História dos instrumentos musicais brasileiros

Confira informações históricas dos principais instrumentos utilizados nos diversos gêneros musicais no Brasil. Informações mais detalhadas sobre o assunto você acompanha no decorrer desta matéria.

O Brasil é hoje um país versátil, sejam elas econômicas ou culturais. Essa segunda vem perpassando e ligando o Brasil ao mundo desde seus primórdios da independência, seja pela literatura, estilo vida e,principalmente, a música. Ao passar dos anos, a música brasileira alcançou diversos cenários internacionais, tornou-se matéria obrigatória em especializações e graduações em música de alguns países.

Principalmente o Samba, gênero musical ficou bastante conhecido por seu ritmo mestiço, às vezes alegre outrora depressivo. Composto por uma infinidade de instrumentos musicais de origens europeias, africanas e indígenas, o samba, assim como o axé, bossa nova, entre outros estilos brasileiros, possui sonoridade própria.

Esses instrumentos, apesar de terem sido trazidos de fora, principalmente de Portugal e de regiões africanas, foram modificados e re-padronizados de acordo com as nossas expressões culturais. Para ilustrar melhor, faremos uma seleção de alguns instrumentos que se consagraram no meio cultural de nosso país.

Berimbau

O Berimbau é um instrumento muito conhecido no Brasil por ser facilmente atribuído a capoeira brasileira, marcando os tempos e passos dessa manifestação cultural. Apesar de ser muito comum em nosso país, o Berimbau atualmente é um instrumento típico da Angola, tendo sido trazido pelos escravos que vieram ao país pelo tráfico negreiro.

Berimbau (foto: reprodução)
Berimbau (Foto: Reprodução)

Estima-se que esse instrumento tenha sido criado por volta do ano 1500 a.C. e que tenha se popularizado também em outras regiões africanas. Apesar disso, instrumentos muito parecidos foram encontrados também em regiões indígenas no México, em ruínas das antigas cidades do império persa, hindu, na fenícia, no Egito na Assíria e na Patagônia.

Agogô

O agogô, também conhecido como Gã, é um instrumento de percussão originário da África Ocidental, é considerado um objeto sagrado a ser utilizado em cânticos e ritos da religião Yorubá (ou Iorubá). É composto de dois ou quatro sinos de ferro interligados e tira-se o som com o bater de baquetas nos sinos metálicos.

Agogô (foto: reprodução)
Agogô (Foto: Reprodução)

A etimologia do nome Agogô pode ser traduzida ao português apenas como “sino”. Muitos estudiosos consideram o Agogô como instrumento mais antigo do Samba brasileiro. Também faz parte da bateria instrumental utilizada na capoeira.

Cavaquinho

O cavaquinho é um instrumento muito parecido com o violão, porém em tamanho reduzido e com apenas 4 cordas, contando com 12 trastes e diferentes afinações dependendo da região cultural que o utiliza. Foi inventado no Norte de Portugal e se popularizou na cidade de Braga, sendo levado pelos portugueses em suas navegações ao Cabo Verde, Moçambique, Brasil, Ilha da Madeira e até mesmo para o  Havaí por volta de 1879.

Cavaquinho Brasileiro (foto: reprodução)
Cavaquinho Brasileiro (Foto: Reprodução)

No Havaí, a população local acabou reproduzindo o cavaquinho com suas matérias primas e próprias influências culturais, derivando o instrumento hoje chamado de Ukulelê. No Brasil, o cavaquinho chegou pelos colonizadores portugueses e logo se tornou instrumento típico da região, compondo principalmente o Samba e Choro.

Apesar de culturalmente português, o cavaquinho é frequentemente associado a cultura musical brasileira por ter sido imensamente expressivo. Em nosso país algumas modificações foram feitos no instrumento, diferenciado-o um pouco do original português. Em uma primeira olhada, o cavaquinho brasileiro apresenta dimensões de corpo mais avantajadas e um braço maior.

Pandeiro

Esse é, talvez, o instrumento mais abrasileirado devido a sua incorporação em quase todos os estilos musicais do país. Tipicamente de percussão, o pandeiro é um instrumento circular, tendo como base principal uma pele presa a anéis metálicos e chocalhos de também de metal presos envolta de sua circunferência.

Pandeiro (foto: reprodução)
Pandeiro (Foto: Reprodução)

Apesar de ser também ligado ao Brasil, o pandeiro é um dos instrumentos mais antigos do mundo, datando desde o período Paleolítico. Esse instrumento pode ser encontrado na história do continente asiático, europeu e africano, perpassando desde o Egito até os domínios romanos e gregos.

