em parte para o sustento da nobreza que morava nos castelos, sendo dever do nobre dar proteção militar ao camponês. Esses feudos cresceram consideravelmente e as relações entre os nobres da Europa formavam uma teia de suserania e vassalagem.

Durante esse período, os europeus iniciaram as famosas Cruzadas e Guerras Santas, onde buscavam dominar a Terra Santa para o ocidentalismo cristão. Muitas batalhas chamadas de “reconquista” também iniciaram-se contra os turcos otomanos, afim de reconquistar territórios perdidos para esses povos.

O fim da Idade Média se dá em um período turbulento e de grandes desastres. Além das duras batalhas entre povos, pragas como a peste negra assolaram e foram responsáveis pela morte de mais de um terço da população europeia. Baixas nas plantações contribuiriam com fome, as doenças e insatisfação popular.

O fim da Idade Média costuma ser pontuado na Revolução francesa, em 1789, onde os ideais renascentistas e iluministas construiriam um Ocidente pautado na racionalidade e no progresso científico liberal.

Guerra do Contestado resumo completo

A Guerra do Contestado foi um dos muitos exemplos brasileiros onde a indignação popular, a influência religiosa e as diferentes correntes políticas podem culminar em conflitos armados. Entenda mais clicando no post.

A questão agrária no Brasil desde sempre foi um grande problema. No início da colonização do Brasil, o império português decidiu pelo sistema de Capitanias Hereditárias, visando dividir as imensas porções de terras a vários donos para que o território fosse colonizado em grandes extensões e também devidamente explorado.

Logo, esse sistema viria a falhar. Apenas 3 capitanias hereditárias progrediram satisfatoriamente e o sistema de colonização teve de ser revisto pelos portugueses. Desde essa época, a questão da terra seria um grande problema para população colonial, pois os pouquíssimos donos detinham imensas extensões territoriais, enquanto a grande maioria da população não tinha nada.

Com a proclamação da República brasileira, o país foi dividido em Estados Federais, nos quais a terra além de pertencer a um dono, estava subordinada também ao Estado. Nesse aspecto, era comum que diferentes estados brigassem por pedaços de terras que ambos considerassem ter como pertencimento histórico.

Guerra do Contestado

Os Estados Federais de Santa Catarina e Rio Grande do Sul disputavam um pedaço de terra alegando o pertencimento nos dois lados. Essa batalha política pela terra dificultava a vida dos camponeses que trabalhavam na região e que tinham lotes de terra para produção, em grande parte, de subsistência.

Milícias rebeldes
Milícias rebeldes

O conflito da Guerra do Contestado ocorreu entre 1912 até 1916 e envolveu entidades políticas, religiosas, populares e militares. Apesar do descontentamento e das disputas políticas em relação a terra serem longínquas, outro motivo agravador viria a aumentar as tensões sociais na área.

O Governo da República do Brasil estava investindo em ferrovias para facilitar o escoamento dos produtos até os portos e pelo território. Nessas circunstâncias, uma empresa norte americana viria construir uma estrada de ferro que ligaria o Rio Grande do Sul a São Paulo.

Para a construção da Estrada, o Governo desapropriou grandes extensões territoriais camponesas, deixando muitas famílias sem suas terras e consequentemente, sem empregos. Articulações políticas permitiram que outras terras fossem desapropriadas para a instalação de outras empresas, fator que gerou grande descontentamento local pelos camponeses.

Além disso, após o término da linha férrea, os trabalhadores – muitos vindos das mais longínquas partes do país – ficariam sem seus empregos e não receberiam nenhum apoio governamental ou da empresa construtora para voltarem para suas terras ou estabelecer moradia no local. A insatisfação popular tanto dos trabalhadores, como dos camponeses, gerou um enorme alvoroço, onde entidades religiosas contribuíram ideologicamente nos movimentos contra a república.

