Muitos estudiosos embrenham-se em pesquisas para descobrir as origens do carnaval atual. Ao que se sabe, o carnaval foi a permanência sincrética de ritos culturais pré históricos antigos, festas a rosto pintado para afastar maus espíritos e com obterem boas oferendas ou celebrações festivas aos deuses, entre outras.
Esse tipo de culto ou celebração continuou nas comunidades europeias e foi se modificando mediante aos diferentes percursos culturais e sociedades. Já no século XVI, a festa era bem diferente.
Com a colonização do Brasil, esse costume chegou em terras coloniais e logo fora adotado e praticado em várias cidades. Porém, diferente do Rio de Janeiro, Recife tem uma história diferente em sua tradição carnavalesca.
Em meados do século XVII, participantes de companhias carregadoras de mantimentos – como açúcar e demais mercadorias – reuniam-se para realizar festividades no dia dos Reis. Consistia em passeatas alegres com cantatas improvisadas ou não pelas ruas da cidade. Essas pessoas eram em sua maioria constituídas de negros livres ou escravos. Essas festas foram incorporadas mais tarde a rituais simbólicos de coroações negras durante o século XVIII. Eram realizadas nas igrejas e coroado o Rei do Congo, conduzia as passeatas pelas ruas a fora.
No final do século XIX, após a abolição da escravatura, outros grupos de pessoas foram se incorporando ao carnaval recifense. Nessa época surgiam os primeiros grêmios carnavalescos de trabalhadores. A partir do século XX, Recife já dispunha de vários blocos de carnaval em diferentes esferas sociais e étnicas. As longas passeatas ao som de cantigas e o costume das vestimentas tradicionais do frevo aconteciam em vários lugares diferentes da cidade.
Atualmente, o carnaval de Recife ainda é algo singular e único se comparado com o do Rio de Janeiro. São propostas diferentes com histórias e conceitos que evidencial diferenças culturais e valores. O carnaval do Recife é sem dúvida um dos mais lindos e alegres do mundo.