Atualmente, o pandeiro compõe diversas manifestações culturais no Brasil como a capoeira, carnaval, samba, choro, axé, xote e até mesmo em orquestras sinfônicas nacionais e internacionais.

Reforma Protestante resumo

A Reforma Protestante foi um importante fato histórico não só no campo político, mas no campo social. Acompanhe este artigo e compreenda mais sobre o assunto.

A Igreja Católica Apostólica Romana, vulgo Igreja Católica, ainda é uma instituição religiosa de grande peso, sobretudo em nosso país, onde a maioria das pessoas religiosas declaram-se como pertencentes a essa denominação cristã. Com mais de 1 milênio de existência, o catolicismo mudou muito desde suas origens no império romano.

Talvez o maior golpe contra o expansionismo caótico tenha sido o marco histórico chamado de Reforma Protestante. Graças a esse fato, não só houve uma separação ideológica da igreja católica, mas também política e privada. As novas denominações religiosas, frutos da reforma fundaram um mundo novo e grande parte coexistem até os dias atuais.

Os precedentes da Reforma

Você pode se perguntar: Se a igreja Católica tinha hegemonia religiosa há tantos anos, como e porque isso pode acontecer? A igreja católica de instaurou mediante a diversos processos históricos no império Romano alguns anos após a morte de Jesus Cristo. Com a ampla aceitação da população romana, logo a igreja detinha imensos poderes sobre o império.

Mesmo com a queda de Roma, a igreja católica manteve-se firme no império Franco, sucessor do romano. Os monarcas desse grande império se converteram ao cristianismo e após a queda desse, a igreja continuou bastante influente no período pelo qual chamamos de Idade Média. Seja nos feudos, seja nas cidades, era a igreja que regia as regras nos relacionamentos amorosos, no quotidiano da vida privada, no trato do corpo, no relacionamento com o divino e até mesmo as decisões políticas.

Estátua de Martinho Lutero na Alemanha
Estátua de Martinho Lutero na Alemanha ( Foto:Reprodução)

Esse imenso poder permitiu que grande parte da população europeia entende-se a religião como parte indissociável de suas vidas. Para nós, é um pouco difícil imaginar como isso acontecia, mas basta tentar mentalizar uma pessoa cujo todas as escolhas e ações passassem pelo crivo religioso, uma pessoa cuja a fé permeia todas esferas de interações sociais. Imagine um extremista, mas é claro, munido de particularidades.

Fato é que as pessoas se importavam com os assuntos religiosos. A partir do século XVI, uma onda de descontentamento acabou, essa já vinda de tempos mais antigos, chegou a municiar até mesmo os próprios padres e demais membros do clero. Devido aos abusos cometidos pelo clero, ao enriquecimento da igreja, a venda de indulgências (objetos de poder milagroso, segundo a igreja) e perdão, grande parte dos pensadores começou a se posicionar de forma contrária ao catolicismo.

A condenação da usura, ou seja, cobrança de juros, e até mesmo o acúmulo de capitais, afetava diretamente os negócios dos comerciantes (burgueses), classe em grande ascensão da Europa. Além disso, os próprios governos por vezes ficavam descontentes com as interferências políticas feitas pelo papa. Essa grande bola de neve acabou empurrando vários nomes para fogueira, mas também alguns para ascensão política. Entre eles, Martinho Lutero.

Os ventos de Lutero

A reforma protestante se iniciou na Alemanha (na época, Sacro Império Romano Germânico), onde um monge católico graduado no que seria equivalente ao título de doutor em teologia, Martinho Lutero (Martin Luther, em Alemão) tinha sérias opiniões contrárias as da igreja católica. Após concluir seus estudos em 1512, passou a ter autonomia sobre alguns monastérios e se dedicou a oposição mais aberta às ações catolicistas.

Em 1517, Martinho Lutero faz algumas compilações de ideias e fundamentações teóricas contra aspectos da igreja católica como a condenação do acúmulo de capital e a venda de indulgências, entre outras. Essas ideias fazem parte de suas 95 teses, documento que ele espalhou nas portas das igrejas e demais localidades de sua cidade. Rapidamente essas informações se espalharam.

Em 1520, a igreja o convoca para uma audiência onde ele teria a oportunidade de se redimir. Essa audiência ocorreu em 1521, situação em que o monge continuou contrário aos ideais católicos, sendo considerado herege e por esse motivo, excomungado da igreja. Com o apoio principalmente de grande parte da classe burguesa e alguns redutos da nobreza alemã, Lutero conseguiu proteção política.