O Conflito

O beato José Maria foi certamente a figura mais importante no início do movimento. Pregava a construção de um mundo melhor, mais justo e complacente, baseado nas leis e benignidades de Deus. Seus sermões e sua ideologia acabaram por se alastrar pelo povo já indignado e sem muitas escolhas na região. O beato passou a ser líder do movimento que ia de encontro as decisões da república.

Logo, o líder religioso é declarado inimigo da República brasileira e tropas militares e policiais são enviadas para conter a agitação revoltosa. Apesar de não disporem de muitos armamentos para combater as tropas republicanas, os camponeses e antigos trabalhadores conseguiram vencer algumas batalhas logo em 1912. Em uma ocasião, o líder José Maria falece, porém a resistência continua e outros líderes assumem para dar continuidade.

O último líder seria Adeodato Ramos, o qual foi capturado em 1916 pelas forças da república. Essa última captura teria enfraquecido o movimento ao ponte do mesmo se fragmentar, dando a vitória dessa batalha para a República.

Golpe da maioridade 1840 resumo

O Golpe da Maior idade foi um importante episódio histórico do império brasileiro no século XIX. Entenda como isso aconteceu clicando no post.

O império brasileiro teria seu início – independente do império português – um tanto conturbado e nada pacífico. Dom Pedro I, considerado Defensor Perpétuo do Brasil, agora não mais representava as nuances políticas das correntes políticas mais fortes no Brasil. Dessa forma, o monarca é expulso do país, deixando seu filho, herdeiro do trono brasileiro. Mais tarde, Pedro I tornaria-se Pedro IV no trono português.

Assembléia Geral que coroou Pedro II
Assembléia Geral que coroou Pedro II

Com um país que ainda consolidava novas políticas em sua soberania e sem a figura de um rei, os representantes políticos mais fortes teriam de assumir uma espécie de governo provisório. Esse governo ficou conhecido como regência e era contemplado por liberais, conservadores e militares.

O clima regencial

A regência no império do Brasil não era vista com bons olhos pelo povo. Isso porque a figura de um rei era de fundamental importância para consolidação de uma unidade de poder representativa e coesa para o imaginário do século XIX em nosso país. A primeira regência ficou conhecida por dar concessões aos movimentos revoltosos que ocorriam no Brasil e teve como principal representando o Padre Feijó.

Com o desgaste da própria regência e o grande número de revoltas, uma nova regência assume com o caráter de repressão aos movimentos sociais contra o império, tendo como principal representante, Araújo Lima. Apesar disso, novas rebeliões aconteceram e a regência entrava cada vez mais em descrédito para com o povo, principalmente após 1835.

Golpe da maioridade

O clima tenso no Brasil devido as revoltas populares e o mudança de uma política mais descentralizadora – feita pela regência das concessões – para uma política mais centralizadora – feita pela regência repressora – deixou o cenário político cada vez mais instável. As correntes políticas liberais queriam que o jovem Pedro de Alcântara assumisse o trono antes de completar a maioridade.

Para isso, foi criado o Clube da Maioridade. Essa reunião de liberais e também alguns conservadores foi a responsável por arquitetar o plano do golpe que faria Pedro de Alcântara se tornar Dom Pedro II. Convencendo várias cadeiras no senado e impedindo que os conservadores se posicionassem contra – pois poderiam ser considerados traidores da soberania monárquica do herdeiro -, foi redigido um documento que legalizaria o processo.

Assim, no dia 23 de julho de 1840, é deixado de forma oficial que Pedro de Alcântara se tornara imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil com a idade de 14 anos. Acreditava-se que a figura do rei acabaria com as revoltas provinciais e se iniciaria uma nova era política no império. De fato, Dom Pedro II adotaria uma política conciliatória para estabilizar o império.

Antropocentrismo resumo e significado

O antropocentrismo foi um conceito bastante utilizado durante o século XVII e XVIII contra os segmentos cristãos na Europa. Entenda mais sobre isso clicando no post.

