O iluminismo resumo: o que foi, o que defendiam e histórico

O iluminismo foi uma das principais correntes teóricas europeias e influenciaram de forma muito abrangente os sistemas políticos, a filosofia e a ciência. Entenda o que foi o iluminismo clicando no post.

Assolados pelos pesados sistemas absolutistas, os países europeus por muito tempo viveram sobre grande imposição estatal e quereres de seus monarcas. Os limites dos mandos e desmandos do rei pairavam do profano ao sagrado e pareciam não ter mais fundamentação para o tempo histórico daquele continente.

Ao florescer do século XVII, as primeiras ideias iluministas surgem na Europa, e em especial, na França. Paris será a cidade com mais argumentação iluminista por muitos anos. Com ideais de liberdade, racionalidade, liberdade religiosa, autonomia e a menor intervenção estatal, os iluministas consagraram sua luta idealista contra os sistemas monárquicos europeus.

Revolução Francesa - influência direta do iluminismo
Revolução Francesa – influência direta do iluminismo (Foto: Reprodução)

Apelo ao cientificismo

Apesar de criticarem os modelos políticos que cerceavam a liberdade e a conjuntura econômica e individual nos Estados europeus, os iluministas também atacaram o que era imposto pela igreja. Indo de encontro a tudo que era estabelecido pelos dogmas cristãos, os adeptos ao iluminismo problematizaram a questão dos dogmas e a compararam com o atraso da sociedade.

Dessa forma, esses estudiosos acabaram por elaborar e incentivar a contemplação de teorias científicas que abarcassem os fenômenos até então somente explicados pela fé. Um termo muito utilizado que ficou famoso foi o “antropocentrismo”, ideia que instituía o homem no centro do universo e não a figura de Deus.

Influências do Iluminismo

O marco de mais importância desses movimentos iluministas aconteceu em meados do século XVIII. Vários autores importantes já expressavam e difundiam suas ideias não só na França, mas em muitos países da Europa que cada vez mais tendiam-se a aceita-los de diversas formas.

Como influência ideológica direta, podemos citar a Revolução Francesa como filha do iluminismo. Com ideias de Liberdade, Fraternidade e Igualdade, a Revolução Francesa destronou e decapitou a monarquia absolutista da França. Logo, com o avanço napoleônico, mais monarquias absolutistas cairiam sob o domínio militar e ideal francês.

Outro marco importante influenciado pelos ideais iluministas foi a concepção de liberalismo. Tal corrente política vigoraria na América após a Independência dos Estados Unidos, ocorrida no mesmo século, antes mesmo da revolução francesa. O liberalismo permitiria a iniciativa privada, o individualismo, a liberdade econômica e menor intervenção estatal na economia.

Principais autores

Podemos citar como principais pensadores do iluminismo, Montesquieu, Diderot, Voltaire, John Locke, D’Alembert e Rousseau. Esses pensadores contribuíram tanto para o entendimento humano sobre si mesmo e demais relações das ciências naturais (como John Locke) como também relações políticas, como a instituição e divisão dos poderes Legislativo, Executivo e  Judiciário, defendido por Montesquieu.

Arcadismo: caracteristicas, resumo e autores

O Arcadismo foi um importante movimento literário do século XVIII na Europa. Saiba mais sobre isso clicando no post.

Durante o século XVIII, as influências do acúmulo de capital, da burguesia e da indústria já pleitavam diversas cidades europeias. A vida urbana se fazia presente e cada vez mais crescente de acordo com as necessidades de produção e ao êxodo rural. Apesar de teoricamente trazer muitos benefícios, todo esse alvoroço urbano causou uma espécie de aversão em muitos autores desse século.

A vida nas cidades não era em si uma das melhores. Toda a transforação do tempo (que agora torna-se regrado pela produção), o andar apressado das pessoas pelas ruas, a exploração do trabalho, a massa de trabalhadores empobrecidos e em péssimas condições de vida eram os motivos principais e desencadeariam o arcadismo.

arcadismo
Obra arcadista

Arcadismo – a fuga da urbe

Tentando ao máximo se refugiar desse cenário grotesco que estufava as grandes cidades, diversos autores iniciaram um movimento literário que ficou conhecido como arcadismo. O objetivo principal era enaltecer a simplicidade da vida, as belezas da natureza, a melhor relação com o tempo e o desapego da vida urbana.

Os arcadistas também resgatam heranças de outras histórias literárias, reavivando o idealizar da mulher a amada, a objetividade, a utilização dos temas épicos e até mesmo a preferência da linguagem simples. No Brasil, o arcadismo chega com suas influências na metade do século XVIII, juntamente ao pensamento iluminista.