Com o apoio dessas classes influentes, Lutero conseguiu escrever mais uma de suas teses, conhecida como a Confissão de Augsburgo, onde ele praticamente fundava uma nova concepção religiosa, baseada principalmente na salvação mediante a fé, entre outros aspectos. Mais tarde, essa denominação ficou conhecida como Luterana e marcou forte oposição ao catolicismo na Europa.

Ligações químicas

As ligações químicas são responsáveis pela associação entre dois ou mais elétrons para confecção das moléculas. Saiba mais sobre o assunto em detalhes neste artigo.

Mesmo com avanço nos estudos científicos da química, as forças que determinam as famosas ligações químicas ainda são um assunto intrigante e fazem parte de muitos projetos de pesquisas. Basicamente, essas ligações são responsáveis pela afinidade e atração entre os átomos, resultando na formação das moléculas.

Para que a interação entre diferentes átomos ocorra, as forças de ligações químicas utilizam-se da doação, do compartilhamento e até da reconfiguração dos elétrons entre si. Deste modo, existem no conhecimento químico três formas de ligações que podemos estudar, a iônica, covalente e a metálica.

Ligação iônica

A ligação iônica predomina no sentido de atrair, como força eletrostática, a incidência no dinamismo do íons de cargas opostas. Geralmente, essa ligação é caracterizada pela interação de um átomo metálico com um átomo não metálico, onde o metálico doa elétrons e o não metálico os recebe.

As ligações químicas permitem a ligações entre dois ou mais elétrons (foto: reprodução)
As ligações químicas permitem a afinidade entre dois ou mais elétrons.  (Foto:Reprodução)

Normalmente, os compostos resultantes das ligações iônicos possuem pontos de ebulição e fusão bem altos, podendo ser quebradiços ou duros em sua solidez.

Ligação covalente

A ligação covalente pode ser caracterizada por envolver somente átomos não metálicos e hidrogênio. Esses átomos, podendo ser diferentes ou iguais, possuem a mesma facilidade em doar ou perder elétrons, fazendo com que a ligação se baseie em um sistema de compartilhamento de elétrons.

Devido ao estado de equilíbrio proporcionado pelo compartilhamento de elétrons entre os átomos, os compostos covalentes são elétricamente neutros, pois não perdem nem ganham mais elétrons.

Ligação metálica

O metais são elementos bastante particulares na natureza, normalmente tendo especificações como alto ponto de ebulição e fusão, solidez bastante robusta e alta condutividade elétrica. O que mantém essas características nesse sentido são as ligações metálicas, que aproximam ainda mais as moléculas desses elementos.

As ligações metálicas ocorrem na medida em que a ordenação das estruturas metálicas, geralmente muito juntas, cristalizadas e unitárias, permitem a circulação livre dos elétrons na camada de valência. Essa característica permite uma maior condutividade elétrica e térmica para as ligas metálicas e metais puros.

Futsal: Regras, Duração do jogo e resumo

O futsal é um dos esportes mais jogados no Brasil principalmente devido a possibilidade da utilização da quadra poliesportiva. Saiba mais sobre as regras desse esporte neste artigo.

O Futsal, apesar de não muito famoso e iluminado pela mídia brasileira, é um dos esportes mais praticados no Brasil, especialmente em quadras de clubes e escolas. O esporte acaba se destacando ao invés de utilizar o campo, utilizar a quadra de esportes, fator que facilita pois a quadra não necessita de tantos cuidados quanto o campo de futebol.

Apesar de muito parecido com o tradicional futebol de campo, o futsal possui algumas características próprias e até mesmo a maneira própria de jogar. Estratégias de jogo são diferentes no futsal em relação ao futebol, devido tanto a disposição e tamanho da quadra, como também ao próprio dinamismo mais acelerado do jogo.

Para ilustrar algumas dessas diferenças, o Dicas Free preparou um resumo das principais regras do futsal para entendermos melhor esse esporte e suas particularidades.

Algumas regras do futsal

Algumas regra do futsal de diferenciam muito do futebol de campo (foto: reprodução)
Uma das particularidades é a utilização da quadra de esportes (Foto: Reprodução)

Expulsões: no caso de expulsões, o futsal permite que outro jogador componha o quadro de jogadores. Porém, o time cujo jogador for expulso terá de ficar ao menos 4 minutos em desfalque ou sofrer algum gol para então colocar outro jogador.

Pênalti: Em caso de pênalti, o goleiro deverá se posicionar exclusivamente em cima da linha do gol, evitando os famosos adiantamentos nas defesas.