Arraigadas e conduzidas pelos ideias cristãos, as monarquias absolutistas europeias tiveram seu desenvolvimento e sofisticação tecnológica amplamente ligada a religiosidade e a adoração do divino. Isso não significa necessariamente uma forma de atraso científico, mas de cerceamento de uma sabedoria laica.

O medievo se preocupava demasiadamente com a salvação de sua alma. Essa preocupação era para muitos, o objetivo maior de todas as suas conquistas, sendo mais importante que a própria riqueza, princípios nobres e de qualquer anseio político ou material. Essa forma de pensar vai se perdurar por ainda mais tempo mesmo com as influências no renascentismo e do iluminismo, e de certa forma, até hoje é válida para as comunidades cristãs, mesmo que de forma re-significada.

O Antropocentrismo

Ter a salvação acima de todos os anseios materiais e pessoais do homem é a melhor forma de expressar que Deus está no centro de todas as ações, vontades e virtudes humanas. Até mesmo os estudos eram voltados para o engrandecimento de Deus, mesmo que tomassem para si, sentidos e conceitos laicos ou de outras culturas não cristãs.

Estudos renascentistas
Estudos renascentistas

Essa forma de significar o mundo ficou conhecida como Teocentrismo. Em contrapartida a isso, o Renascimento, que buscava inspirações nas obras greco romanas, a busca pela racionalidade e maior liberdade de pensamento, colocava o homem no centro de todas as projeções culturais e científicas. Isso ficou conhecido como Antropocentrismo.

Em sua etimologia, Antropos significa Homem. Logo, antropocentrismo significa “o homem no centro” e era exatamente isso que os pensadores e cientistas estavam buscando. Essa forma de pensar, mesmo que condenada pela igreja católica, acabaria por se difundir e se sofisticar, dando margem ao iluminismo e ao liberalismo, correntes do pensamento que influenciaram e fundaram o mundo ocidental político e científico moderno e pós moderno.

Fatores marcantes da transição entre a era industrial e a era do conhecimento

A transição da era industrial para a era do conhecimento compreende um processo histórico e alguns fatos marcantes a serem explorados. Entenda mais sobre isso clicando aqui !

Na história, podemos conceber facilmente ideias de separação, ora por ciclos econômicos, ora por eras que levem em consideração fatores de produção, entre outros. Porém, é importante lembrar que essas separações meramente teóricas nos servem apenas para facilitar o estudo da história.

Quando uma sociedade passa de um ciclo para o outro, ou de uma era para outra, não quer dizer que as atividades anteriores deixaram simplesmente de existir. As continuidades são visíveis, apesar da menor importância dada ao estudar determinado período.

Era industrial x Era do conhecimento

A própria era industrial não aconteceu de um dia para o outro. Antes do modelo industrial, a produção era feita artesanalmente pelas corporações de ofício. Quando as primeiras fábricas começaram a surgir, essas corporações continuaram trabalhando por séculos, mesmo com bastante concorrência nos produtos.

O conhecimento como principal fator do trabalho
O conhecimento como principal fator do trabalho (Foto: Divulgação)

Durante o final do século XIX, a era industrial já estaria muito visível na Europa. A economia dos mais poderosos países desse continente (com exceção da Rússia) estaria voltado quase por inteiro as produções industriais. A divisão entre burguesia e assalariado – operário – era mais clara e visível e os problemas sociais também evidentes.

A primeira e a segunda guerra derrubou os impérios europeus. A era industrial foi ao auge bélico e científico por necessidades militares. Nesse período, a tecnologia dos computadores passou do “engatinhar” para o “caminhar progressivamente”. Os armamentos nucleares se difundiram e diversas questões sobre os sistemas de governo geraram conflitos em muitas partes do mundo.

Em um mundo que agora se firmava ainda mais entorno na ciência e do progresso tecnológico, a ênfase no trabalho puramente operacional e mecânico sofreu um queda considerável. As pessoas começaram a buscar especializações para terem empregos melhores e para suprir as novas demandas do podemos também chamar de “Era da Informação”.

