No organismo humano é natural a existência de eletricidade para o desenvolvimento e funcionamento de determinadas células do cérebro, bem como dos músculos estriados e lisos.
Isso acontece porque todas as ações e sensações do corpo humano são geradas a partir de uma sequência de pulsos elétricos, como por exemplo, os padrões de luzes, sons, calor, as dores, o piscar de olhos e cada pensamento e sensação que passa pelo cérebro.
Assim como as outras células do corpo, as células nervosas também se alimentam, respiram, experienciam processos de difusão e osmose, no entanto elas se diferenciam por um aspecto bastante singular: elas são capazes de processar informação.
Tal habilidade varia de acordo com as propriedades especiais que o neurônio tem em sua membrana para controlar o fluxo de determinadas substâncias no lado interno da célula, como o sódio, cálcio, potássio, entre outros.
- O neurônio é uma célula presente no sistema nervoso que tem a função de conduzir os impulsos nervosos para o corpo e posteriormente do corpo para a célula nervosa.
Os neurônios possuem a capacidade de se conectar uns aos outros, o que forma então as cadeias neuronais, responsáveis pela transmissão de informações até outros neurônios e músculos. É através dessas cadeias que os impulsos nervosos são carregados.
Tal processamento envolve dois tipos diferentes de impulsos: elétrico e químico. Os impulsos nervosos elétricos geram um sinal dentro da célula neuronal e o químico é quem repassa tal sinal a outra célula, a qual pode ser muscular ou um outro neurônio, movimento a este segundo que recebe o nome de sinapse.
O impulso nervoso acontece quando é transmitida uma variação elétrica em toda a membrana do neurônio partindo do local o qual ela sofreu o estímulo. Normalmente a direção de tal impulso segue o caminho do corpo celular até o axônio. Esse impulso nervoso também recebe o nome de potencial de ação, sendo portanto uma variação da diferença de potencial transmembrana.
É comum que a membrana seja polarizada enquanto está repousando, uma vez que o potencial é negativo, cerca de -70 mV. O potencial de ação é quem reduz a negatividade da membrana até que ela alcance 0 mV e inverta o valor até +30 mV, retornando posteriormente ao valor de repouso de -70 mV ou até mais.
Assim, o potencial de ação é o que leva a membrana a ser estimulada e perder a sua polarização. Tal estímulo é responsável por provocar uma série de despolarizações e repolarizações ao longo da membrana plasmática de um neurônio.