Arremesso de meta: Se o goleiro demorar mais que 4 segundos para efetuar a meta, a bola será realocada sobre a meta e a cobrança será feita pelo time adversário.

Bola Fora:  A bola será considerada fora de jogo quando sair completamente, seja no chão, seja no ar, além das linhas laterais.

Cobrança lateral: A cobrança lateral poderá ser realizada quando a bola sair completamente pelas linhas laterais e ser assim considerada fora de jogo. Todos os jogadores devem estar a 5 metros da bola e o jogador que efetuará  a cobrança deverá fazê-la somente com os pés e no tempo máximo de 4 segundos, podendo ser penalizado por reversão.

Tempo de duração: O tempo de duração das partidas pode variar da faixa etária dos jogadores, tanto de homens como de mulheres. Porém, o tempo oficial são de dois tempos de 20 minutos, totalizando 40 minutos.

Pausa: Cada equipe tem o direito de pedir duas pausas de 1 minuto cada durante cada tempo do jogo.

Cultura de massa resumo

A industria de massa ou cultura de massa faz parte de nossas vidas atualmente. Mas como isso tudo começou? Saiba tudo sobre esse assunto agora, no Dicas Free!

A cultura de massa pode ser definida como um produto ou produção que tem como objetivo alcançar e contemplar o maior número possível de pessoas, independente de classe social, cor, sexo e diferenças religiosas. Por esse motivo, também chamada de Industria Cultural, essas expressões culturais são veiculadas pelos aparatos de comunicação em massa como rádios, aparelhos de televisão e internet.

Iniciada em meados do século XX, a cultura de massa é fruto obrigatoriamente das conquistas tecnológicas e no barateamento dos meios de comunicação. Após a primeira e a segunda guerra mundial, ambos os fatores tornam-se aliados ainda maiores dessa industria. Também no período entre guerras, a industria de massa serviu como escapismo da dura realidade da crise de 29.

Primórdios da cultura de massa

A cultura de massa, também chamada de cultura popular ou cultura pop, pode ter seu início juntamente a invenção do rádio e do cinema. Porém, somente em meados do século XX, com a maior veiculação, acesso e disponibilidade desses recursos é que o termo passou a ser implantado de forma massificada.

A brasileira Carmen Miranda foi uma das atrizes mais bem pagas de Hollywood na metade do século XX (foto: reprodução)
 Carmen Miranda foi uma das atrizes mais bem pagas de Hollywood na metade do século XX (Foto: Reprodução)

Seguindo os padrões industriais, a cultura de massa estava ligada aos interesses do capital financeiro e de entidades políticas. Apesar disso, manifestações culturais de diversos grupos étnicos passaram a ser veiculadas e integradas ao processo industrial da mídia, dando a impressão de homogeneidade nas sociedades onde esse tipo de atividade eram presentes.

Os Estados Unidos foram um dos palcos mais importantes para o desenvolvimento da cultura de massa, principalmente com as produções hollywoodianas, o sucesso explosivo do Jazz e de todas as suas ramificações, incluindo o rock e os gêneros hoje conhecidos como “pop”.

A Indústria Cultural e a Guerra

O período entre guerras foi um dos melhores para os Estados Unidos. A economia ia milagrosamente bem e a prosperidade parecia não ter fim. Apesar disso, não só os EUA mas também grande parte do mundo entrou na maior crise econômica do sistema capitalista, a crise de 29. Durante a crise, a desesperança e a miséria assolaram o país e o cinema barato (cerca de alguns centavos para sessões duplas) serviu como escapismo da dura realidade por muitos anos.

Como dito acima, tanto o radio como o cinema eram utilizados também para divulgar interesses políticos e estatais, vendendo uma ideia ou conceito que chegaria ao máximo de pessoas possível. O termo “Industria Cultural” fora criado pelos filósofos alemães e judeus e Max Horkheime e Theodor W. Adorno, tendo percebido a propaganda nazista contra os judeus e demais raças consideradas inferiores. Mais tarde, ambos os filósofos fugiriam para os Estados Unidos.

Não só os nazistas utilizariam o potencial da industria de massa, mas também os norte-americanos, a fim de criar uma imagem negativa dos inimigos (Eixo) e convencer os norte americanos a ingressarem no conflito mundial.

A industria de massa atual

Atualmente, além do rádio, do cinema e da televisão, temos a internet e nossa disposição, meio de comunicação que vem se tornando mais importante que os anteriores, além de potencialmente mais democrático e livre. A internet permitiu que até mesmo as notícias e assuntos políticos fossem debatidos por diversos pontos de vista e com acesso a milhões de pessoas não só nacionalmente, mas mundialmente.

