A publicidade é uma das ferramentas mais utilizadas tanto pelo meio industrial, como pela máquina estatal. Em tese, a publicidade seria uma ampla divulgação de um determinado material, visando influenciar um tipo de comportamento em massa. No caso das empresas, isso pode significar a divulgação de um produto e o incentivo a consumi-lo. No caso do Estado, pode-se atribuir a aceitação de ideias políticas, influenciando a opinião pública.
Os Estados Unidos estavam fisicamente longe do conflito no início. Os problemas da Europa, principalmente à população americana, não significava real interferência no país e um envolvimento seria desnecessário por vários motivos. No entanto, os Estados Unidos teria de participar do conflito e utilizariam a publicidade para reverter esse cenário.
Propaganda de Guerra
Em 1929, os Estados Unidos passariam pela pior crise do sistema capitalista. A Crise de 29 abalaria o país e todo o bloco econômico vinculado , salvando-se apenas os países da União Soviética. Com milhões de desempregados e a economia desestruturada, os Estados Unidos passava por uma fase de readaptação e recuperação desde essa data.
Quando o conflito se inicia em 1939, o povo americano, ainda assolado pelos anos de crise, não estavam dispostos a passar por perdas humanas e altos investimentos econômicos no esforço de guerra além mar. Apesar disso, os conflitos na Europa começariam a interferir na economia norte americana e o país teria de se posicionar como aliado de algum lado.
Para mudar a opinião pública, o governo dos Estado Unidos iniciou uma propaganda antinazista, que além de denunciar os males do totalitarismo, tentava de toda forma aproximar o cidadão americano do conflito. cartazes com cores patrióticas eram muito comuns para essa finalidade. No entanto, o efeito mais esmagador aconteceria após o ataque após o ataque aéreo japonês contra a base naval de Pearl Harbor. De fato, agora os estadunidenses estavam dentro do conflito.
A propaganda seria para estimular a permanência na guerra e a incorporação de novos recrutas ao exército. Era comum cartazes alertando sobre espiões, incentivando maior produção industrial, incentivando a participação feminina no trabalho, denunciando uma imagem diabólica e desumana do inimigo e dos sistemas totalitários.
O cinema teve uma grande repercussão nesse sentido. Antes utilizado como válvula de escape para os cidadãos durante a crise, agora era utilizado como aparato de propaganda de guerra. Filmes como “Conheça seu inimigo – Japão”, “Porque Lutamos” de Frank Capra foram um dos clássicos desse período.
Até mesmo a Disney foi influenciada a participar da propaganda. A empresa investiu em episódios do personagem Mickey para educar o cidadão a racionar o consumo no dia-a-dia, como também denunciar o nazismo no clássico “Crianças de Hitler – educação para morte”. O objetivo era fazer a imagem do nazista como um robô que obedece cegamente as ordens de seus líderes.