Uma das obrigações que uma pessoa adquire quando entrega-se aos caminhos de Deus é a disseminação do evangelho pelo mundo, no famoso “pregai o evangelho a toda a criatura”. Essa obrigação serve principalmente para mostrar ao mundo que o amor de Jesus está aberto para todos, sem acepção de pessoas, credos, cores, nacionalidades e gêneros.
Ambientando-se no contexto brasileiro atual, pregar o evangelho não é uma tarefa fácil. O Brasil é um dos países mais pluriculturais do mundo, ou seja, em nosso país existe uma grande variedade de culturas, visões de mundo, crenças e religiões. Desse modo, há primeira barreira a ser vencida para o sucesso na evangelização é o preconceito.
Quebrando paradigmas
Você sabe que a única verdade é a de Cristo. Sua vida está inteiramente voltada a adoração e a obediência aos valores, leis e ensinamentos de Deus e seus discípulos. Porém, deter a verdade não pode ser visto como um objeto de arrogância, e sim de bondade, tolerância e amor.
Ao cristão não cabe o julgamento de nenhuma outra crença. O primeiro passo para se aproximar de alguém não cristão é respeitando as crenças e valores dessa pessoa, mesmo que você não acredite nelas. Dizer que uma pessoa que segue o candomblé está errada por “servir ao demônio” não a convencerá de absolutamente nada.
Jesus prega, acima de tudo, o amor. Então, mostre o que temos de melhor para essas pessoas. Entre conversas e risadas, o melhor exemplo será sua própria vida, a beleza de seu vocabulário, a qualidade das suas atitudes e a essência que só alguém com Deus no coração pode transmitir.
Jovens escutam jovens
Uma coisa é certa: dificilmente os jovens escutam os mais velhos. Principalmente no ocidente, os anciões não são levados tão a sério pela juventude. Os motivos para isso são muitos e tem suas raízes longínquas nos processos históricos. Sem mudar o foco, os jovens se deixam convencer mais facilmente por outros jovens.
Se você já é casado e possui idade um pouco avançada, concentre-se em convencer pessoas da sua idade e de preferência também casadas. A congruência dos mundos e visões é uma importante característica que deve estar em comum nos evangelistas durante o processo.
Se você é jovem, concentre-se em evangelizar os jovens. Por viverem “no mesmo mundo”, vocês compartilham dramas, experiências, histórias e dificuldades em comum. Em cima dessas particularidade é que se mostra a diferença entre um jovem cristão e um não cristão. Apontar os erros de um jovem não é o melhor caminho e você sabe disso. Tente mostrar a ele apenas a solução, que é o amor de Cristo.
Pretensões subentendidas
Se aproximar de um jovem apenas com o intuito de evangeliza-lo vai causar repulsa e afasta-lo de você. A amizade é a melhor forma de trazer alguém para os caminhos de Deus. Comece com diálogos normais, sem apelar para lados religiosos. Com o tempo você conseguirá a confiança dessa pessoa que estará mais aberta a suas ideias e estilo de vida.
Porém, lembre-se: o exemplo é a melhor forma de evangelismo. Ser amigo não é fazer as mesmas coisas. Ser amigo é dar confiança, estender a mão, conversar. Realizar práticas pecaminosas para se aproximar de alguém só prejudicará sua imagem quando finalmente a hora de tentar falar de Deus chegar.
Não seja o “crente chato” mas também não seja o “enturmão”.
Problemas da vida
Quase todo jovem passa por problemas. A resolução desses problemas é o que mais pretendem, apesar de muitas vezes não se disporem a tentar. Nessas ocasiões, e com uma amizade já consolidada, o jovem irá compartilhar de suas angústias com você e é nessa hora que você terá que falar de Deus.
Dê exemplos da sua vida e da vida de outros amigos cristãos (dê apenas exemplos permitidos por essas pessoas) que possam servir para convence-lo do amor de Cristo. Não tenha pressa e tente falar de maneira sutil e agradável, sem obrigações e “visitas forçadas a igreja”. Convide-o para o culto, chame-o para conversar em sua casa. Toque uma música, assistam algo juntos. Crie um clima propício para falar de Deus e o Espírito Santo fará o restante.
Lembre-se: o processo de evangelização é longo e sem pressa. Deus o utilizará como instrumento de sua santa vontade. Deixe Deus tocar seu coração e permita que sua própria vida, decisões e atos falem por você na maior parte do tempo. “Evangelize. Se for preciso, fale”.