Outras artes de mídia surgiram como os quadrinhos e os vídeo games, que também correspondem atualmente a uma grande parte da cultura pop. A industria dos vídeo games por exemplo, hoje é considerada mais lucrativa que a indústria do cinema, apesar de terem propostas imensamente diferentes. Fato é que os sistemas de comunicação em massa evoluíram e, com eles, também as formas de produzir a cultura de massa.

Músicas pop, novelas, séries de tv, jogos, histórias em quadrinhos, portais e sites da web de entretenimento, portais de notícias, propagandas de produtos e publicidade, telejornais, blogs e uma imensidade de memes, são considerados frutos da cultura de massa.

Inconfidencia mineira resumo escolar completo

A Inconfidência Mineira foi um dos movimentos conspiratórios mais importantes da História do Brasil. Compreenda mais sobre o fato histórico neste artigo.

A descoberta da existência do ouro no Brasil botou em cheque os destinos da colônia no final do século XVII. A importância das províncias brasileiras exportadoras de ouro estava nas alturas e Portugal mais que nunca tinha a intensão de explorar os recursos naturais dos locais e obter lucros para cumprir com seus pactos econômicos.

Com o vigor das minas brasileiras, era fácil pagar o quinto sobre o ouro (20% sobre todo ouro encontrado) e cumprir a demanda anual de impostos a Portugal. Várias cidades auríferas prosperaram economicamente, tiveram acesso a teatros, prédios públicos, ruas pavimentadas e demais processos urbanizadores, e tornaram-se grandes centros urbanos de importância na colônia.

O herói da República

A história da Inconfidência Mineira foi utilizada pela República brasileira recém criada em 1889 para legitimar a mudança do sistema governamental. Um dos heróis da República foi Tiradentes, eleito pelos intelectuais do período por ter defendido ideais de liberdade contra a coroa mesmo que mais de um século antes dos republicanos.

Praça Tiradentes - local onde provavelmente a cabeça de Tiradentes foi exposta em Vila Rica, atual Ouro Preto. (foto: Samir Negreiros)
Praça Tiradentes – local onde provavelmente a cabeça de Tiradentes foi exposta em Vila Rica, atual Ouro Preto. (foto: Samir Negreiros)

Fato é que Tiradentes ou Joaquim José de Silva Xavier, não lutava pela liberdade total do país, muito menos pela instauração da República Nacional. Ele estava envolto de interesses de crescimento regionais que estavam sendo prejudicados pela ação da coroa portuguesa em Minas Gerais, portanto, sua luta e a luta dos inconfidentes era somente em favor daquela província.

A república acabou por transforma-lo em mártir e herói nacional, até mesmo mudando a sua forma física (colocando-lhe longos cabelos e barba para assemelhar-se ao Jesus cristão e passar a sensação de salvador do país). Vale ressaltar que, apesar de utilizado dessa forma pela república, a luta de Tiradentes teve grande valor para o todo país e serviu de inspiração para inúmeras revoltas e lutas desde a colônia até os dias de hoje.

Os fatores da Inconfidência

Como já dito, as regiões auríferas da província de Minas Gerais gozavam de grande prosperidade econômica. Como o Brasil era colônia de Portugal, impostos eram atribuídos a extração do ouro para que o Estado português tivesse caixa com essa atividade e cumprisse com suas obrigações econômicas internacionais.

O imposto tinha o nome de “quinto”, pois era a quinta parte de todo o ouro minerado, ou seja, 20%. Era cobrado nas casas de fundição, onde todo o ouro era derretido e transformado em barras. 20% das barras seriam de Portugal e os outros 20% receberiam um selo real que provava não só o pagamento do quinto sobre aquele ouro, mas também atestava sua legalidade. Dessa forma, era ilegal portar ouro sem que esse tivesse o selo real.

Além dos 20%, havia uma meta a ser batida anualmente para cada região aurífera. Os impostos cobrados deveriam chegar ao piso de 1500 quilos de ouro para Portugal. O principal motivo da inconfidência foi que, em 1785, com a já eminente queda de produção aurífera dessas regiões, ficaria impossível garantir esse piso pré estabelecido.