A partir de 1970, os computadores pessoais começam a entrar no mercado e em pouco tempo começam a se popularizar. Com a rápida informatização dos setores públicos e privados, novas especializações são necessárias e o número de escolas, universidades e cursos também começam a aumentar consideravelmente.

Hoje, o estilo de vida se reconhece transformado. A velocidade de informação e as necessidades do mercado exigem cada vez mais especializações intelectuais. Por esse motivo, muitos teóricos definem o tempo presente como “era do conhecimento”. As atividades industriais não pararam, pelo contrário, estão cada vez mais intensas e ainda mais produtivas. Mas a ferramenta teórica está dando uma importância maior a esse aspecto do conhecimento para estudar esse tempo.

Capitanias hereditárias do Brasil: Explicação completa com resumo

As capitanias hereditárias foi uma forma de gestão encontrada pela corte portuguesa para estimular a produção nas imensas porções de terra coloniais. Entenda melhor clicando no post.

Com expansão marítima iniciada pelas nações ibéricas – espanhóis e portugueses – várias porções de terra em todo mundo foram “descobertas” pelos europeus. Em especial, os continentes americanos causaram grande espanto com as novas espécies e os grupos humanos até então desconhecidos para essas nações do Velho Mundo.

Portugal assinou o Tratado das Tordesilhas  com a Espanha e os dois países fizeram a partilha dessas novas terras conquistadas. Apesar de tudo, não existia muito interesse de Portugal com as novas terras descobertas por Pedro Álvares Cabral, que mais tarde seria batizada de Brasil. Com as invasões de outras nações europeias no território, foi necessário tomar um posicionamento administrativo e estratégico para colonizar e produzir, para que outros países não o fizessem.

As capitanias hereditárias

O rei D. João III de Portugal aprovou um sistema de administração que ficou conhecido como capitanias hereditárias em 1534. Esse sistema era basicamente a divisão da colônia em grandiosas faixas de terras e distribuídas entre os nobres ligados a coroa. A divisão seria para facilitar e para por a responsabilidade de cada faixa ao nobre proprietário, o capitão.

Divisão das capitanias
Divisão das capitanias (Foto: Reprodução)

Ao todo, eram 13 capitanias que percorriam todo o território colonial na América Portuguesa. Eram elas: Capitania de Santana, Santo Amaro, São Tomé, São Vicente, Baía de Todos os Santos, Ilhéus, Espírito Santo, Porto Seguro, Maranhão, Pernambuco, Itamaracá, Rio Grande e Ceará.

Os donatários tinham o dever de colonizar, produzir e proteger suas capitanias e para isso tinham o direito de explorar todo o potencial natural da terra. As terras seriam passadas de pai para filho, por isso o nome “hereditária”. Apesar disso, o sistema não deu certo.

As dificuldades da maioria dos nobres em obter recursos para administrar as imensas faixas de terra foi um dos principais motivos. Fora isso, o conflito com diversas etnias indígenas dificultou todo o processo. Apenas as capitanias de Pernambuco e de São Vicente se mostraram efetivas. Esse modelo de organização administrativa foi finalmente extinto em  1759, dando lugar ao sistema provincial.

Republica das oligarquias resumo

A República das Oligarquias corresponde a uma parte da primeira república brasileira onde o poder esteve nas mãos das oligarquias rurais. Saiba mais, clicando no post.

Um ano após a abolição da escravatura em 1888, o Brasil se vê livre das garras imperiais e inicia-se o tempo da república. O golpe militar liderado pelo marechal Deodoro da Fonseca destituiu o império de uma vez e reprimiu as correntes que eram a favor da volta do monarca.

Esses primeiros anos de república foram de caráter organizacional. O país precisava se adequar ao novo sistema, garantindo novos direitos e deveres, incentivando outros setores e definindo preferências. Dessa forma, os militares foram quem governaram o país nesse período que ficou conhecido como República da Espada e fizeram a primeira Constituição Republicana.