Principalmente em Minas Gerais, a riqueza do Ouro e o fervor cultural contribuem para a difusão dessa escola literária. Obras importantes como “O caramuru” de Frei Santa Rita e “O Uruguai” de Basílio da Gama foram escritas e difundidas pela região.

Principais Autores do Arcadismo

Os principais autores do movimento literário do arcadismo no Brasil, são: Tomás Antônio Gonzaga, José Basílio da Gama, Cláudio Manuel da Costa e Frei José de Santa Rita Durão. Já em Portugal, os principais autores são: Manuel Maria Barbosa du Bocage, António Dinis da Cruz e Silva, Correia Garção, Marquesa de Alorna e Francisco José Freire.

O que defendiam os bolcheviques e os mencheviques

Os Bolcheviques e os Mencheviques tiveram um grande papel político que decidiria o futuro da Russia durante a revolução. Saiba o que cada corrente política defendia.

Em detrimento dos outros países da Europa, a Rússia, apesar de por muito tempo ter sido uma das maiores potências do continente, possuía uma segmentação social baseada no serviço braçal e feudal de seus moradores camponeses. O distanciamento tecnológico da Rússia lhe proporcionou derrotas em algumas batalhas importantes e dificuldades econômicas que assolaram a imensa população na fome.

O descontentamento com essas questões e com o governo absolutista do Czar inflou diversos movimentos sociais que apoiavam as propostas de cunho marxista para a derrubada do czar e a mudança radical do governo russo. Essas correntes políticas sovietes tiveram dois grandes partidos que as representavam: os bolcheviques e os mencheviques.

Símbolo Bolchevique
Símbolo Bolchevique

Esses dois partidos foram a divisão de um único partido chamado Partido Social Democrata, onde as divergências de pensamento foram suficientes para criar diferentes identidades políticas contra o czar.

Bolcheviques

A etnologia do nome Bolchevique significa, basicamente, “a maioria”. O grupo recebeu esse nome pelo fato de, no momento da divisão do Partido Social Democrata, esse lado teria ficado com grande parte dos integrantes, sendo assim, a maioria do partido. Os bolcheviques eram os mais radicais dentre os dois lados dessa divisão.

Defendiam a implantação imediata da ditadura do proletariado, o socialismo e a derrubada do governo czarista e toda a sua estrutura. Articulavam-se na mudança do cenário russo mediante ao combate armado e estenderam sua influência entre alianças de proletários com camponeses. Daí o famoso símbolo da bandeira russa (tendo em vista que os bolcheviques saíram vitoriosos) do martelo, representando o proletário e a foice, representando o camponês.

O principal líder dos bolcheviques era Lênin, que era um dos fortes apoiadores dos sovietes e da grande massa descontente com o czar.

Mencheviques

Assim como o Bolcheviques, a etnologia do nome Menchevique diz respeito diretamente a quantidade de pessoas durante a divisão do Partido Social Democrata. Nesse caso, Menchevique significa a minoria, pois foi composto pela pequena parte que sobrou do partido durante a divisão.

Os mencheviques eram a favor das correntes ideológicas e do determinismo histórico marxista. Acreditavam que antes de implantar o socialismo na Rússia, o capitalismo teria que se desenvolver até seu ápice e chegar a revolução socialista. Apesar de revolucionários, os mencheviques procuravam mudanças com reformas políticas e não com radicalismo armado.

A derrubada do Czar e as transformações sociais em progresso eram o que pleitava esse grupo político. Seus principais líderes foram Gheorghi Plekhanov e  Iulii Martov.

Dia do fico: resumo completo

O Dia do Fico foi de fato, um importante marco para o processo de independência brasileira do império português. Entenda como se desenrolou esse episódio de nossa história.

A vinda da família real portuguesa ao Brasil em 1808 marcou o início de uma nova era cultural, econômica e política na colônia. Numa tentativa bem sucedida de fuga dos ataques de Napoleão Bonaparte naquele mesmo ano, o rei Dom João VI deixa Portugal e faz do Rio de Janeiro a sede do império unificado de Portugal, Brasil e Algarves.

Dessa forma, o território brasileiro deixa de ser colônia, agora sendo parte integrante e sede do império português. Além das reformas para o recebimento da família real no Brasil, a abertura dos portos para as nações amigas permitiu uma maior rotatividade e prosperidade econômica.

