O salário mínimo no Brasil sempre foi um assunto um tanto polêmico. Porque apesar de antigamente o valor do real em vista dos produtos fosse maior (podia se comprar mais coisas com menos dinheiro) ainda sim a quantidade do salário mínimo era insuficiente para a subsistência aceitável.
A exemplo disso, na virada do século, ano 2000, o salário mínimo encontrava-se no valor de R$ 151,00, um aumento pequeno em relação ao do ano anterior que era de R$ 136,00. Na virada do século já não se comprava tanta coisa com pouco dinheiro, mais ainda assim fazia diferença um leve aumento no salário mínimo.
O grande problema é que condição do salário mínimo baixo no país permite que milhares de empresas empreguem funcionários em trabalhos “multifunção” com quantidade excessiva de trabalho, trabalhando muitos dias na semana e recebendo apenas o mínimo. Isso resulta em milhões de pessoas quase incapazes de consumir de maneira eficaz que possa girar a economia.
Em 2005, o salário mínimo encontrava-se em R$ 300,00 e muitas famílias mal conseguiam pagar as despesas médicas, principalmente os aposentados. De maneira que, 300 reais não comprava a mesma quantidade de produtos que 100 reais compravam no ano 2000 ou em 1998. Durante os anos, o aumento do salário mínimo vem acompanhado do aumento dos preços dos produtos.
Hoje, em 2012, o salário mínimo encontra-se com valor superior ao dobro de 2005. Está em R$ 622,00 e isso vem significando um leve progresso. Ao que tudo indica, a tendência com o tempo é que os produtos custem menos e a moeda seja mais forte no mercado. Isso pode significar uma maior gama de consumidores no país.
O que resta aos brasileiros é fiscalizar as estratégias e operações políticas vigentes e garantir que as mercadorias tenham um preço justo a força de trabalho.