Ontem, terça-feira (15), por volta das 18h55, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encontrou a presidenta Dilma Roussef no Palácio da Alvorada para debater a provável nomeação do ex-presidente Lula como ministro, ocupando o lugar de Ricardo Berzoini, na Secretaria de Governo, que também participou da reunião, junto a Jaques Wagner, da Casa Civil.
O anúncio oficial de que Lula aceitou de fato o posto de ministro, seria declarado nessa terça-feira (15), porém deu-se no adiamento, dado que ocorreu a divulgação da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (MS).
Segundo, um ministro petista, o ex-presidente reuniu-se pessoalmente com a presidenta Dilma, para afirmar o seu sim ao ocupar o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Governo.
Enquanto isso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha do PMDB-RJ, planeja uma comissão para considerar a retirada da presidenta Dilma de seu posto. Sabendo-se disso, considera-se que o ex-presidente é o único capaz de impedir o processo de impeachment da presidenta, assim que aceitar o posto de ministro.
Por conseguinte, Lula ao assumir o papel de ministro, deixará de ser investigado e julgado pelo então juiz federal Sérgio Moro, encarregado pela Operação Lava Jato. Sendo assim, o Supremo Tribunal Federal (STF) será o responsável pelo caso do ex-presidente.
Antes de seu encontro com a presidenta, em Brasília, o ex-presidente postou em suas redes sociais um vídeo em que praticava exercícios físicos. Lula, quis mostrar aos internautas através do seu fotógrafo oficial, Ricardo Stuckert, o que ele fazia naquela manhã e também mencionar o lado positivo de se exercitar.
Todos esperam que nessa quarta-feira (16), o ex-presidente bata o martelo como primeiro-ministro, logo, o esperado é que o ex-presidente passe a comandar articulações políticas, com o objetivo de evitar o impeachment de sua sucessora.
Para os integrantes da cúpula do PMDB, ter o ex-presidente como ministro é o término do governo petista. Para eles ter Lula de volta, é uma forma da presidenta Dilma declinar do seu governo.
Não existe uma concordância exata para a cúpula do PMDB, em relação a colisão que poderá ser provocada pela performance do ex-presidente junto aos seus cúmplices. Porém, o esperado é que assim que o Lula assuma como primeiro-ministro, passe a planejar encontros com as principais lideranças do Congresso.
O partido PMDB, assimila que com o ex-presidente como ministro, trará novas ideias, que poderão bagunçar e confundir todo progresso feito para o impeachment contra a presidenta Dilma.
No entanto, de acordo com o presidente da câmara, Eduardo Cunha, será finalizado daqui quarenta e cinco dias, o processo responsável pelo distanciamento da presidenta.