Representação artística do Dia do Fico
Representação artística do Dia do Fico

Foram anos de conservação no cenário político do império e de estabilidade econômica especificamente no Brasil. No entanto, quando as hordas de guerra da expansão imperialista de Napoleão ruíram ao vento, o desejo das cortes de Lisboa chegou aos ouvidos do monarca no Brasil.

O desejo das Cortes de Lisboa

As cortes de Lisboa almejavam o retorno do rei a Portugal e mais uma série de exigências. Uma dessas exigências seria que o Brasil regressasse a situação de colônia, fechando os portos as nações amigas e restaurando o pacto colonial.

Devido as pressões portuguesas, o Rei Dom João VI retorna a Portugal mas deixa seu filho, Dom Pedro como príncipe regente no território brasileiro.

Logo viriam as notícias de Portugal e o rei exigiria que o príncipe retornasse ao país para que as exigências das cortes de Lisboa fossem atendidas. Porém, as elites paulistas e cariocas (principalmente do partido brasileiro) se organizaram num levante popular, colhendo mais de 8 mil assinaturas que exigiam a permanência do príncipe em terras brasileiras.

Cedendo as pressões brasileiras, o futuro imperador e protetor perpétuo do Brasil na independência, declara na seguinte frase:  “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”. Declarada no dia 9 de Janeiro de 1822, esse dia foi conhecido como o Dia do Fico, onde o príncipe regente desobedeceu as exigências imperiais em prol dos interesses brasileiros.

Guerra civil de El Salvador resumo completo

A Guerra Civil de El salvador representou um dos mais sangrentos embates políticos entre forças da esquerda e direita em um país da América Central. Confira mais sobre essa história.

Os territórios onde se firmaram os países hoje conhecidos na América do Sul, América do Norte e América Central, foram desde o início da colonização europeia, palcos de diversas injustiças sociais, violência, exploração de trabalho e escravidão, chacinas e intensas disputas e embates políticos.

Numa tentativa de se distanciar dos modelos monárquicos europeus e de toda a herança exploratória,  grande parte desses novos países independentes adotaram os modelos republicanos, democráticos e liberalistas, baseados sobretudo na política dos Estados Unidos, que há muito tempo havia se tornado independente da Inglaterra.

Contexto ditatorial em El Salvador
Contexto ditatorial em El Salvador

Apesar de serem repúblicas, as diferenças sociais, as heranças e vícios dos antigos sistemas coloniais, o caudilhismo, o coronelismo e demais mazelas políticas tipicamente fruto das elites do passado acabaram por fomentar intensas desigualdades sociais e conflitos ideológicos em grande parte desses países.

Numa tentativa de mudança de ordenamento social, vários movimentos revolucionários foram despertados com a influência dos ideias socialistas provenientes das obras de Karl Marx e da presença da URSS no conflito ideológico da bipolaridade ou, como mais conhecida, Guerra Fria.

Guerra Civil de El Salvador

Apesar de hoje, El Salvador ser considerado um típico país independente da América Central do início do século XIX, só foi em 1956 que finalmente pôde se tornar uma nação independente. Ter conseguido se separar do julgo espanhol foi apenas o início de sua empreita, visto que naquele século era pertencente ao México.

As tensões sociais, desigualdades e exploração de trabalho contribuiriam para a miséria de grande parte da população e para a indignação de de algumas pequenas elites pensantes. Para mudar o quadro social, ideias de caráter socialista e nacionalista se difundiam e até mesmo chegavam a atingir as esferas políticas.

Com a queda do café em 1929, o país passa por mais tensões sociais estagnação econômica. Novos governos passam a fomentar o setor industrial e a figura do governante Oscar Osório fora de forte popularidade e com base na redemocratização social. Seu assassinato e o golpe militar que se sucedeu em 1979 deu início a ferrenha oposição de direita.

Apoiados pelos fazendeiros do café e pelas políticas de financiamento norte americana – que financiavam o exército governamental para suprimir os levantes socialistas – as intensas batalhas entre ditadores e rebeldes culminaram na continuidade da estagnação política e na morte de milhares de civis.

Devido a intensidade do conflito, as negociações de paz com as frentes revolucionárias foram iniciadas em 1989. Com o auxílio das Nações Unidas (ONU), o Tratado de Chapultepec que firmava a paz entre rebeldes e o governo finalmente foi assinado e a guerra civil pôde ter seu fim. As frentes revolucionárias até hoje possuem sua representatividade política em El Salvador.

Guerra de Yom Kippur (1973) resumo

O conflito ou guerra de Yom Kippur foi uma batalha armada de um longo conflito militar entre Israel, Egito e Síria. Entenda mais sobre esse evento aqui no Dicas Free.

