“Durante a era glacial muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor.
Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos.
Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram…”
Quando somos jovens e temos a vida toda pela frente é muito comum que sentimentos como arrogância e prepotência reinem sobre nós, ao passar dos anos percebemos que apesar de nascermos sozinhos não podemos viver sozinhos, sempre dependemos de alguém, um amigo, namorado, pai, mãe, vizinho entre os demais que convivem conosco.
Sabe aquele patrão insuportável que você tem, aquele colega de serviço que apenas por ser chefe de seção se julga melhor que os outros, é por mais engraçado que pareça precisamos dele sim, e você precisa um pouco mais.
Os maus exemplos ensinam tanto quanto os bons exemplos, como poderíamos saber que a morte de um ente querido dói se não fossemos obrigados a sentir na pele essa dor, amar, viver, sonhar, conviver, somos parte disso, do mundo, da natureza, somos seres humanos que temos que nos adaptar aos “espinhos” que as pessoas que mais amamos tem para nos oferecer.
Amar é abrir mão de sí mesmo pela felicidade alheia, essa foi a maior lição de amor de Deus nos ensinou por meio de Jesus, o “mundo ainda passa por uma grande era glacial”, precisamos mutuamente uns dos outros para sobrevivermos e sermos felizes.