Centro de Vila Rica, atual Ouro Preto, MG. Foi a cidade onde Tiradentes exerceu mais influência. (foto: Samir Negreiros)
Centro de Vila Rica, atual Ouro Preto, MG. Foi a cidade onde Tiradentes exerceu mais influência. (foto: Samir Negreiros)

Para garantir seus ganhos, Portugal estabelece a Derrama. Essa prática consistia na invasão das casas e demais propriedades dos colonos para o confisco de suas posses, afim de garantir o piso de 1500 quilos anuais. Dessa forma, grande parte da elite intelectual mineira se posicionou contrariamente aos atos da coroa e iniciou um movimento conspiratório.

Os inconfidentes desejam a total liberdade da província de Minas Gerais para com Portugal, ou seja, sua independência, e implantar a República no país que surgiria após essa empreita. Também tinham planos de estabelecer a capital em São João Del Rey e armar a população para essa compusesse a milícia militar quando necessário. Até mesmo o projeto da bandeira estaria pronto.

O ocorrido

Além dos planos políticos, os inconfidentes necessitavam do apoio da população para seus feitos. O plano era sair as ruas declarando a República e incorporando cidadãos a causa durante a Derrama, dia em que a grande maioria estaria revoltada com a coroa portuguesa. Tudo funcionaria perfeitamente.

Porém, um dos inconfidentes delatou o movimento e a conspiração para as autoridades coloniais em troca do perdão de suas dívidas com a coroa. Dessa forma, os inconfidentes foram surpreendidos e presos, levados ao Rio de Janeiro e julgados. A grande maioria, por se tratar de elite e detentora de posses, foi exilada ou presa.

Tiradentes, na época alferes (titulação militar ao posto de tenente) e detentor do ofício de dentista, declarou-se líder do movimento e foi condenado a morte por enforcamento em praça pública no dia 21 de 1792 na praça da Lampodosa, Rio de Janeiro. Sua morte foi um espetáculo, com direito a leitura de sua sentença por dezoito horas, banda real e a tropa portuguesa presente. O objetivo era de mostrar a força de Portugal na colonia e intimidar a população. Alguns historiadores dizem que o efeito foi contrário: a cerimônia exacerbada para a execução de Tiradentes acabou com munir ódio no povo e contribui para a memória não só do revoltoso, mas de todo movimento revolucionário.

Depois de enforcado e esquartejado, as partes de seu corpo foram distribuídas entre as cidades mineiras onde seu discurso fora inflamado e expostas em praça pública. A cabeça de Tiradentes foi exposta em Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto.

Pacto de Varsóvia resumo escolar completo

Entenda como começou, o que foi e como obteve fim o Pacto de Varsóvia. Mais informações sobre o assunto é só conferir este artigo.

O Pacto da Varsóvia

O Pacto da Varsóvia teve vários objetivos, fora também muito conhecido como Tratado da Varsóvia, uma espécie de acordo militar que obteve sua firmação no dia 17 de maio de 1955. Preferencialmente fora formado por países socialistas, cerca de 8 deles.

Esses países também eram conhecidos por formar o Bloco do Leste, esse nome fora recebido devido ao simples fato de firmação do tratado preferencialmente na cidade de Varsóvia, localizada na Polônia. Sua sede, em contra partida ficava em outra cidade também muito conhecida, Moscou.

O país que fora responsável pela liderança do Pacto foi a União Soviética, com surgimento em meados do contexto da Guerra Fria. Esse, por sua vez, fora um momento da história que realmente estivemos em estado de corrida armamentista. Essa mesma corrida, destacava-se por ser entre países socialistas e capitalistas.

Imagem representativa de um pacto.
Pacto (Foto: Reprodução)

Dentre os objetivos mais comuns para o Pacto, nós teremos:

  • Intenção de ser um bloco militar que estivesse à frente da OTAN
  • Fazer a proteção dos países membros de um ataque militar da OTAN
  • Fazer a organização dos países do Bloco do Leste, militarmente falando
  • Fazer com que fosse evitada a declaração de guerra entre países membros e potências ocidentais

Países que fizeram parte e foram membros

  • União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
  • Bulgária
  • Polônia
  • Tchecoslováquia
  • Hungria
  • República Democrática Alemã
  • Albânia
  • Romênia

Dentre esses, o líder e responsável por todo o processo fora a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

A Segunda Guerra mundial fora vencida exclusivamente por dois países, a União Soviética e o Estados Unidos. Contudo, ambos apresentavam opiniões totalmente contrárias com relação ao fim do conflito tido com a Alemanha Nazista. Caracterizando cada um deles, o Estados Unidos estava a favor da ideologia capitalista.