A derrota do Egito e da Síria da Guerra dos Seis Dias para o Estado de Israel simbolizou o início de uma campanha de ódio contra a presença judaica no Oriente Médio. Os dois países, apesar de derrotados, não deixariam de apresentar suas resistências contra Israel em 1973.

Tropas Israelenses no conflito de Yom Kippur
Tropas Israelenses no conflito de Yom Kippur

Durante o festival do perdão ou como é conhecido em Israel por Yom Kippur, os dois países estrategicamente posicionaram suas tropas divididas em dois polos e organizaram o ataque aos postos militares de Israel. Como os judeus estariam ocupados com os preparativos de sua data cultural, os esforços militares estariam em baixa e seria a oportunidade perfeita.

Egito e Síria desejavam recuperar os territórios perdidos no conflito anterior e iniciaram seu ataque no dia 6 de outubro daquele ano. Iniciado o conflito, Israel obteve grandes baixas e a estratégia parecia ter dado certo. Com o apoio dos Estados Unidos, em questão de semanas, os judeus conseguem expulsar egípcios e sírios de suas terras e retomar sua autonomia política.

Após o término do conflito, as relações do Egito com a União Soviética passaria a ser cada vez menor com sua aproximação com os Estados Unidos. No caso da Síria, o regime ditatorial de cunho levemente socialista se aproximou ainda mais da então União Soviética.

Bloqueio continental o que foi resumo completo

O Bloqueio Continental foi uma das estratégias mais ousadas do grande conquistador francês Napoleão Bonaparte. Entenda como isso funcionou clicando aqui !

Alguns anos após a Revolução Francesa, um grande militar da região chamado Napoleão Bonaparte assumiria o poder no país e instituiria uma espécie de nacionalismo imperialista que elevaria a França como grande potência militar na Europa. A atuação de Napoleão serviu principalmente para que os reis absolutos “regidos e escolhidos pela ordem divina de Deus” perdessem seu poder em suas nações, divulgando assim o caráter iluminista.

Logo, Napoleão conquistaria grande parte da Europa e elaboraria um plano para enfraquecer a Inglaterra, visto que um ataque pelo mar contra a maior marinha do mundo não seria opção vantajosa ao conquistador. Dessa forma, o Bloqueio Continental impediria as relações comerciais entre a Inglaterra e os demais países europeus de posse ou não de Napoleão.

Bloqueio Continental

Decretado em 21 de Novembro de 1806, o Bloqueio Continental impedia imediatamente que todos os países de posse do império francês se relacionassem economicamente com a Inglaterra. Nenhum dos portos do oeste europeu poderia receber navios britânicos sob pena de invasão francesa.

Bloqueio Continental de Napoleão
Bloqueio Continental de Napoleão

Algumas nações que não pertenciam ao império francês como Portugal, por exemplo sofreram ameaças expressas de invasão caso não aderissem ao bloqueio. No caso de Portugal, o monarca Dom João VI evitou responder as pressões tanto de Napoleão como da Inglaterra o máximo de tempo possível.

Em 1907, a Inglaterra informa as nações que aderiram o o bloqueio de que qualquer navio, ainda que neutro, poderá ser capturado pela marinha inglesa, tendo sua carga roubada e o próprio navio leiloado. Essa atitude gerou uma intensa instabilidade política nas províncias na Napoleão.

Em 1808, quando Napoleão envia tropas ao Reino de Portugal, a Inglaterra interessada no intenso comércio da duradoura relação econômica com Portugal oferece um escolta da família real até o Brasil, onde Dom João VI rebatiza o Rio de Janeiro como sede do Império Unido de Portugal, Brasil e Algarve.

Logo o Bloqueio Perderia sua força graças ao descontentamento das nações com as atitudes autoritárias de Napoleão Bonaparte.

Biografia de Fernão Lopes resumo

Escritor e cronista do império português do século XV, Fernão Lopes foi de vital importância para a historiografia. Saiba mais sobre a vida desse importante sujeito.

Fernão Lopes foi um dos cronistas mais importantes do império português no início do século XV. Além de escritor, Lopes trabalhou como historiador, relatando os fatos e quotidiano de vários monarcas de Portugal em sua época. Pelos trabalhos bem feitos e reconhecidos com horaria pelos reis, Fernão Lopes ganhou bastante reconhecimento na nobreza.