República das Oligarquias

Em 1894, o primeiro presidente civil assume o governo brasileiro, Prudente de Morais. Esse candidato era do Partido Republicano Paulista (PRP) e defendia abertamente os interesses cafeeiros. Como o café de São Paulo e a produção de leite em minas eram as principais atividades econômicas do país, os dois partidos desses estados PRP e PRM, se articularam numa aliança política que alternava o poder presidencial.

Charge criticando a político do café com leite
Charge criticando a político do café com leite (Foto: Reprodução)

Dessa forma, a cada 4 anos, um representante paulista sai do poder para a entrada de um mineiro. Apesar do incentivo a indústria feito na república da espada, a república oligárquica deu grandíssima atenção ao setor agroexportador, decisão que sofreu inúmeras críticas pelos industriais brasileiros.

Essa política ficou chamada de política do café com leite. Os setores agrícolas foram beneficiados e mais acordos políticos com os governadores foram efetivados. Dessa forma, o poder federal não poderia interferir nas eleições estatais. A figura do coronel, apesar de não ter mais esse título concedido no império, ganha ainda mais força no interior do país.

Em 1929, os Estados Unidos passa pela grande crise da bolsa de valores, que consequentemente chega ao Brasil, reduzindo o preço do café e abalando esse importante setor da economia brasileira. Em meio ao caos que se firmava, as eleições presidenciais teriam sito manipuladas que Júlio Prestes ganhasse. O Gaúcho Getúlio Vargas então com o apoio militar consolida um golpe de Estado num ato que ficou chamado de Revolução de 30, acabando com a política do café com leite e a primeira república.

Batalha de Verdun 1916 resumo e características do combate

A Batalha de Verdun carrega consigo um valor histórico e moral para o povo francês e alemão. Entenda sobre a importância dessa região aqui no Dicas Free.

Eclodida a primeira guerra mundial, alemães e franceses tinham pendências históricas a cumprir. Os franceses queriam retomar as terras perdidas na guerra franco prussiana e os alemães desejavam tomar o território francês para conseguir uma fatia do bolo neo colonial. Era de se esperar que uma batalha entre essas duas nações inicia-se rapidamente.

O conflito conhecido como Batalha de Verdun foi o mais longo da primeira guerra e um dos mais violentos. Alguns fatos importantes caracterizam esse conflito e explicam sua necessidade na guerra.

Conflito de Verdun – motivações

A região de Verdun fica junto ao rio meuse e é uma das linhas defensivas mais importantes da França. Historicamente, os franceses contiveram inimigos nessa importante linha por séculos e ela constituía um importante marco para a soberania do povo francês. Mesmo com a derrota na guerra franco prussiana, Verdun ainda assim fora importantíssima da defesa do país.

Soldados na trincheira
Soldados na trincheira  (Foto: Reprodução)

Os alemães sabiam que se atacassem e conquistassem a linha de Verdun, acabariam com a moral e confiança dos franceses. Uma vez dominado esse complexo de fortificações, ficaria ainda mais fácil acessar as estradas que levavam a Paris, capital da França. Dessa forma, os exércitos alemães foram posicionados nessa região e iniciaram um intenso combate no dia 21 de fevereiro de 1916.

Os franceses haviam construído mais fortificações no lugar. Além dos antigos fortes na superfície, existiam os complexos de fortalezas subterrâneas que serviam de variadas formas para os franceses. Esses complexos estavam munidos com material bélico e canhões para a defesa da unidade.

O dia a dia da batalha

O conflito de Verdun ficou caracterizado pelas péssimas condições de luta dos dois lados. Os alemães haviam cortado as locomotivas francesas para o abastecimento bélico e material da região e isso se refletia em todos os âmbitos. Por outro lado, os soldados alemães entrincheirados sofriam com os constantes bombardeios, com as pilhas de corpos, a lama, o mais cheiro e o horror de uma imensa carnificina.

