Catira – origem
Também chamada de cateretê, a dança de catira foi criada no Brasil. Não se tem conhecimento correto sobre como surgiu ou em que canto exato do país. Alguns palpiteiros arriscam dizer que ela foi criada em festas de escravos, misturando as danças de origem africanas, espanholas, portuguesas e indígenas.
Contudo, há quem afirme que ela foi iniciada por jesuítas na intenção de melhor comunicação com os índios. A sincronia encontrada na dança caipira é extremamente importante. Outro traço bem afinco é o vigor dos dançarinos, com o auxílio de pés e mãos, eles conseguem sincronizar-se com uma boa música.
Geralmente, a formação está em duas fileiras de catireiros. Em sapateios e palmateios, eles conseguem dançar ritmadamente durante toda a música, evidenciando partes como uma espécie de “marcação”. Dançam, principalmente, ao som de um violeiro com a frequência de seis pulos a cada parada.
Em sua história, estão principalmente os catequistas. Esses eram paulistas e caipiras, aos poucos foi tomando outros estados, bem como as áreas litorâneas como Angra dos Reis. A princípio o sapato utilizado eram tamancos feitos de madeira. Um tempo depois, tomou ares do interior como Barretos, Guaratinguetá, Itararé, Minas, Paraná e Goiás, quando então foram inseridas as botas.
Existem dois grandes grupos brasileiros de catira que se apresentam anualmente, em especial na época de pecuária de cada cidade. Seus respectivos nomes são: O Grupo Tradição Goiana e O Grupo Catira Brasil. Tem-se conhecimento, que a catira é uma dança muito antiga, desde os anos de 1563 e 1597.
São dançadas nas principais festas brasileiras de São Gonçalo, São João e de Nossa Senhora da Conceição. Alguns rumores afirmam que o primeiro homem a inserir a catira na cultura brasileira foi o Padre José de Anchieta, nos tempos coloniais.