Biografia

Nascido provavelmente em 1480 na cidade de Lisboa, o jovem filho de camponeses frequentou Escola de Catedral na mesma cidade. Não se sabe ao certo como ele chegou a trabalhar na Torre do Tombo, mas registros históricos do lugar informam que Fernão Lopes adquiriu o cargo de guarda-mor, considerado de grande confiança do Estado.

Fernão Lopes
Fernão Lopes

Seu talento logo fora parar na corte, onde fora tabelião e escritor oficial. A pedido da própria corte, Fernão Lopes foi incumbido de relatar historicamente em obras a vida dos seis primeiros reis de Portugal, além de demais fatos históricos importantes do século XIV e XV.

Até hoje, os manuscritos feitos por Fernão Lopes são utilizados como fontes históricas. Os mais conservados são as Crônicas Del-rei D. Pedro, Crônica Del-rei D. Fernando e Crônica Del-rei João I. O trabalho bem elaborado e de certa forma crítico foi bem recebido pelos monarcas de seu tempo.

Quando D. Duarte assume o trono de Portugal, recompensa as atitudes de Fernão Lopes com um título de nobreza e uma pensão imperial de 14 000 réis anuais. Além disso, o monarca fez de seu escrivão o mais novo Vassalo Del-rei, posição que legitimava ainda mais seu título de nobreza.

Em 1454, acredita-se que Fernão Lopes tenha se retirado da Torre do Tombo devido a idade avançada. Logo foi substituído por outra pessoa em seu cargo de guarda-mor. O cronista possivelmente faleceu pouco tempo depois de sua retirada da Torre do Tombo, na cidade de Lisboa.

Guerra do Contestado: Lideres e Resumo

A Guerra do Contestado se iniciou essencialmente pela insatisfação popular com os devaneios da república para com os trabalhadores e ruralistas. Entenda melhor sobre esse episódio histórico aqui no Dicas Free.

Acontecida durante o período de 1912 a 1916, a Guerra do Contestado foi um conflito que envolveu interesses políticos, religiosos e levantes populares. Deu-se na Região Sul do país, em terras entre os Estados do Paraná e Santa Catarina por onde estava sendo construída a estrada de ferro de São Paulo ao Rio Grande do Sul.

Mesmo antes da vinda da estrada de ferro construída por uma empresa norte americana, as disputas de terras entre os Estados de Paraná e Santa Catariana já conturbavam a vida dos camponeses e trabalhadores rurais que viviam nas redondezas. Esse motivo somado a outros futuros desencadeará o famoso conflito.

O Início

Com a cinda da estrada de ferro, muitas propriedades foram desapropriadas pelo Governo do Brasil, o que fez com que família de trabalhadores rurais ficassem sem as suas terras para trabalhar, aumentando consequentemente o desemprego na região.

Rebeldes do Contestado
Rebeldes do Contestado

Além disso, grandes lotes de terras foram desapropriados e vendidos a empresários ligados a construção da estrada de ferro. Nesses lotes, foi construída uma empresa madeireira que desabrigou um grande número de famílias.

A situação viria  piorar quando a estrada de ferro terminasse e os trabalhadores vindos de todos os cantos do país ficassem para trás sem nenhum auxílio governamental ou empresarial. Dessa forma, a insatisfação popular para com a república se intensificou e algumas figuras religiosas passaram a ter mais representatividade de liderança.

O Desfecho

Com promessas da construção de um mundo melhor, baseado nas leis e ordenações de Deus, justo e pacífico que elucidavam o povo dessas terras, o principal beato José Maria tornou-se líder da resistência contra as medidas republicanas. A agitação causada pelas ideias do beato logo chegariam as autoridades que declarariam-no inimigo da república.

Dessa forma, vários contingentes policiais e militares foram enviados para conter os avanços dos camponeses entre os dois Estados. Munidos de poucas armas e sem experiência em campo de batalha, os camponeses utilizaram de sua força de vontade e fé na provisão divina para enfrentar as tropas republicanas.

Em um dos conflitos iniciados em 1912, os camponeses acabaram por vencer as tropas federais, porém o líder José Maria acabou por falecer vítima de guerra. Após a morte do beato, outros líderes assumiram a frente para continuar o movimento. Esses líderes eram: Chico Ventura, Aleixo Gonçalves, Antonio Tavares, Venuto Baiano, Bonifácio Papudo, Alemãozinho e Adeodato Ramos.

O conflito só se encerraria em 1916, quando o último líder do último foco de resistência restante, Adeodato Ramos foi capturado e preso pelas tropas federais. O movimento se desfigurou e a vitória da república estava eminente.