Seca em São Paulo

É a pior seca que a região metropolitana enfrenta em 70 anos. O ano de 2014 ficará marcado com a estiagem que assola a terra da garoa, deixando milhões de pessoas em estado de alerta quanto ao racionamento de água.

Os níveis dos reservatórios caíram drasticamente em pouco mais de um ano. A situação fez com que as pessoas, mesmo de outros estados, ficassem atentos em relação ao consumo de água. O principal reservatório que abastece a região, o cantareira, baixa cada vez mais a cada dia que passa. As chuvas de pouca intensidade que caem não são suficientes para fazer com que o nível se eleve.

Devido a secura da terra, o solo precisa de umidade ou praticamente que ocorra o encharcamento, assim começará a acumular água. Funcionando como uma esponja.

A pior seca em São Paulo em 70 anos. (Foto:Reprodução)
A pior seca em São Paulo em 70 anos. (Foto:Reprodução)

A esponja, estando seca, suga toda água para o seu interior e depois começa o processo de acumulo das águas na superfície. Da mesma forma, funciona o solo do reservatório.

A seca no sudeste é resultado, principalmente, do desmatamento que vem acontecendo na amazônia. Com a derrubada das árvores, há o impedimento do vapor de água à atmosfera, onde são formadas as nuvens. Não havendo a condensação, impossibilita a formação de nuvens para serem empurradas em direção ao sul do país através dos ventos.

As autoridades pecaram com relação a infraestrutura da cidade. São Paulo é hoje uma selva de concreto com poucas áreas verdes, o concreto juntamente com o asfalto são materiais que ajudam a elevar o calor da região e ainda ajudam algumas catástrofes.

Mais do que nunca o paulistano deve economizar. A seca em São Paulo também serve de exemplo para o restante do país. A população acaba descobrindo que há maneiras de vencer os obstáculos impostos pela estiagem, bem como a invenção de reservatórios domésticos por meio da chuva que cai, reduzindo quase pela metade o consumo de água. Pequenos exemplos podem ser espelhados e seguidos.

Resta aos paulistanos esperar pela chuva abençoada para que os problemas sejam amenizados, os reservatórios devem manter seus níveis normais e às autoridades cabem a melhora no sistema de abastecimento na região.

A escassez da água em outros estados brasileiros

A falta de água atualmente  não é uma exclusividade apenas no nordeste brasileiro.

Recentemente estamos acompanhando nos noticiários  a estiagem assolar São Paulo e região metropolitana, também algumas regiões no interior do estado que estão a sofrer com a falta de água.

No entanto, com a crise hídrica, os estados que sofrem com a escassez são os que compõe a região sudeste do país.

Um dos principais e mais conhecidos rios do país está com sua nascente quase seca, por causa da estiagem, estamos nos tratando do São Francisco que nasce em Minas Gerais e atravessa a Bahia fazendo divisa ao norte com pernambuco e deságua no Atlântico.

Diversos estados sofrem com escassez de água. (Foto:Reprodução)
Diversos estados sofrem com escassez de água.
(Foto:Reprodução)

A exclusividade com a falta de água não se restringe apenas a região sudeste e nem nordeste que, há muitos tempo, aprendeu a conviver com a seca.

No planalto central também tem que haver um pouco mais de atenção, até porque trata-se de uma região muito importante onde possui nascentes de rios em grande quantidade.

Compara-se a região central do país como a telha de uma casa, onde as veias dos rios vão de encontro as principais bacias hidrográficas, bem como o rio São Francisco e rio Amazonas.

Com a diminuição das chuvas, haverá redução no volume de água para estes rios e consequentemente a distribuição para o restante do país será prejudicado.

Houve avanços significativos nos últimos anos para melhorar a distribuição de água pelas cidades brasileiras. As regiões mais preocupantes são o Norte e nordeste, pois o caminho para resolver tal problema é longo e lento.

Entre as melhores estão os estados do sudeste, em se tratando de distribuição de água  à população, mesmo com a seca prolongada.

Deve ser adotada uma politica concentrada para evitar a escassez de água, principalmente nas regiões onde há maior fluxo de pessoas. Ou seja, deve haver investimento que não se tem há anos. Uma coisa é certa, se as medidas não forem tomadas para pelo menos minimizar a escassez, o país terá grandes prejuízos futuramente.

Não deve-se preocupar apenas com a escassez de água em uma região, como em São Paulo, o sistema hídrico deve ser observado também em diversos pontos do país para melhorar a distribuição de água. Isso só irá acontecer se houver uma força conjunta entre as esferas políticas municipais, estaduais e federal.