Enquanto isso, a União Soviética estava de maior acordo com a Revolução Russa, ocorrida em 1917 que defendia o socialismo e o comunismo. Ao finalizar a Guerra, entrou o confronto. Devido a esse mesmo problema, teve-se início a Guerra Fria. Com a guerra cada vez mais evidente, firmaram-se o Pacto de Varsóvia entre os países socialistas. Tudo em prol de uma luta.

O fim do Pacto ocorreu por volta do ano de 1989, com o fim dos regimes socialistas localizados no leste europeu. A real dissolução só fora reafirmada cerca de 3 anos a frente, em 1991 na cidade de Praga, no dia 1 de julho daquele ano.

Revolução Francesa resumo

A revolução é considerada uma dos eventos mais importantes do mundo ocidental. Saiba mais sobre esse marco histórico neste artigo.

A Revolução Francesa foi um evento que mudou claramente o pensamento ocidental acerca de muitos assuntos culturais, políticos, religiosos e econômicos. Seguida como exemplo em diversas situações, esse fato histórico serviu como inspiração para dezenas de lutas por direitos laicos e independência, sobretudo nos continentes americanos.

Apesar de muito simbólica e com um efeito devastador no campo ideológico e cultural de sua época, a Revolução Francesa não aconteceu somente por motivos intelectuais. Foi de fato, um grande movimento que abrangeu diferentes motivações e reivindicações junto a população que compunha o Terceiro Estado naquela país.

A França da Nobreza e do Catolicismo

Como continuidade histórica do sistema feudal da Idade Média, a França do século XVIII ostentava uma poderosa nobreza que detinha inúmeros privilégios dentre as demais pessoas. Além de não pagarem impostos para o país, a nobreza detinha grandes quantidades de terra e era responsável por todas as questões políticas da França, tendo em vista que só os nobres poderiam exercer tais cargos, inclusive a própria coroa.

Famoso quadro retratando a Revolução Francesa (foto: reprodução)
Famoso quadro retratando a Revolução Francesa (Foto: Reprodução)

O clero francês também carregava parte de privilégios. Apesar da igreja permitir que pessoas do Terceiro Estado entrassem para o clero, somente os nobres que dedicavam suas vidas ao catolicismo poderiam alcançar os mais altos cargos na igreja. Essa poderosa instituição também era sustentada pelo pagamento de impostos da população e declara o próprio rei como representante divino de Deus na terra.

Como um agente divinamente escolhido por Deus, com amplos poderes sobre o exército, economia e sobre a própria igreja, o rei Luis XVI governava o Estado francês de forma absoluta (absolutismo).

O Terceiro Estado francês

A sociedade francesa tinha a nobreza e o clero como agentes mais privilegiados. Nenhuma pessoa poderia ser nobre se não nascesse em uma família de sangue nobre, portante, baseava-se em uma sociedade estamental e intransponível. A maior classe, também a mais pobre, compunha o Terceiro Estado, apesar de abranger ricos comerciantes burgueses.

O Terceiro Estado era composto por comerciantes, trabalhadores e camponeses, tendo como principal obrigação a produção do país e o pagamento dos impostos para sustentar a igreja e a nobreza. Baseados nos novos ideais iluministas, os burgueses buscavam acabar com os privilégios da nobreza.

A revolta

A insatisfação popular era visível e amplamente compartilhada entre o Terceiro Estado. Enquanto a grande parte dos trabalhadores encontravam imensas dificuldades para pagar os impostos e comprar alimentos que estavam cada vez mais caros, a nobreza ostentava festas de luxo e imensos banquetes nos salões reais.

Intelectuais e burgueses pregavam um mundo novo contra as garras de Luis XVI e toda a nobreza. Insatisfeitos pelo tratamento recebido do Estado francês, os burgueses e intelectuais planejavam uma reviravolta contra a monarquia do país. Logo, teriam o apoio de grande parte da população menos afortunada devido a um capricho da natureza.

Um rigoroso inverno do ano de 1789 viria a comprometer as plantações de trigo. Devido a falta de matéria prima para fazer pão, o preço desse e de outros alimentos subiu demasiadamente, causando a fome e aumentando ainda mais o descontentamento da população. No dia 14 de Julho daquele ano, a aglomeração populacional em Paris tornou-se uma legião de revoltosos. Intelectuais carregavam os ideias de “liberdade, igualdade e fraternidade”, enquanto a grande massa partia para a Bastilha (prisão onde estavam os presos políticos), episódio conhecido como a Queda da Bastilha.

Muitos nobres conseguiram fugir da França durante a revolução, porém, grande parte de família real e o próprio rei foram capturados pelo movimento revolucionário. Aconteceu então a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, algo que serviria de exemplo para a maioria dos países europeus e americanos anos depois.

