A escravidão no Brasil ocorreu de forma semelhante a todos os outros países formados a partir de colonização europeia no Novo Mundo. Com a falta de mão de obra necessária ao plantio e outras atividades econômicas, os colonizadores encontraram no elemento indígena primeiramente, uma possibilidade de servidão compulsória.
Devido a problemas religiosos que se faziam de fato importantíssimos a vida dos europeus, além de outros elementos econômicos, a escravidão indígena foi sendo substituída pela escravidão negra. Tanto o catolicismo como o protestantismo acabou por apoiar a iniciativa, tendo em vista o discurso neotomista que legitimava a escravidão africana como correta aos olhos de Deus.
A extensão alcançada pelo tráfico negreiro pode até fugir-nos a compreensão. Navios carregados de africanos cruzaram o atlântico inúmeras vezes para chegar ao Brasil. Além daqui, países como os Estados Unidos, Haiti, entre outros eram também alimentados com a mão de obra escravocrata.
O início da abolição
As correntes abolicionistas tinham vários motivos para compreender seus discursos. O discurso religioso que mais uma vez se reformulava eram intrinsecamente presente, sendo um dos mais importantes. Na medida em que o fervor religiosos protestante ia crescendo, mais pessoas enxergavam a escravidão como um empecilho ao crescimento da sociedade cristã.
A Inglaterra, já tomada por esse discurso religioso e também de sua procura por consumidores de seus produtos, incentiva que todos os países independentes da América abolissem seus sistemas escravocratas. Com o Brasil não foi diferente.
Após a independência do Brasil em 1822, Dom Pedro I precisava oficializar a independência para que o cenário mundial reconhece o Brasil como nação independente. Para isso, necessitava do reconhecimento de Portugal e da potência mundial da época, a Inglaterra. Para isso, Dom Pedro I teve que acatar uma série de exigências inglesas, sendo uma delas a abolição gradual da escravidão no país.
Apesar de nada ter sido para que isso começasse no país, já era um passo dado, pois os fazendeiros e toda a população brasileira ficaria sabendo dessa decisão política do imperador.
A Abolição por definitivo
As correntes abolicionistas no Brasil ganhavam cada vez mais força. Os discursos humanitários e religiosos contra essa prática permeavam tanto o cenário das tavernas quanto o cenário político brasileiro. As pressões inglesas para que a decisão definitiva do império quanto isso fosse tomada também acatava em mais um motivo para isso.
Em 1850, o império brasileiro aprova a Lei Eusébio de Queirós, que proibia expressamente o tráfico negreiro no país foi o primeiro passo para legal para a abolição. Logo em 1871, a Lei do Ventre Livre garantia liberdade dos filhos de homens negros no país e a Lei dos Sexagenários, liberdade aos homens escravos de 60 anos ou mais.
Em 1888, a decisão final do império Brasileiro fora tomada pela Lei Imperial Áurea, assinada no dia 13 de Maio do mesmo ano pela princesa Isabel. A lei aplicava a extinção total da escravidão negra no país, garantindo a liberdade em todo o território nacional. Essa decisão pois fim a séculos de trabalho escravocrata em nosso território.