Durante séculos, vários tipos de doenças e complicações de saúde são documentadas em fontes históricas nas mais variadas partes do mundo. Algumas permanecem até hoje no desconhecimento da ciência, tendo vista que nenhum caso moderno possa ter acontecido para ser estudado ou a própria narrativa desconfigura como provável. Essas são consideradas lendas do passado.
Porém, muitas doenças foram consideradas por muito tempo meras manias, maldições, possessões e vários outros motivos nada científicos. Com o avanço principalmente da psicologia e psiquiatria, muitos casos foram catalogados e diagnosticados e essas pessoas puderam receber tratamento adequado, além de serem desmistificadas.
A Síndrome de Riley Day
Uma das doenças que foram mal encaradas por homens no passado é a Síndrome de Riley Day. Essa doença atinge diretamente o sistema nervoso do indivíduo, tendo como sintoma principal e mais chamativo, o fato de não sentir dor. Foi catalogada e estudada pela primeira vez pelos médicos Milton Riley e Richard Lawrence Day.
A Síndrome de Riley Day ou também conhecida pela sua sigla ICDA é mais comum na Europa Central e no Leste Europeu, onde aproximadamente 9 pessoas a cada 1 milhão possui a rara doença. A única forma de adquirir é por uma mutação no cromossomo 9 que é passada hereditariamente.
Sintomas e tratamento
Apesar do sintoma de não sentir dor ser o mais conhecido nessa doença, ele não é o único. Os portadores da Síndrome de Riley Day sofrem com vômitos, convulsões, dificuldades no crescimento, incapacidade na produção de lágrimas, apneia do sono, escolioses, hipertensão e insensibilidade no paladar.
O tratamento se volta exclusivamente para os sintomas, visto que é impossível corrigir a falha genética. São utilizados colírios para evitar o ressecamento dos olhos, medicamentos para controlar a hipertensão, diminuírem os vômitos, as convulsões e os problemas com o sono.
Outras informações
Um indivíduo portador da síndrome de Riley Day pode sim ter uma vida próxima do normal se descobrir que possui a doença cedo e tomar os medicamentos da maneira correta. Apesar disso, a ausência da sensibilidade a dor faz com que a expectativa de vida desse indivíduo seja de no máximo 30 anos, devido a grande quantidade de ferimentos acumulados durante a vida.