A guilhotina foi utilizada para a execução de centenas de nobres em Paris. O próprio rei Luis XVI foi executado em 1793, juntamente a sua família. Os bens do clero foram confiscados, além de todos os direitos feudais serem cancelados.

O terror na Europa e independências na América

O acontecimento da França gerou grande terror tanto na igreja como nos outros países europeus (monarquias). As monarquias europeias temeram as influências da Revolução Francesa em seus povos e tomaram medidas contra França, como embargos econômicos, por exemplo.

Apesar disso, com a subida de Napoleão Bonaparte ao poder na França em 1799, o projeto expansionista francês entrou em vigor. Napoleão tirou várias monarquias europeias de seus tronos pelo poder das armas. Esse fato foi suficiente para motivas os projetos de independência de vários países americanos nas décadas seguintes.

Globalização e regionalização econômica resumo

Entenda um pouco mais sobre os processos históricos que transformaram a globalização e regionalização mundial, aqui no Dicas Free!

As atividades comerciais entre os agrupamentos humanos existem há milhares de anos. Apesar das diferenças culturais e regionais, os seres humanos estabeleceram relações de troca para facilitar o acesso a determinados produtos, suprindo carências e aumentando a qualidade de vida. Apesar disso, o valor monetário era quase inexistente, fator que viria mudar consideravelmente a partir do século XIV.

Apesar de não existir uma troca de moedas internacionais, o principal material utilizado para determinar a força econômica de um estado era o ouro e prata. Nesse momento da história ocidental, as grandes navegações estavam alcançando os pontos mais distantes do Velho Mundo, como também descobrindo novas terras nos continentes americanos.

A globalização facilitou o contato de povos de diferentes culturas em grande parte do mundo (foto: reprodução)
A globalização facilitou o contato de diferentes povos em grande parte do mundo.    (Foto: Reprodução)

A partir desse ponto, as relações comerciais começaram a ter um peso mais econômico do que simplesmente necessidade. A lógica do consumo e dos produtos estava sendo reformulada e estabelecida nos esquemas capitalistas que se aprofundariam mais adiante.

A Revolução Industrial

Iniciada em meados do século XVIII na Inglaterra, a revolução industrial primeiramente com os tecidos em fábricas têxteis, revolucionou a sociedade europeia. A introdução das primeiras máquinas diminuíram o tempo e maximizaram a quantidade de produção. A Inglaterra criou acordos comerciais para vender seus produtos enquanto mais industrias eram abertas.

Já no século XIX, os produtos industrializados eram os mais requisitados na maioria dos países. Até mesmo a moda se rendeu a lógica dos produtos e o novo dinamismo das cidades, o paço inglês, a valorização do tempo, entre outros, já ocupavam a mente das pessoas na grande metrópole. Iniciava-se um processo de globalização, adoção de valores e práticas culturais semelhantes em várias partes do mundo.

A essa altura, o mundo já estava com grandes linhas econômicas internacionais. A ascensão do capitalismo dava passos largos e o desenvolvimento tecnológico permitia maior facilidade de comunicação (principalmente com o telégrafo e logo depois, o telefone). Porém, o sistema capitalista conforme o grande crescimento dos mercados internos, necessita ainda mais de relações internacionais, algo que viria a se tornar comum nos tempos de hoje.

A Guerras Mundiais

O século XX talvez tenha sido um dos mais importantes de nossa história. Um série de inovações tecnológicas, não só militares mas nos mais diferentes campos científicos também, foram desenvolvidas, melhorando a qualidade de vida de muitas nações, aprimorando as linhas de montagem e produção industrial, aprimoramentos do plantio, entre outras coisas. Além disso, tivemos a incidência das duas maiores guerras mundiais de nossa história.

Esses conflitos redefiniram fronteiras e também esquemas econômicos. Ao final da segunda guerra, o mundo se bipolarizou em capitalismo e comunismo, afastando duas grandes esferas econômicas. Com a queda da União Soviética, o mundo se tornou multipolar e vários blocos econômicos surgiram para facilitar os interesses de múltiplas nações na economia mundial, como o NAFTA, Mercosul, UE, entre outros.

Esses blocos econômicos estabelecem relações comerciais, políticas e diplomáticas entre eles e também com os outros blocos, cunhando ainda mais precisamente o conceito de globalização. A facilidade de acesso entre os países do bloco local ou em diferentes blocos, o acesso às informações jornalísticas e científicas, parcerias econômicas e acadêmicas e até mesmo eventos esportivos mundiais mostram o mundo globalizado em que vivemos.