A revolução industrial foi um fenômeno científico que transformou para sempre a economia do mundo. Em sua primeira fase, a indústria têxtil fabricava tecidos com muito mais rapidez que nas antigas corporações de ofício e isso teve seus reflexos nas exportações da Inglaterra no século XVIII.
Não só a maneira produtiva mudou, mas também a mecânica do trabalho, os horários seguidos a risca, a correria e a superpopulação nos aglomerados urbanos, dentre outros fatores que transformaram o século XVIII e XIX. Porém, a segunda fase da revolução industrial seria um fenômeno mais observável nas terras do Novo Mundo, ao menos em um primeiro momento, do que propriamente na Europa.
Segunda Revolução Industrial – Estados Unidos
A segunda revolução industrial ocorreria com a metalurgia e química. O manuseio do aço e outras ligas metálicas torna-se comum para o desenvolvimento e fabricação de uma infinidade de produtos.
Apesar de ter início na Europa, essa nova revolução industrial foi mais expressiva nos Estados Unidos. Isso aconteceu por uma série de motivos que favoreceram a antiga colônica inglesa a receber e desenvolver indústrias rapidamente.
Por ter sido uma das colônias com menos atenção da metrópole (as treze colônias não possuíam um aspecto econômico tão importante quanto as colônias da África e Ásia), o povoamento tornou-se mais viável do que a própria exploração desmedida. Dessa forma, a coroa inglesa era mais flexível com os seus súditos americanos, dando-os mais liberdade de auto sustento.
Essa liberdade favoreceu o surgimento de elites burguesas e chamou atenção para que muitos ingleses e estrangeiros viessem às treze colônias e posteriormente, aos Estados Unidos (após a independência). A grande oportunidade de mão de obra estrangeira, a facilidade do escoamento de produtos (primeiramente pelos rios e lagos e posteriormente pelas estradas de ferro) e a disponibilidade de combustíveis fósseis permitiu com que muitos investidores montassem suas indústrias em solo americano.
A guerra de secessão assegurou que os interesses da burguesia nortista vigorasse em todo o país. As políticas de doações de terras no Oeste americano e modernização do campo contribuíram para a fluidez da industrialização do país em larga escala. Apesar de iniciado no final do século XIX, a segunda revolução industrial pôde ser mais tangível no início do século XX.
Nos Estados Unidos, a produção automobilística assume as régias vanguardistas nos modelos de produção e nas regras de trabalho. Henry Ford cria um novo sistema de montagem que permitia os funcionários trabalharem apenas 8 horas por dia e ainda aumentar a produção em sua empresa em Detroit. Esse modelo ficou conhecido como Fordismo.
Esse tipo de produção de linha de montagem permitiu que a mão de obra em massa não precisasse ser qualificada e apenas executasse funções mecânicas e simples. Isso mudou a forma de fabricação de todos os produtos que utilizavam, principalmente aço em sua composição, favorecendo principalmente à indústria bélica durante a primeira e segunda guerra mundial.