A dificuldade da batalha impedia avanços consideráveis dos dois lados. Os alemães conseguiram dominar alguns fortes franceses, mas logo foram retomados pelo exército franco. A estratégia alemã de esperar que o inimigo enfraquecesse e sofresse baixas consideráveis para a retirada não deu totalmente certo

As baixas foram imensas para ambos os lados da batalha. Estima-se que cerca de 600.000 (somando os dois lados) homens tenham morrido nessa batalha até 18 de dezembro daquele mesmo ano, dia em que o conflito termina. Os regimentos de apoio francês chegam e fortificam ainda mais as defesas que começam as contra ofensivas a partir do final de agosto.

Apesar das baixas franceses terem sido um pouco maiores que as alemães, as ofensivas foram suficientes para que o exército alemão se retirasse consideravelmente da região.

Conjuração baiana resumo: Onde ocorreu, objetivos, consequências e como terminou

A conjuração baiana ou também conhecida como revolta dos alfaiates pode ser considerada um dos maiores exemplos de insatisfação popular na colônia. Entenda mais sofre esse fato histórico no post.

Nos tempos da colônia, a vida para os moradores era muito difícil em quase todos os sentidos. Tudo faltava e o ambiente brasileiro ainda não muito interpretado pelos portugueses era por vezes, hostil e perigoso. Além disso, os ataques e conflitos indígenas enchiam a mente e o imaginário com o medo nos moradores.

Economicamente falando, a situação também não era das melhores. O pacto colonial imposto por Portugal restringia as possibilidades de mercado e ainda diminuía muito os lucros dos comerciantes e produtores de cana, por exemplo. O domínio real sobre os colonos também era visto com maus olhos por algumas parcelas da população que estava considerando a coroa como tirana e cerceadora do desenvolvimento brasileiro.

A Conjuração Baiana

Todos os problemas citados acima teriam sido suficientes para algum tipo de revolta na colônia portuguesa. Porém, um caso específico em Salvador, na Bahia, outros motivos além desses estavam em jogo.

Representação de trecho de Salvador
Representação de trecho de Salvador. (Foto: Reprodução)

Se a insatisfação popular já era comum entre a província, pior ficou depois que a capital do Brasil fora movida de Salvador para o Rio de Janeiro. A cidade deixou de ter a grande importância que tinha e não recebeu mais o mesmo investimento de antes. A situação começou a ficar caótica, baixos lucros, crises em alguns setores e saques a propriedades privadas aconteciam levianamente.

O ideias da então ainda recente revolução francesa começaram a fazer mais sentido para esses baianos. Os radicais começaram a se levantar e praguejar contra as políticas da coroa e a cada dia, o levante popular se inflava e reunia mais pessoas. Em 1798, essa situação se tornaria importante ao ponto de chamar atenção do monarca português.

Uma das figuras mais importantes, Cipriano Barata, organizou um levante popular que reunia soldados, religiosos, negros livres, escravos, comerciantes, artesãos e muitos alfaiates – o que caracterizou o nome Revolta dos Alfaiates.

Os motivos e o fim

Basicamente, os baianos queriam melhores condições de vida. Eram influenciados pelos ideias da Revolução Francesa e por isso, pregavam a igualdade, existindo até alguns polos abolicionistas. Queriam separação com a coroa portuguesa, abertura dos portos para comércio com outras nações, aumentos salariais e até mesmo a implantação de uma república.

A revolta estaria marcada, mas o movimento foi suprimido antes mesmo que ocorresse. Alguns infiltrados delataram as informações necessárias a coroa que rapidamente enviou forças militares para conter e prender os revoltosos. Muitos foram mortos como penalidade e outros, condenados ao exílio.

Apesar de fracassada, a Conjuração Baiana já mostrava a indignação dos colonos com a política real. Esse evento também foi de fundamental importância para os movimentos abolicionistas que viriam posteriormente.